sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Hit and Run – Série de ação da Netflix tem conspiração, intriga e pancadaria para todos os lados

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O que torna um filme ou série de ação um enorme sucesso é a sua história. Tudo bem que se tiver um monte de cenas de luta, pancadaria e tiroteio os fãs do gênero até vão curtir, porém, se não houver uma boa história de fundo, que convença e engaje a gente, o sucesso fica resumido ao seu público-alvo. Daí a razão de uma série israelense como ‘Hit and Run’ conseguir alcançar o Top 10 da Netflix: ela tem uma boa história por trás.



Seveg Azulay (Lior Raz) é um mero guia de turismo em Tel Aviv quando conhece a bela bailarina estadunidense Danielle (Kaelen Ohm), com quem decide se casar. Dois anos se passam e Danielle está prestes a embarcar de volta para os EUA, onde fará um teste, quando tragicamente é atropelada e morre. Inconsolável, Segev aos poucos vai descobrindo que o terrível acidente que tirara a vida de sua esposa pode não ter sido um infortúnio, mas sim uma ação proposital – e de nível internacional. Munido de seu passado obscuro em Cartagena, onde trabalhou com as Forças Armadas, Seveg irá buscar a verdade sobre a vida e a morte de Danielle, mesmo que a verdade seja mais dolorida do que a realidade.

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Apresentada em nove episódios de cerca de cinquenta minutos cada, ‘Hit and Run’ traz a clássica fórmula do brucutu dos filmes de ação: um protagonista fortão com passado sombrio mas que atualmente está apaixonado; uma esposa/namorada linda e frágil, que contrasta com o brucutu; a vingança a todo custo por conta da perda da mulher amada. O que ‘Hit and Run’ traz de novidade é o entorno do protagonista, que, embora seja quem vive a aventura, atravessa seus desafios sendo assessorado por mulheres: a policial grávida Tali (Moran Rosenblatt) e a jornalista Syd (Siena Kelly).

Mesmo sendo uma produção israelense majoritariamente falada em hebraico, a série é realizada com os moldes estadunidenses de fazer cinema – tanto que a própria produção faz questão de pontuar que Estados Unidos e Israel são aliados na vida real, portanto, o espectador não encontrará dificuldades em reconhecer o mesmo molde narrativo de produto de ação de entretenimento. Para dar um tempero a mais, a série traz, ficcionalmente, uma intriga que desponta para uma crise diplomática internacional envolvendo os principais órgãos de inteligência e de espionagem de ambos os países.

Os criadores Avi Isaacharoff, Dawn Prestwich e Lior Raz constroem uma instigante história que vai se emaranhando dentro de si mesma e faz com que a gente siga episódio após episódio em busca de respostas. Apesar do protagonista fechadão, há certo carisma nele, que conquista o espectador até nas cenas de luta e de perseguição, mesmo que ele seja meio dono da verdade e faça todo mundo parar a vida para ajudá-lo o tempo todo.

Construído na ponte aérea Tel Aviv-Nova York, ‘Hit and Run’ é uma série sólida, que entrega o que promete e não decepciona os fãs do gênero ação, oferecendo uma envolvente trama e pancadaria e tiroteio com regularidade sem exagerar na violência. Só faltou mesmo uma tradução do título, para aproximar melhor o grande público.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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O que torna um filme ou série de ação um enorme sucesso é a sua história. Tudo bem que se tiver um monte de cenas de luta, pancadaria e tiroteio os fãs do gênero até vão curtir, porém, se não houver uma boa história de fundo, que convença e engaje a gente, o sucesso fica resumido ao seu público-alvo. Daí a razão de uma série israelense como ‘Hit and Run’ conseguir alcançar o Top 10 da Netflix: ela tem uma boa história por trás.

Seveg Azulay (Lior Raz) é um mero guia de turismo em Tel Aviv quando conhece a bela bailarina estadunidense Danielle (Kaelen Ohm), com quem decide se casar. Dois anos se passam e Danielle está prestes a embarcar de volta para os EUA, onde fará um teste, quando tragicamente é atropelada e morre. Inconsolável, Segev aos poucos vai descobrindo que o terrível acidente que tirara a vida de sua esposa pode não ter sido um infortúnio, mas sim uma ação proposital – e de nível internacional. Munido de seu passado obscuro em Cartagena, onde trabalhou com as Forças Armadas, Seveg irá buscar a verdade sobre a vida e a morte de Danielle, mesmo que a verdade seja mais dolorida do que a realidade.

Apresentada em nove episódios de cerca de cinquenta minutos cada, ‘Hit and Run’ traz a clássica fórmula do brucutu dos filmes de ação: um protagonista fortão com passado sombrio mas que atualmente está apaixonado; uma esposa/namorada linda e frágil, que contrasta com o brucutu; a vingança a todo custo por conta da perda da mulher amada. O que ‘Hit and Run’ traz de novidade é o entorno do protagonista, que, embora seja quem vive a aventura, atravessa seus desafios sendo assessorado por mulheres: a policial grávida Tali (Moran Rosenblatt) e a jornalista Syd (Siena Kelly).

Mesmo sendo uma produção israelense majoritariamente falada em hebraico, a série é realizada com os moldes estadunidenses de fazer cinema – tanto que a própria produção faz questão de pontuar que Estados Unidos e Israel são aliados na vida real, portanto, o espectador não encontrará dificuldades em reconhecer o mesmo molde narrativo de produto de ação de entretenimento. Para dar um tempero a mais, a série traz, ficcionalmente, uma intriga que desponta para uma crise diplomática internacional envolvendo os principais órgãos de inteligência e de espionagem de ambos os países.

Os criadores Avi Isaacharoff, Dawn Prestwich e Lior Raz constroem uma instigante história que vai se emaranhando dentro de si mesma e faz com que a gente siga episódio após episódio em busca de respostas. Apesar do protagonista fechadão, há certo carisma nele, que conquista o espectador até nas cenas de luta e de perseguição, mesmo que ele seja meio dono da verdade e faça todo mundo parar a vida para ajudá-lo o tempo todo.

Construído na ponte aérea Tel Aviv-Nova York, ‘Hit and Run’ é uma série sólida, que entrega o que promete e não decepciona os fãs do gênero ação, oferecendo uma envolvente trama e pancadaria e tiroteio com regularidade sem exagerar na violência. Só faltou mesmo uma tradução do título, para aproximar melhor o grande público.

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Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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