segunda-feira , 30 dezembro , 2024

Crítica | ‘Kompromat’: O olhar pela fechadura sobre questões geopolíticas [Festival Varilux]

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O olhar pela fechadura sobre questões geopolíticas. Selecionado para o Festival Varilux de Cinema Francês 2022, o longa-metragem Kompromat nos mostra a saga de um francês que é chantageado, acusado e punido na Rússia tendo que correr contra o tempo para limpar sua reputação e voltar para casa. Livremente baseado em fatos reais, o filme mete o dedo em feridas geopolíticas e coloca em xeque questões sobre as relações internacionais de dois países antagônicos na forma de enxergar muitas questões. Dirigido pelo cineasta Jérôme Salle, o filme é protagonizado pelo excelente ator francês Gilles Lellouche.



Na trama, conhecemos Mathieu (Gilles Lellouche), um simpático e muito querido diretor da Aliança Francesa, que trabalha na região da Sibéria, na Rússia, que certo dia é detido pelas formas militares russas (ligadas à FSB, órgão que substituiu a KGB) acusado de um crime que não cometeu. Sem saber direito o que fazer nessa situação, e com os diplomatas franceses em Moscou reféns da diplomacia nesse país sempre complicado, vamos acompanhando as estratégias de sobrevivência dele ao longo de 5 meses em território hostil. Para ajudá-lo, somente uma jovem russa que ele conhecera em uma festa que pode ser também um dos fatores que levaram aos motivos de sua prisão.

 

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O termo Kompromat, como é explicado logo nas legendas iniciais da projeção, é uma espécie de chantagem, um acúmulo de informações sobre uma pessoa para serem utilizadas em vantagens futuras. Essa é uma tática russa muito utilizada nos tempos ainda de União Soviética. Partindo dessa questão, o filme se baseia em fatos reais para nos mostrar como a questão dos direitos humanas é facilmente quebrada em uma região violenta, preconceituosa e de pouco papo pra negociações que adota métodos ligados à chantagem e destruição de reputações para punir seja qual for o motivo, mesmo esse sendo banal.

As interpretações nas questões diplomáticas, completamente ligadas às questões de relações internacionais ficam em evidência em meio ao conflito de Mathieu se tornando até certo ponto uma enorme crítica às atitudes tomadas. Qual a posição oficial da Embaixada da França no local perante a questão? Essa é muitas perguntas são logo respondidas mostrando o labirinto de conflitos que toda a situação se projeta.  Em paralelo, vemos os dramas e escolhas do protagonista completamente refém de uma situação que nunca imaginou em passar e escolhendo a dedo em quem confiar. A conclusão não deixa para trás tudo que devemos refletir sobre o que vemos ao longo de pouco mais de duas horas de projeção.

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O olhar pela fechadura sobre questões geopolíticas. Selecionado para o Festival Varilux de Cinema Francês 2022, o longa-metragem Kompromat nos mostra a saga de um francês que é chantageado, acusado e punido na Rússia tendo que correr contra o tempo para limpar sua reputação e voltar para casa. Livremente baseado em fatos reais, o filme mete o dedo em feridas geopolíticas e coloca em xeque questões sobre as relações internacionais de dois países antagônicos na forma de enxergar muitas questões. Dirigido pelo cineasta Jérôme Salle, o filme é protagonizado pelo excelente ator francês Gilles Lellouche.

Na trama, conhecemos Mathieu (Gilles Lellouche), um simpático e muito querido diretor da Aliança Francesa, que trabalha na região da Sibéria, na Rússia, que certo dia é detido pelas formas militares russas (ligadas à FSB, órgão que substituiu a KGB) acusado de um crime que não cometeu. Sem saber direito o que fazer nessa situação, e com os diplomatas franceses em Moscou reféns da diplomacia nesse país sempre complicado, vamos acompanhando as estratégias de sobrevivência dele ao longo de 5 meses em território hostil. Para ajudá-lo, somente uma jovem russa que ele conhecera em uma festa que pode ser também um dos fatores que levaram aos motivos de sua prisão.

 

O termo Kompromat, como é explicado logo nas legendas iniciais da projeção, é uma espécie de chantagem, um acúmulo de informações sobre uma pessoa para serem utilizadas em vantagens futuras. Essa é uma tática russa muito utilizada nos tempos ainda de União Soviética. Partindo dessa questão, o filme se baseia em fatos reais para nos mostrar como a questão dos direitos humanas é facilmente quebrada em uma região violenta, preconceituosa e de pouco papo pra negociações que adota métodos ligados à chantagem e destruição de reputações para punir seja qual for o motivo, mesmo esse sendo banal.

As interpretações nas questões diplomáticas, completamente ligadas às questões de relações internacionais ficam em evidência em meio ao conflito de Mathieu se tornando até certo ponto uma enorme crítica às atitudes tomadas. Qual a posição oficial da Embaixada da França no local perante a questão? Essa é muitas perguntas são logo respondidas mostrando o labirinto de conflitos que toda a situação se projeta.  Em paralelo, vemos os dramas e escolhas do protagonista completamente refém de uma situação que nunca imaginou em passar e escolhendo a dedo em quem confiar. A conclusão não deixa para trás tudo que devemos refletir sobre o que vemos ao longo de pouco mais de duas horas de projeção.

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