quinta-feira , 19 dezembro , 2024

Crítica | Hava, Maryam, Ayesha – Representante do Afeganistão no Oscar de 2020 estreia no Brasil

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As possibilidades das próprias escolhas. Escrito e dirigido pela cineasta Sahraa Karimi (primeira e única mulher no Afeganistão que tem um doutorado em cinema), o drama Hava, Maryam, Ayesha nos mostra as dificuldades da liberdade de escolha dentro de uma cultura que ainda é presa a costumes que deixam as mulheres em total segundo plano, principalmente quando pensamos sobre família. Atento aos detalhes ligados a esses costumes, o roteiro navega na história de três mulheres de classes sociais diferentes mas que possuem uma mesma questão: todas estão grávidas e precisam fazer escolhas que podem chegar ao mesmo lugar. Representante do Afeganistão no Oscar de 2020 de Melhor Filme Estrangeiro, o projeto  parece até certo ponto três curtas-metragens mas suaves pontos de interseção acabam dando muito sentido a mensagem que o filme objetiva.

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Na trama, conhecemos três mulheres de faixas etárias diferentes e que vivem situações familiares complicadas. Hava (Arezoo Ariapoor) é casada, está grávida do primeiro filho, cuida da sogra e do sogro, vive com o marido machista, acomodado. Infeliz, se abraça na sua fé esperando dias melhores. Algo desperta dentro de sua razão quando o marido, em uma noite de farra com os amigos, não a leva ao hospital. Maryam (Fereshta Afshar) é uma mulher forte e decidida. Jornalista, apresentadora de telejornal, uma das poucas mulheres que falam inglês na emissora que trabalha. Está passando por momentos difíceis no campo emocional após o recente término com o ex, um homem que a traia frequentemente dentro dos sete anos de união deles. Buscando forças dentro dessa parte triste de sua vida, acaba descobrindo que está grávida. Ayesha (Hasiba Ebrahimi), a mais velha de cinco irmãos, está com o casamento arranjado com o primo, sem poder escolher seu pretendente. Ela está grávida de um ex-namorado que a abandonou quando soube da possibilidade da gravidez, busca a ajuda de uma amiga e assim conseguir dinheiro para realizar um aborto antes de se casar.

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Há vários pontos de reflexão e todos giram em torno de questões sobre a mulher nos dias atuais no Afeganistão, país conhecido pela rigidez nos seus costumes e que praticamente anula quase todas as possibilidades de um papel preponderante da mulher seja na sociedade, seja na família. Cada uma das protagonistas nos mostram um ponto de vista, quase um recorte contemporâneo sobre muitas situações hoje em dia vividas nesse país tão distante do nosso. A questão do aborto chega para concretizar a liberdade de escolha, seja ela de maneira clandestina, escondida, ou até mesmo de peito aberto como uma certeza, no caso da forte jornalista.

Primeiro filme independente do Afeganistão totalmente filmado em Kabul com diretora, atores e atrizes que vivem no Afeganistão e exibido no Festival de Veneza no ano de 2019, Hava, Maryam , Ayesha tem estreia confirmada nos cinemas brasileiros no dia 08 de julho.

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As possibilidades das próprias escolhas. Escrito e dirigido pela cineasta Sahraa Karimi (primeira e única mulher no Afeganistão que tem um doutorado em cinema), o drama Hava, Maryam, Ayesha nos mostra as dificuldades da liberdade de escolha dentro de uma cultura que ainda é presa a costumes que deixam as mulheres em total segundo plano, principalmente quando pensamos sobre família. Atento aos detalhes ligados a esses costumes, o roteiro navega na história de três mulheres de classes sociais diferentes mas que possuem uma mesma questão: todas estão grávidas e precisam fazer escolhas que podem chegar ao mesmo lugar. Representante do Afeganistão no Oscar de 2020 de Melhor Filme Estrangeiro, o projeto  parece até certo ponto três curtas-metragens mas suaves pontos de interseção acabam dando muito sentido a mensagem que o filme objetiva.

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Na trama, conhecemos três mulheres de faixas etárias diferentes e que vivem situações familiares complicadas. Hava (Arezoo Ariapoor) é casada, está grávida do primeiro filho, cuida da sogra e do sogro, vive com o marido machista, acomodado. Infeliz, se abraça na sua fé esperando dias melhores. Algo desperta dentro de sua razão quando o marido, em uma noite de farra com os amigos, não a leva ao hospital. Maryam (Fereshta Afshar) é uma mulher forte e decidida. Jornalista, apresentadora de telejornal, uma das poucas mulheres que falam inglês na emissora que trabalha. Está passando por momentos difíceis no campo emocional após o recente término com o ex, um homem que a traia frequentemente dentro dos sete anos de união deles. Buscando forças dentro dessa parte triste de sua vida, acaba descobrindo que está grávida. Ayesha (Hasiba Ebrahimi), a mais velha de cinco irmãos, está com o casamento arranjado com o primo, sem poder escolher seu pretendente. Ela está grávida de um ex-namorado que a abandonou quando soube da possibilidade da gravidez, busca a ajuda de uma amiga e assim conseguir dinheiro para realizar um aborto antes de se casar.

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Há vários pontos de reflexão e todos giram em torno de questões sobre a mulher nos dias atuais no Afeganistão, país conhecido pela rigidez nos seus costumes e que praticamente anula quase todas as possibilidades de um papel preponderante da mulher seja na sociedade, seja na família. Cada uma das protagonistas nos mostram um ponto de vista, quase um recorte contemporâneo sobre muitas situações hoje em dia vividas nesse país tão distante do nosso. A questão do aborto chega para concretizar a liberdade de escolha, seja ela de maneira clandestina, escondida, ou até mesmo de peito aberto como uma certeza, no caso da forte jornalista.

Primeiro filme independente do Afeganistão totalmente filmado em Kabul com diretora, atores e atrizes que vivem no Afeganistão e exibido no Festival de Veneza no ano de 2019, Hava, Maryam , Ayesha tem estreia confirmada nos cinemas brasileiros no dia 08 de julho.

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