quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Irmãs

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Os nomes de Tina Fey e Amy Poehler possuem grande força nos EUA. As humoristas são crias do programa de esquetes número 1 do país, o Saturday Night Live (ou SNL para os íntimos), que reina soberano no mercado adentrando seu 41º ano no ar, e de onde saíram expoentes estabelecidos também no cinema, vide Eddie Murphy, John Belushi, Bill Murray, Adam Sandler e Will Ferrell.

Fey e Poehler são referências quando falamos em mulheres saídas do humorístico. Ambas emplacaram programas solo (Fey com 30 Rock e Poehler com Parks and Recreation), se tornando ícones da comédia norte-americana, com livros e suas participações como apresentadoras do Globo de Ouro (trabalho pelo qual são mais conhecidas mundialmente). Ou seja, as duas estão em todo lugar.



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A química entre elas nem precisa ser mencionada. Tina e Amy se conhecem como ninguém e seu entrosamento cômico é praticamente automático. Mas se na TV e na literatura o humor da dupla é mais sofisticado, no cinema as duas costumam mirar no grande público, produzindo um humor mais amplo e acessível. Irmãs não é o primeiro encontro da dupla nas telonas (que já colaboraram anteriormente em participações como em Tudo por um Furo – continuação de O Âncora – Meninas Malvadas, escrito por Fey, e no subestimado Uma Mãe para o Meu Bebê, de 2008), mas é a primeira parceria após o estrelato.

Em Irmãs, como obviamente diz o título, Fey e Poehler interpretam irmãs inseparáveis, porém, muito diferentes. A primeira é Kate Ellis, a típica “periguete” que aprontava todas na juventude. A segunda é Maura Ellis, a irmã reprimida, nerd por natureza. Para ilustrar o fato, vale mencionar que enquanto uma relata suas aventuras mais tórridas e alucinadas em seu diário, a outra enchia seu caderninho com memórias pra lá de enfadonhas e momentos constrangedores.

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O que essas disfuncionais irmãs possuem em comum, no entanto, é a falta de maturidade e objetivo na vida. Tudo piora quando seus pais (vividos pelos veteranos James Brolin, pai de Josh Brolin na vida real, e Dianne Wiest, vencedora de dois Oscar, por Hannah e Suas Irmãs e Tiros na Broadway) decidem informa-las de que a casa onde passaram a juventude foi coloca à venda. Antes que os novos inquilinos possam se mudar, as irmãs preparam uma despedida gloriosa do local, com uma típica festa de “high school americana”.

Irmãs se divide em duas narrativas. Por um lado, se comporta e possui a estrutura dos filmes adolescentes de festa, no qual se desenvolve em sua segunda metade, incluindo o clímax. Nessa segunda metade, o filme funciona exatamente como uma obra do gênero, na qual numa festa alucinada, personagens estranhos deixam suas características peculiares aflorarem. Temos a antiga rival, o interesse amoroso não concluído, traficantes fornecendo entorpecentes e todo tipo de “confusão” típica.

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Em outro momento, que é seu subtexto mais direto, Irmãs fala sobre amadurecer, sobre ficar velho e como lidar com isso. Sobre como é mais fácil viver no passado e relembrar glórias que se foram, do que encarar a nova e dura realidade. Diversas produções americanas mostram como o herói do colégio ou a rainha do baile cresceram para se tornar os perdedores da atualidade, e como o fato é difícil de ser encarado. Fala sobre como na maioria das vezes não nos tornamos quem “deveríamos” nos tornar, tanto positivamente quanto negativamente. Em um determinado momento, quando a dupla espalha a notícia da tal festa, a realidade atual nem chega perto do esperado, trazendo muita graça em relação a uma “festa de adultos”.

Irmãs pode ser considerada a típica comédia besteirol norte-americana. Possui muitos momentos durante a projeção que o definem assim. Escrito por Paula Pell, parceira da dupla em SNL, e dirigido por Jason Moore, Irmãs não possui, por exemplo, a leveza, o coração e as sutilizas nas entrelinhas de A Escolha Perfeita (2012), o trabalho anterior do cineasta. O que conta aqui, e muito, é a química de Fey e Poehler, e o poder que ambas possuem de improvisar, fazendo-nos sentir como parte da grande brincadeira. Antes de escolher assistir ao filme, no entanto, você precisa saber o quão fã é da dupla. Tudo funcionará melhor se a respostas for “muito”.

