sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | Maze Runner: A Cura Mortal – Um desfecho digno… mas bastante cansativo

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Franquias baseadas em livros de ficção científicas para jovens adultos tomaram conta de Hollywood nos últimos anos. Tivemos casos bem sucedidos, como a franquia milionária ‘Jogos Vorazes’, e fracassos épicos como a ‘Saga Divergente‘, que sequer teve um fim nos cinemas devido à baixa procura do público com o penúltimo episódio.

Maze Runner’ cruzou um caminho decente nas bilheterias, mas teve a produção de seu último filme interrompida após um grave acidente o protagonista Dylan O’Brian – que teve alguns ossos da face quebrados após ser atingido por um carro em alta velocidade no set.



Após uma produção conturbada, que também contou com a gravidez da atriz Kaya Scodelario, o capítulo final finalmente chega aos cinemas com um atraso de quase dois anos.

Maze Runner: A Cura Mortal’ encerra a jornada de Thomas (O’Brian), que nos capítulos anteriores descobriu ser uma cobaia de um experimento científico e precisou escapar de um labirinto mortal.

Por trás de uma possibilidade de cura para um vírus chamado Fulgor, Thomas irá descobrir um plano maior, elaborado pela empresa C.R.U.E.L., que poderá trazer consequências desastrosas para a humanidade. Ele decide, então, entregar-se ao Experimento final. A organização garante que não há mais nada para esconder. Mas será possível acreditar no C.R.U.E.L.?

Cheio de ação e repleto de efeitos especiais, ‘Maze Runner: A Cura Mortal’ é o filme mais agitado da trilogia e também o mais complexo.

Entre uma grandiosa cena de perseguição e outra, o roteiro entrega algumas das respostas para as perguntas feitas nos filmes anteriores e várias plot twists (algumas bastante óbvias), que encerram a trama de maneira bastante decente.

O problema da produção está em seu roteiro, que arrasta a trama demasiadamente e deixa o filme cansativo. O segundo ato tem uma barriga que atrapalha o andamento da história e deixa o pública cansado. O ato final, cheio de ação frenética, segue o mesmo caminho ao adicionar diversos finais falsos. Parece que o filme não vai acabar nunca.
Outro problema está na conveniência da resolução dos problemas: sempre que algo dá errado, logo surge uma salvação que soluciona de maneira pra lá de forçada o problema dos protagonistas. Esse recurso é usado nos filmes de ação, mas quando é repetido exaustivamente trata o espectador como idiota.

O diretor Wes Ball tem talento para dirigir as cenas de ação, e as paletas de cores da fotografia são incríveis: temos uma paleta azulada para as cenas dentro da cidade que remete a ‘Blade Runner’, e uma paleta alaranjada para as cenas caóticas fora da cidade, que lembram ‘Mad Max’. Aliás, esse filme lembra bastante a franquia ‘Resident Evil’.

Por fim, o sucesso da franquia está em seu jovem e talentoso elenco. Dylan O’Brian se prova um ótimo ator com grande carga dramática e consegue transparecer as emoções de seu protagonista. A atriz com descendência brasileira Kaya Scodelario também entrega uma personagem dúbia e bastante aprofundada como Teresa.

Mas quem rouba a cena aqui são Thomas Brodie-Sangster (Newt) e Rosa Salazar (Brenda), surpreendentemente ótimos.

Maze Runner: A Cura Mortal’ é uma ficção científica decente com um desfecho digno, mas é deveras cansativo em diversos momentos. Dava para enxugar pelo menos 50 minutos das 2 horas e 22 minutos da interminável produção.

Para os fãs dos livros e de filmes do gênero, é um prato cheio.

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Maze Runner’ cruzou um caminho decente nas bilheterias, mas teve a produção de seu último filme interrompida após um grave acidente o protagonista Dylan O’Brian – que teve alguns ossos da face quebrados após ser atingido por um carro em alta velocidade no set.

Após uma produção conturbada, que também contou com a gravidez da atriz Kaya Scodelario, o capítulo final finalmente chega aos cinemas com um atraso de quase dois anos.

Maze Runner: A Cura Mortal’ encerra a jornada de Thomas (O’Brian), que nos capítulos anteriores descobriu ser uma cobaia de um experimento científico e precisou escapar de um labirinto mortal.

Por trás de uma possibilidade de cura para um vírus chamado Fulgor, Thomas irá descobrir um plano maior, elaborado pela empresa C.R.U.E.L., que poderá trazer consequências desastrosas para a humanidade. Ele decide, então, entregar-se ao Experimento final. A organização garante que não há mais nada para esconder. Mas será possível acreditar no C.R.U.E.L.?

Cheio de ação e repleto de efeitos especiais, ‘Maze Runner: A Cura Mortal’ é o filme mais agitado da trilogia e também o mais complexo.

Entre uma grandiosa cena de perseguição e outra, o roteiro entrega algumas das respostas para as perguntas feitas nos filmes anteriores e várias plot twists (algumas bastante óbvias), que encerram a trama de maneira bastante decente.

O problema da produção está em seu roteiro, que arrasta a trama demasiadamente e deixa o filme cansativo. O segundo ato tem uma barriga que atrapalha o andamento da história e deixa o pública cansado. O ato final, cheio de ação frenética, segue o mesmo caminho ao adicionar diversos finais falsos. Parece que o filme não vai acabar nunca.
Outro problema está na conveniência da resolução dos problemas: sempre que algo dá errado, logo surge uma salvação que soluciona de maneira pra lá de forçada o problema dos protagonistas. Esse recurso é usado nos filmes de ação, mas quando é repetido exaustivamente trata o espectador como idiota.

O diretor Wes Ball tem talento para dirigir as cenas de ação, e as paletas de cores da fotografia são incríveis: temos uma paleta azulada para as cenas dentro da cidade que remete a ‘Blade Runner’, e uma paleta alaranjada para as cenas caóticas fora da cidade, que lembram ‘Mad Max’. Aliás, esse filme lembra bastante a franquia ‘Resident Evil’.

Por fim, o sucesso da franquia está em seu jovem e talentoso elenco. Dylan O’Brian se prova um ótimo ator com grande carga dramática e consegue transparecer as emoções de seu protagonista. A atriz com descendência brasileira Kaya Scodelario também entrega uma personagem dúbia e bastante aprofundada como Teresa.

Mas quem rouba a cena aqui são Thomas Brodie-Sangster (Newt) e Rosa Salazar (Brenda), surpreendentemente ótimos.

Maze Runner: A Cura Mortal’ é uma ficção científica decente com um desfecho digno, mas é deveras cansativo em diversos momentos. Dava para enxugar pelo menos 50 minutos das 2 horas e 22 minutos da interminável produção.

Para os fãs dos livros e de filmes do gênero, é um prato cheio.

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