quinta-feira, abril 18, 2024

Crítica | Link Perdido – Novo Filme da Disney Estreia Sem Ninguém Perceber!

Sabemos que 2019 é basicamente o ano da Dona Disney, afinal, ela praticamente lançou um filme por mês nos cinemas, e ainda vai vir agora com uma plataforma de streaming todinha dela. Ok. Tudo isso já sabíamos, estava no calendário. E com todo mundo focado em ‘Frozen 2‘, Disney + e o último episódio da saga de ‘Star Wars‘, Dona Disney chega, do nada, e estreia um filme sem ninguém perceber.

A história é situada mais ou menos ali no final do século XIX, início do século XX. Época das grandes descobertas tecnológicas e científicas, quando os estudiosos e cientistas europeus se dedicaram a explorar (em todos os sentidos) o resto do mundo, em busca de melhorias para o seu padrão de vida. É nesse contexto que conhecemos o explorador Lionel Frost (originalmente dublado por Hugh Jackman), um sujeito obcecado em comprovar a existência de criaturas mitológicas (por exemplo, o unicórnio), para, com isso, conseguir entrar para o seleto clubinho de cientistas cujas pesquisas foram comprovadas, encabeçado por Lord Piggot (Stephen Fry). Para tal, o sr. Frost embarca numa aventurosa jornada atrás do Pé Grande.

A história em si não é muito original – particularmente já perdi as contas de quantos filmes sobre o Pé Grande/Yéti estrearam nos últimos anos. Portanto, embora os ingredientes do bolo não sejam novos, o grande diferencial desse ‘Link Perdido’ é a forma como ele mistura os elementos.

Para começar, é uma animação em longa-metragem estilo stop-motion. Isso significa que são 1h35 de imagens gravadas frame a frame com bonecos, que vão se mexendo milímetros a cada frame, de modo que a animação ganhe movimento quando todos são reunidos em velocidade. Isso por si só já vale o ingresso, pois a técnica está cada vez mais rarefeita no mercado, infelizmente. Vai aqui o agradecimento aos estúdios Laika (responsável por ‘Coraline’ e ‘Kubo’), que se dedica, bravamente, a continuar construindo sonhos em forma de arte em massinha, e que investiu nesse projeto, apesar do título ruim.

Segundamente, a dublagem brasileira, em conjunto com a tradução e a adaptação da linguagem, está simplesmente perfeita. Todas as falas se encaixam em espantosa sintonia com o que ocorre nas imagens, passando a sensação de que estamos ouvindo no áudio original. Isso merece ser destacado, pois é quando a dublagem alcança seu objetivo máximo.

As piadas fluem nas falas com tamanha naturalidade, que faz muita gente conseguir gargalhar alto diante do inesperado. É que as reações dos personagens – em especial a dupla principal, sr. Frost e Pé Grande – são tão reais, tão gente como a gente, que o espanto em ver um desenho ter o mesmo tipo de raciocínio insólito que a gente tem com nossos amigos simplesmente faz com que a gente acabe rindo, afinal, diante do absurdo das situações, resta o riso.

Não deixe de assistir:

Link Perdido’ é desses raros entretenimentos que deve satisfazer mais os jovens do que os pequenos (e, neste caso, recomenda-se ter ao menos 10 anos, para conseguir imergir com fluidez na história), O filme diverte , deslumbra e, ainda por cima, encontra espaço para uma breve discussão de identidade de gênero. Em muitos aspectos, é um filme que surpreende.

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