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Fey e Poehler são referências quando falamos em mulheres saídas do humorístico. Ambas emplacaram programas solo (Fey com 30 Rock e Poehler com Parks and Recreation), se tornando ícones da comédia norte-americana, com livros e suas participações como apresentadoras do Globo de Ouro (trabalho pelo qual são mais conhecidas mundialmente). Ou seja, as duas estão em todo lugar.

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A química entre elas nem precisa ser mencionada. Tina e Amy se conhecem como ninguém e seu entrosamento cômico é praticamente automático. Mas se na TV e na literatura o humor da dupla é mais sofisticado, no cinema as duas costumam mirar no grande público, produzindo um humor mais amplo e acessível. Irmãs não é o primeiro encontro da dupla nas telonas (que já colaboraram anteriormente em participações como em Tudo por um Furo – continuação de O Âncora – Meninas Malvadas, escrito por Fey, e no subestimado Uma Mãe para o Meu Bebê, de 2008), mas é a primeira parceria após o estrelato.

Em Irmãs, como obviamente diz o título, Fey e Poehler interpretam irmãs inseparáveis, porém, muito diferentes. A primeira é Kate Ellis, a típica “periguete” que aprontava todas na juventude. A segunda é Maura Ellis, a irmã reprimida, nerd por natureza. Para ilustrar o fato, vale mencionar que enquanto uma relata suas aventuras mais tórridas e alucinadas em seu diário, a outra enchia seu caderninho com memórias pra lá de enfadonhas e momentos constrangedores.

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O que essas disfuncionais irmãs possuem em comum, no entanto, é a falta de maturidade e objetivo na vida. Tudo piora quando seus pais (vividos pelos veteranos James Brolin, pai de Josh Brolin na vida real, e Dianne Wiest, vencedora de dois Oscar, por Hannah e Suas Irmãs e Tiros na Broadway) decidem informa-las de que a casa onde passaram a juventude foi coloca à venda. Antes que os novos inquilinos possam se mudar, as irmãs preparam uma despedida gloriosa do local, com uma típica festa de “high school americana”.

Irmãs se divide em duas narrativas. Por um lado, se comporta e possui a estrutura dos filmes adolescentes de festa, no qual se desenvolve em sua segunda metade, incluindo o clímax. Nessa segunda metade, o filme funciona exatamente como uma obra do gênero, na qual numa festa alucinada, personagens estranhos deixam suas características peculiares aflorarem. Temos a antiga rival, o interesse amoroso não concluído, traficantes fornecendo entorpecentes e todo tipo de “confusão” típica.

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Em outro momento, que é seu subtexto mais direto, Irmãs fala sobre amadurecer, sobre ficar velho e como lidar com isso. Sobre como é mais fácil viver no passado e relembrar glórias que se foram, do que encarar a nova e dura realidade. Diversas produções americanas mostram como o herói do colégio ou a rainha do baile cresceram para se tornar os perdedores da atualidade, e como o fato é difícil de ser encarado. Fala sobre como na maioria das vezes não nos tornamos quem “deveríamos” nos tornar, tanto positivamente quanto negativamente. Em um determinado momento, quando a dupla espalha a notícia da tal festa, a realidade atual nem chega perto do esperado, trazendo muita graça em relação a uma “festa de adultos”.

Irmãs pode ser considerada a típica comédia besteirol norte-americana. Possui muitos momentos durante a projeção que o definem assim. Escrito por Paula Pell, parceira da dupla em SNL, e dirigido por Jason Moore, Irmãs não possui, por exemplo, a leveza, o coração e as sutilizas nas entrelinhas de A Escolha Perfeita (2012), o trabalho anterior do cineasta. O que conta aqui, e muito, é a química de Fey e Poehler, e o poder que ambas possuem de improvisar, fazendo-nos sentir como parte da grande brincadeira. Antes de escolher assistir ao filme, no entanto, você precisa saber o quão fã é da dupla. Tudo funcionará melhor se a respostas for “muito”.

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