quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Crítica | Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas – A declaração de amor da DC aos super-heróis

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Há quem diga que os filmes de super-heróis, que já se tornaram um novo gênero cinematográfico, estão ficando cada vez mais cansativos e desgastantes, e isso não é totalmente falso, afinal, por mais escapistas que sejam, a repetição de algo causa a exaustão facilmente. E é quando estamos ficando com tédio de pagar ingressos caríssimos em 3D apenas para ver explosões, lutas e destruições em CGI, que vem o filme que brinca com os filmes de super-heróis como nenhum outro, e não, não estou falando de Deadpool.

Se alguém falasse no passado que um filme conectado diretamente ao Universo da DC Comics seria tão colorido e tão cômico à ponto de trazer uma revitalização aos filmes de super-heróis no futuro, talvez ninguém teria acreditado. Pois bem, é por isso que Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas é tão especial e representa um frescor necessário, por vir de onde menos se estava esperando. O primeiro longa-metragem do grupo formado pelo líder Robin, o divertido Mutano, a melancólica Ravena, o inteligente Ciborgue e a fofa Estelar, tem direção da dupla Aaron Horvath e Peter Rida Michail, a partir de um roteiro simples, mas bem criativo, de Michael Jelenic e Horvath.



A trama é bem simplista (afinal, não podemos esquecer que se trata de uma animação infantil e voltada para crianças): Robin está cansado de ver os grandes heróis dos quadrinhos ganharem filmes e ele e sua equipe não, com isso, segue uma divertida jornada, que envolve desde viagens no tempo sinistras até lutas bem elaboradas com vilões, para provar ao mundo e, a uma produtora de Hollywood, que Os Jovens Titãs merecem ter seu próprio longa-metragem. Com isso, fica à cargo do carisma dos personagens e das perfeitas piadas, carregar o espectador até a conclusão.

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E por falar em piadas, as tiradas são perfeitamente criativas e funcionam muito mais do que em filmes como Deadpool, que tira sarro do universo de heróis sem, de fato, criar um contexto por trás. Aqui, há inúmeras referencias em quase todas as cenas, desde pôsteres nos quartos dos heróis protagonistas até anúncios pela cidade, nenhum outro filme de super-heróis foi tão conectado ao seu universo como dessa forma. Tudo lembra algum personagem da DC Comics e até mesmo da Marvel, com citações à Guardiões da Galáxia e a presença ilustre de Stan Lee. E tudo, claro, perfeitamente justificado, já que a maior parte da história se passa nos estúdios da Warner Bros. em Los Angeles, onde todos os filmes estão sendo desenvolvidos. Vemos desde a Liga da Justiça completa fazendo piada sobre seus filmes, até um momento hilário em que recria uma cena icônica (e controversa!) de Batman vs Superman. A gargalhada é certa e essa metalinguagem acaba de tornando o diferencial da obra.

O vilão Slade é caricato, como se espera que seja nesse contexto, e o gráfico é basicamente o mesmo da animação mais recente do Cartoon Network, cartunesco e quadradão, no entanto, emergimos tanto nas inúmeras e elaboradas cenas de ação tão bem dirigidas, que às vezes até foge da mente que se trata de uma animação, algo que acaba nos lembrando quando as cenas musicais começam, voltadas totalmente para as crianças da sala, que vão se divertir mais com elas do que com a presença do Stan Lee, por exemplo. Tudo parte da boa sacada dos roteiristas, que pensaram em arrancar risadas também dos adultos.

Como todo bom filme infantil também traz uma mensagem para refletir, este brinca com a ambição, com a fama e com a perda da amizade por conta desses fatores e, mesmo que não sejam temas completamente novos no mundo dos heróis, é um ato singelo da DC Comics, que atualmente está passando por uma fase complicada na busca por sua nova identidade, de resgatar essa essência típica dos filmes do Superman dos anos 1970 e 80, que acabou sendo ofuscada com a vibe obscura que a produtora assumiu após o Batman de Tim Burton: a busca pela esperança, a inocência e o lado cômico, tanto explorado em filmes da Marvel Studios.

Antes que alguém venha dizer que precisa virar comédia para fazer sucesso e os filmes da DC são para adultos, o mimimi de sempre, a polaridade sem necessidade de sempre, a Marvel encontrou sim sua fórmula para o sucesso e conseguiu transformar heróis B como Thor, em grandes personagens que arrastam multidões aos cinemas todos os anos, já a DC, acordou e agora entrou em sua busca por identidade, começou uma reformulação interna, algo que já está surtindo efeito, afinal, Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas representa uma virada de jogo inesperada, colocando a produtora no caminho certo, tanto para reconquistar seu público, quanto para provar que é tão rica em personagens quanto a Marvel.

Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas é divertido, inteligente, cativante e representa tudo que o Universo da DC está precisando no momento: rir um pouco das tragédias realizadas e abrir caminho para continuar criando os heróis que tanto amamos. Uma surpresa gentil em um ano tão cheio de heróis grandiosos. Uma celebração ao gênero.

Observações: A direção de dublagem brasileira está esplêndida, como sempre, e tem uma maluca cena pós-créditos, não percam!

