domingo , 17 novembro , 2024

Crítica | Lilo, Lilo, Crocodilo – Um filme leve e divertido para curtir com a família

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É claro que a grande aposta dessa curiosa produção, que mistura live-action com CGI, é o crocodilo Lilo, este que é dublado pela estrela pop canadense Shawn Mendes, no entanto, o que salta logo aos olhos quando entra em ação é o sempre ótimo Javier Bardem (‘007 ‑ Operação Skyfall’), que está se divertindo em cena.

Com um bigode engraçado de vassoura que rivaliza com Hercule Poirot, protagonista das histórias de Agatha Christie, o ator leva a produção basicamente nas costas, como um artista fracassado e exagerado chamado Hector Valent, onde ele ri, faz piruetas e todo tipo de humor físico circense.

Para além disso, este ‘Lilo, Lilo, Crocodilo‘ é no máximo um filme honesto para o que se propõe ser – que pega carona em produções como ‘As Aventuras de Paddington‘. Tomando como base os livros ilustrados de Bernard Waber, o longa começa quando o tal Hector encontra o bebê crocodilo Lilo em uma loja de animais em Nova York, e de maneira muito fofa e engraçada, o pequeno réptil canta e dança na sua gaiola.



O showman então percebe que Lilo tem talento e ver a chance de fazer apresentações musicais, treinando o bichinho com alguns números especiais – feitos por Benj Pasek e Justin Pau, dupla criativa de ‘La La Land: Cantando Estações‘. O crocodilo canta com uma belíssima voz que é muito suave, o que acaba sendo um comportamento oposto à sua espécie, sempre temida. Contudo, algo que incomoda é justamente o fato de Lilo nunca falar durante a aventura, ainda que encante com suas tiradas desajeitadas.

Mas, afinal, qual é o grande desafio ou dilema que traz essa história? Simplesmente, o fato de Lilo morrer de medo de subir no palco e se apresentar em público. E quando o bichinho fracassa, após desistir por medo, Hector, que está super endividado, abandona o crocodilo sozinho em casa e parte em um voo solitário durante à noite, covardemente.

Não deixe de assistir:

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Bardem imprime ali toda falha moral de seu personagem, que mesmo sendo extravagante e quase um palhaço em seu comportamento, denota um drama interno em sua constante busca pelo sucesso. O sujeito acredita que um dia a sorte vai surgir para ele. Ou seja, é um personagem capaz de divertir, mas também de tocar o público emocionalmente.

Após essa espécie de introdução, a família Primm, junto ao pequeno Josh (Winslow Fegley), se muda para a antiga casa de Hector. No lugar, eles tomam um susto ao dar de cara com o crocodilo tomando banho e cantando, com a mãe e o pai de Josh horrorizados. Porém, com o caminhar da trama, como esperado, todos aprendem várias lições com Lilo, e Josh cria uma forte amizade com o bichinho. Algo que segue bem, até Hector reaparecer…

Uma história bem lugar comum e um tanto genérica, mas que, no fim das contas, deve funcionar bem para o seu público alvo. Brett Gelman, de ‘Stranger Things‘, também está ótimo como o vizinho mala, o vilão Sr. Grumps, defensor de regras chatas e que detesta crianças. No entanto, se espera algo diferente e fora da curva, artisticamente falando, como aconteceu com ‘Tico e Teco: Defensores da Lei‘, deve se decepcionar com o título comandado por Josh Gordon, cineasta que ainda não possui nenhum grande trabalho no currículo. Seria uma mera coincidência?

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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É claro que a grande aposta dessa curiosa produção, que mistura live-action com CGI, é o crocodilo Lilo, este que é dublado pela estrela pop canadense Shawn Mendes, no entanto, o que salta logo aos olhos quando entra em ação é o sempre ótimo Javier Bardem (‘007 ‑ Operação Skyfall’), que está se divertindo em cena.

Com um bigode engraçado de vassoura que rivaliza com Hercule Poirot, protagonista das histórias de Agatha Christie, o ator leva a produção basicamente nas costas, como um artista fracassado e exagerado chamado Hector Valent, onde ele ri, faz piruetas e todo tipo de humor físico circense.

Para além disso, este ‘Lilo, Lilo, Crocodilo‘ é no máximo um filme honesto para o que se propõe ser – que pega carona em produções como ‘As Aventuras de Paddington‘. Tomando como base os livros ilustrados de Bernard Waber, o longa começa quando o tal Hector encontra o bebê crocodilo Lilo em uma loja de animais em Nova York, e de maneira muito fofa e engraçada, o pequeno réptil canta e dança na sua gaiola.

O showman então percebe que Lilo tem talento e ver a chance de fazer apresentações musicais, treinando o bichinho com alguns números especiais – feitos por Benj Pasek e Justin Pau, dupla criativa de ‘La La Land: Cantando Estações‘. O crocodilo canta com uma belíssima voz que é muito suave, o que acaba sendo um comportamento oposto à sua espécie, sempre temida. Contudo, algo que incomoda é justamente o fato de Lilo nunca falar durante a aventura, ainda que encante com suas tiradas desajeitadas.

Mas, afinal, qual é o grande desafio ou dilema que traz essa história? Simplesmente, o fato de Lilo morrer de medo de subir no palco e se apresentar em público. E quando o bichinho fracassa, após desistir por medo, Hector, que está super endividado, abandona o crocodilo sozinho em casa e parte em um voo solitário durante à noite, covardemente.

Bardem imprime ali toda falha moral de seu personagem, que mesmo sendo extravagante e quase um palhaço em seu comportamento, denota um drama interno em sua constante busca pelo sucesso. O sujeito acredita que um dia a sorte vai surgir para ele. Ou seja, é um personagem capaz de divertir, mas também de tocar o público emocionalmente.

Após essa espécie de introdução, a família Primm, junto ao pequeno Josh (Winslow Fegley), se muda para a antiga casa de Hector. No lugar, eles tomam um susto ao dar de cara com o crocodilo tomando banho e cantando, com a mãe e o pai de Josh horrorizados. Porém, com o caminhar da trama, como esperado, todos aprendem várias lições com Lilo, e Josh cria uma forte amizade com o bichinho. Algo que segue bem, até Hector reaparecer…

Uma história bem lugar comum e um tanto genérica, mas que, no fim das contas, deve funcionar bem para o seu público alvo. Brett Gelman, de ‘Stranger Things‘, também está ótimo como o vizinho mala, o vilão Sr. Grumps, defensor de regras chatas e que detesta crianças. No entanto, se espera algo diferente e fora da curva, artisticamente falando, como aconteceu com ‘Tico e Teco: Defensores da Lei‘, deve se decepcionar com o título comandado por Josh Gordon, cineasta que ainda não possui nenhum grande trabalho no currículo. Seria uma mera coincidência?

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Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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