terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | Happy Hour: Verdades e Consequências – comédia dramática onde falta pé e cabeça

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As produções audiovisuais brasileiras têm ganhado cada vez mais formatos e estilos diferentes, entretanto, uma que ainda é campeã dentro deste mercado é a comédia. Happy Hour – Verdades e Consequências é um longa-metragem dirigido e roteirizado por Eduardo Albergaria (Paysandu, 100 Anos de Payxão) que mostra a história de Horácio (Pablo Echarri), que vê suas perspectivas de vida mudarem completamente após um acidente e decide confessar para a esposa, Vera (Letícia Sabatella), que deseja ter relações extraconjugais. A partir disso começa um debate entre o casal sobre o assunto adicionado das situações que estão ocorrendo na vida de ambos no momento.

A história que acompanhamos abre com uma incógnita: a busca de seu protagonista pela verdade. O enredo, então, caminha numa espécie de comédia dramática – mais salientado para o lado cômico – enquanto o grande debate e questão em torno do mesmo parece ser transformar ou não o casamento de Horário e Vera em uma espécie de relacionamento aberto que só favorecerá a ele. O ‘x’ da questão está no fato de que a tal busca pela verdade em momento algum parece ser esclarecida, e o longa encerra com uma narração que nada revela.

Outro ponto em que o roteiro perde é que em tempos de conversas sobre empoderamento feminino, diálogo que  permitem as mulheres saírem do estado de co-protagonista, etc, Happy Hour – Verdades e Consequências trata alguns tópicos como se fossem situações comuns em relacionamentos heterossexuais e deixa a entender que deve ser encarado desta maneira, normalizando algo que não deveria ser assim considerado.

Em relação as atuações, Echarri entrega o que é exigido pela história e seu personagem. Enquanto Letícia Sabatella faz bem algumas cenas relacionadas ao seu papel político dentro do enredo e o desconforto que sente com algumas situações que lhe são obrigadas. Por outro lado, Chico Diaz como Arlindo recebe foco demais para no final não significar nada. Aline Jones é Clara, aluna de Horácio, que só está ali para seduzir o professor e o melhor personagem, mais divertido – que sempre que está em cena desperta risadas no espectador – é Luciano Cáceres como Ricardo. O argentino que vem morar no Brasil entrega, de fato, os melhores momentos.

A direção técnica de Albergaria até consegue despertar a curiosidade do público na primeira cena do filme e realiza um trabalho interessante em alguns pontos, mas no restante da trama é composto de escolhas de ângulos comuns que o espectador já está acostumado. A direção de arte também faz o que deve e a trilha sonora é uma das melhores partes do longa-metragem, com escolhas que despertam a vontade de procurar para escutar por um bom tempo depois.

Happy Hour – Verdades e Consequências é uma dessas produções que começam sem pé e terminam sem cabeça, mas insere alguns debates no meio da dramaturgia para não deixar a sensação total de vazio. É uma distração na tarde de domingo, que não marcará muito a memória visual e muito menos afetiva, servirá mais como um passatempo e nada além.

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A história que acompanhamos abre com uma incógnita: a busca de seu protagonista pela verdade. O enredo, então, caminha numa espécie de comédia dramática – mais salientado para o lado cômico – enquanto o grande debate e questão em torno do mesmo parece ser transformar ou não o casamento de Horário e Vera em uma espécie de relacionamento aberto que só favorecerá a ele. O ‘x’ da questão está no fato de que a tal busca pela verdade em momento algum parece ser esclarecida, e o longa encerra com uma narração que nada revela.

Outro ponto em que o roteiro perde é que em tempos de conversas sobre empoderamento feminino, diálogo que  permitem as mulheres saírem do estado de co-protagonista, etc, Happy Hour – Verdades e Consequências trata alguns tópicos como se fossem situações comuns em relacionamentos heterossexuais e deixa a entender que deve ser encarado desta maneira, normalizando algo que não deveria ser assim considerado.

Em relação as atuações, Echarri entrega o que é exigido pela história e seu personagem. Enquanto Letícia Sabatella faz bem algumas cenas relacionadas ao seu papel político dentro do enredo e o desconforto que sente com algumas situações que lhe são obrigadas. Por outro lado, Chico Diaz como Arlindo recebe foco demais para no final não significar nada. Aline Jones é Clara, aluna de Horácio, que só está ali para seduzir o professor e o melhor personagem, mais divertido – que sempre que está em cena desperta risadas no espectador – é Luciano Cáceres como Ricardo. O argentino que vem morar no Brasil entrega, de fato, os melhores momentos.

A direção técnica de Albergaria até consegue despertar a curiosidade do público na primeira cena do filme e realiza um trabalho interessante em alguns pontos, mas no restante da trama é composto de escolhas de ângulos comuns que o espectador já está acostumado. A direção de arte também faz o que deve e a trilha sonora é uma das melhores partes do longa-metragem, com escolhas que despertam a vontade de procurar para escutar por um bom tempo depois.

Happy Hour – Verdades e Consequências é uma dessas produções que começam sem pé e terminam sem cabeça, mas insere alguns debates no meio da dramaturgia para não deixar a sensação total de vazio. É uma distração na tarde de domingo, que não marcará muito a memória visual e muito menos afetiva, servirá mais como um passatempo e nada além.

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