domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Lady Macbeth – Um esplendoroso trabalho de direção

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Sentir raiva é vingar-se das falhas dos outros em si próprio. Debutando em longas metragens, o cineasta britânico William Oldroyd não poderia ter pisado mais forte com o pé direito no set de filmagens. Baseado no livro Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk, de Nikolai Leskov, Lady Macbeth é um sombrio retrato onde impera a psicopatia da forte protagonista interpretada com louvor pela jovem atriz britânica Florence Pugh. Ao longo dos curtíssimos 89 minutos de projeção, somos testemunhas de atos violentos provocados por um lado sombrio, egoísta e ambicioso de uma das personagens mais fortes que iremos ver nas telas do cinema esse ano.

Vencedora do prêmio da associação de críticos (FIPRESCI) no Festival de San Sebastián ano passado, Lady Macbeth, ambientada no século XIX, conta a história de Katherine (Florence Pugh) que é vendida para um homem mais velho para ser sua esposa. Durante uma das inúmeras viagens de seu marido, a protagonista arranja um amante e deseja continuar com ele não importa o que aconteça. Quando o marido volta de viagem, uma série de acontecimentos despertará em Katherine sentimentos conturbados e ações sem remorso.



Cada sequência é impactante. As lentes do diretor são cirúrgicas para mostrar os detalhes e captar as emoções pelas expressões da jovem e debochada Lady Macbeth. De drama, o filme vira um suspense em segundos, explorando com eficácia o lado sombrio que Katherine guardava dentro de si, agora aflorado por um intenso amor e a vontade de se vingar da sua maneira de seu atual marido e família. Sentada em um grande sofá, parece pensar em todos os passos, sem se importar com a inconseqüência de seus atos. Katherine é um vulcão que quando entra em erupção não mede esforços para conseguir seus objetivos, um personagem feminino forte, bem a frente de seu tempo.

Apesar das ótimas críticas que teve ao longa da semana de seu lançamento semanas atrás, Lady MacBeth possui um circuito bastante reduzido no mercado exibidor brasileiro. É um esplendoroso trabalho de direção, com uma atuação marcante de sua protagonista.

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Crítica | Lady Macbeth – Um esplendoroso trabalho de direção

Sentir raiva é vingar-se das falhas dos outros em si próprio. Debutando em longas metragens, o cineasta britânico William Oldroyd não poderia ter pisado mais forte com o pé direito no set de filmagens. Baseado no livro Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk, de Nikolai Leskov, Lady Macbeth é um sombrio retrato onde impera a psicopatia da forte protagonista interpretada com louvor pela jovem atriz britânica Florence Pugh. Ao longo dos curtíssimos 89 minutos de projeção, somos testemunhas de atos violentos provocados por um lado sombrio, egoísta e ambicioso de uma das personagens mais fortes que iremos ver nas telas do cinema esse ano.

Vencedora do prêmio da associação de críticos (FIPRESCI) no Festival de San Sebastián ano passado, Lady Macbeth, ambientada no século XIX, conta a história de Katherine (Florence Pugh) que é vendida para um homem mais velho para ser sua esposa. Durante uma das inúmeras viagens de seu marido, a protagonista arranja um amante e deseja continuar com ele não importa o que aconteça. Quando o marido volta de viagem, uma série de acontecimentos despertará em Katherine sentimentos conturbados e ações sem remorso.

Cada sequência é impactante. As lentes do diretor são cirúrgicas para mostrar os detalhes e captar as emoções pelas expressões da jovem e debochada Lady Macbeth. De drama, o filme vira um suspense em segundos, explorando com eficácia o lado sombrio que Katherine guardava dentro de si, agora aflorado por um intenso amor e a vontade de se vingar da sua maneira de seu atual marido e família. Sentada em um grande sofá, parece pensar em todos os passos, sem se importar com a inconseqüência de seus atos. Katherine é um vulcão que quando entra em erupção não mede esforços para conseguir seus objetivos, um personagem feminino forte, bem a frente de seu tempo.

Apesar das ótimas críticas que teve ao longa da semana de seu lançamento semanas atrás, Lady MacBeth possui um circuito bastante reduzido no mercado exibidor brasileiro. É um esplendoroso trabalho de direção, com uma atuação marcante de sua protagonista.

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