 

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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Há quem diga que os filmes de super-heróis, que já se tornaram um novo gênero cinematográfico, estão ficando cada vez mais cansativos e desgastantes, e isso não é totalmente falso, afinal, por mais escapistas que sejam, a repetição de algo causa a exaustão facilmente. E é quando estamos ficando com tédio de pagar ingressos caríssimos em 3D apenas para ver explosões, lutas e destruições em CGI, que vem o filme que brinca com os filmes de super-heróis como nenhum outro, e não, não estou falando de Deadpool.

Se alguém falasse no passado que um filme conectado diretamente ao Universo da DC Comics seria tão colorido e tão cômico à ponto de trazer uma revitalização aos filmes de super-heróis no futuro, talvez ninguém teria acreditado. Pois bem, é por isso que Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas é tão especial e representa um frescor necessário, por vir de onde menos se estava esperando. O primeiro longa-metragem do grupo formado pelo líder Robin, o divertido Mutano, a melancólica Ravena, o inteligente Ciborgue e a fofa Estelar, tem direção da dupla Aaron Horvath e Peter Rida Michail, a partir de um roteiro simples, mas bem criativo, de Michael Jelenic e Horvath.

A trama é bem simplista (afinal, não podemos esquecer que se trata de uma animação infantil e voltada para crianças): Robin está cansado de ver os grandes heróis dos quadrinhos ganharem filmes e ele e sua equipe não, com isso, segue uma divertida jornada, que envolve desde viagens no tempo sinistras até lutas bem elaboradas com vilões, para provar ao mundo e, a uma produtora de Hollywood, que Os Jovens Titãs merecem ter seu próprio longa-metragem. Com isso, fica à cargo do carisma dos personagens e das perfeitas piadas, carregar o espectador até a conclusão.

E por falar em piadas, as tiradas são perfeitamente criativas e funcionam muito mais do que em filmes como Deadpool, que tira sarro do universo de heróis sem, de fato, criar um contexto por trás. Aqui, há inúmeras referencias em quase todas as cenas, desde pôsteres nos quartos dos heróis protagonistas até anúncios pela cidade, nenhum outro filme de super-heróis foi tão conectado ao seu universo como dessa forma. Tudo lembra algum personagem da DC Comics e até mesmo da Marvel, com citações à Guardiões da Galáxia e a presença ilustre de Stan Lee. E tudo, claro, perfeitamente justificado, já que a maior parte da história se passa nos estúdios da Warner Bros. em Los Angeles, onde todos os filmes estão sendo desenvolvidos. Vemos desde a Liga da Justiça completa fazendo piada sobre seus filmes, até um momento hilário em que recria uma cena icônica (e controversa!) de Batman vs Superman. A gargalhada é certa e essa metalinguagem acaba de tornando o diferencial da obra.

O vilão Slade é caricato, como se espera que seja nesse contexto, e o gráfico é basicamente o mesmo da animação mais recente do Cartoon Network, cartunesco e quadradão, no entanto, emergimos tanto nas inúmeras e elaboradas cenas de ação tão bem dirigidas, que às vezes até foge da mente que se trata de uma animação, algo que acaba nos lembrando quando as cenas musicais começam, voltadas totalmente para as crianças da sala, que vão se divertir mais com elas do que com a presença do Stan Lee, por exemplo. Tudo parte da boa sacada dos roteiristas, que pensaram em arrancar risadas também dos adultos.

Como todo bom filme infantil também traz uma mensagem para refletir, este brinca com a ambição, com a fama e com a perda da amizade por conta desses fatores e, mesmo que não sejam temas completamente novos no mundo dos heróis, é um ato singelo da DC Comics, que atualmente está passando por uma fase complicada na busca por sua nova identidade, de resgatar essa essência típica dos filmes do Superman dos anos 1970 e 80, que acabou sendo ofuscada com a vibe obscura que a produtora assumiu após o Batman de Tim Burton: a busca pela esperança, a inocência e o lado cômico, tanto explorado em filmes da Marvel Studios.

Antes que alguém venha dizer que precisa virar comédia para fazer sucesso e os filmes da DC são para adultos, o mimimi de sempre, a polaridade sem necessidade de sempre, a Marvel encontrou sim sua fórmula para o sucesso e conseguiu transformar heróis B como Thor, em grandes personagens que arrastam multidões aos cinemas todos os anos, já a DC, acordou e agora entrou em sua busca por identidade, começou uma reformulação interna, algo que já está surtindo efeito, afinal, Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas representa uma virada de jogo inesperada, colocando a produtora no caminho certo, tanto para reconquistar seu público, quanto para provar que é tão rica em personagens quanto a Marvel.

Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas é divertido, inteligente, cativante e representa tudo que o Universo da DC está precisando no momento: rir um pouco das tragédias realizadas e abrir caminho para continuar criando os heróis que tanto amamos. Uma surpresa gentil em um ano tão cheio de heróis grandiosos. Uma celebração ao gênero.

Observações: A direção de dublagem brasileira está esplêndida, como sempre, e tem uma maluca cena pós-créditos, não percam!

 

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Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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