sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | Marguerite

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Os gritos de uma angústia sonhadora. Selecionado para o Festival Varilux de Cinema Francês 2016, o drama Marguerite é uma longa-metragem deleitável, que possui interpretações fantásticas. Década de 20, França, em uma época onde Chaplin andava por Paris, dividido em capítulos, atos, Marguerite possui um roteiro muito bem estruturado e uma direção detalhista muito perto da perfeição. Essa é uma vantagem em ter um diretor autoral na condução de uma obra tão complexa. Méritos do cineasta Xavier Giannoli que com certeza, com este trabalho, vai ganhar um espaço na memória dos cinéfilos.

Inocente, sonhadora, indomável. Marguerite, interpretada pela fabulosa Catherine Frot, é uma mulher deveras interessante, louca por ópera, milionária, vive em quase total reclusão em um casarão longe do agito do centro da capital francesa. Sua vida consiste em sonhar, projetar e realizar pequenas apresentações em um limitado círculo de amigos da alta sociedade francesa. A questão é que a personagem principal, que exala uma dose exorbitante de carisma em cada sequencia, canta completamente desafinada e suas performances são camufladas pelo orgulhoso círculo de amigos.



Analisando um lado importante da personagem principal, o psicológico, o ato de se apresentar a tira da loucura e de seus intensos pensamentos tristes, a arte se torna uma blindagem a qualquer tipo de sentimento ruim. Marguerite é incompreendida em sua essência durante todo o tempo, somente seu simpático mordomo Madelbos a ajuda em suas deliciosas e surpreendentes apresentações. Porém, com sua bondade e porque não dizer simplicidade, acaba conquistando a quase todos que a conhecem.

A transformação do marido também é feita de maneira bela e inesperada. Antes, um envergonhado, traidor e infeliz parceiro vai aos poucos se tornando um porto seguro às ações da protagonista, vira quase um protetor dos sonhos de sua esposa. O personagem se vê em uma guerra entre a vergonha e o sonho. E assim, chegamos a grande pergunta que o filme está envolvido: Quem de nós possui um coração puro o suficiente para julgá-la?

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Inocente, sonhadora, indomável. Marguerite, interpretada pela fabulosa Catherine Frot, é uma mulher deveras interessante, louca por ópera, milionária, vive em quase total reclusão em um casarão longe do agito do centro da capital francesa. Sua vida consiste em sonhar, projetar e realizar pequenas apresentações em um limitado círculo de amigos da alta sociedade francesa. A questão é que a personagem principal, que exala uma dose exorbitante de carisma em cada sequencia, canta completamente desafinada e suas performances são camufladas pelo orgulhoso círculo de amigos.

Analisando um lado importante da personagem principal, o psicológico, o ato de se apresentar a tira da loucura e de seus intensos pensamentos tristes, a arte se torna uma blindagem a qualquer tipo de sentimento ruim. Marguerite é incompreendida em sua essência durante todo o tempo, somente seu simpático mordomo Madelbos a ajuda em suas deliciosas e surpreendentes apresentações. Porém, com sua bondade e porque não dizer simplicidade, acaba conquistando a quase todos que a conhecem.

A transformação do marido também é feita de maneira bela e inesperada. Antes, um envergonhado, traidor e infeliz parceiro vai aos poucos se tornando um porto seguro às ações da protagonista, vira quase um protetor dos sonhos de sua esposa. O personagem se vê em uma guerra entre a vergonha e o sonho. E assim, chegamos a grande pergunta que o filme está envolvido: Quem de nós possui um coração puro o suficiente para julgá-la?

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