domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Mine

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Matamos o tempo, o tempo nos enterra. Debutando em longas metragens, os cineastas italianos Fabio Resinaro e Fabio Guaglione conseguem passar com louvor nesse primeiro teste. Unindo um clima de tensão com metáforas psicológicas pra lá de convincentes, Mine é um daqueles filmes surpreendentes que precisam de uma boa atuação de seu protagonista para que a mágica aconteça. E acontece. Ao longo dos 106 minutos, kafkianos e labirínticos portas de possibilidades de abrem em meio a uma situação inacreditável vivida pelo protagonista, interpretado pelo ator Armie Hammer.

Na trama, conhecemos o sargento do exército norte americano Mike (Armie Hammer), um homem que fora mandando para lutar em território inimigo. Em uma missão, jutamente com seu colega de pelotão Tommy (Tom Cullen), acaba enfrentando um grande desafio quando, precisando andar a pé para o ponto de resgate pelo restante de seu pelotão, acaba pisando em uma mina terrestre em meio a um deserto de sol escaldante. Lutando contra o tempo e usando apenas as ferramentas que tem em seu uniforme, sem tirar o pé da bomba, precisará contar com muita força mesmo quando memórias cruéis o assombram durante essas horas de terror.



O filme é angustiante em grande parte do seu tempo. O protagonista é um homem atormentado por seu passado, problemas com o pai, o falecimento da mãe o relacionamento conturbado com a namorada. Tudo isso volta que nem um vulcão em cada segundo das intensas horas que passa no deserto completamente sozinho em grande parte desse tempo. A atuação de Armie Hammer é digna de elogios, passa para o público uma dor incansável e toda a agonia do momento, principalmente quando o fator psicológico do personagem começa a falhar e alucinações vindas em forma de metáforas, dignas de longas horas com um psiquiatra, começam a aparecer.

A luta pela sobrevivência em situações extremas é algo bastante complexo de ser filmado, e nesse caso com mil possibilidades de o filme cair em armadilha tão complexa quanto a enfrentada pelo protagonista, mas essa é exatamente a margem que o roteiro alcança para preencher com informações sobre o passado de Mike o que eleva a qualidade do filme. A direção é bem detalhista, principalmente no primeiro arco, com poucos recursos consegue ser magistral em seu enredo e definições finais de todos os elementos envolvidos na trama.

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Mine não tem data para estrear no Brasil mas torcemos para que o filme chegue ao circuito exibidor. Em meio a tantas possibilidades que ficam no meio termo entre blockbuster e filmes independentes, esse é um filme que você não pode perder.

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Matamos o tempo, o tempo nos enterra. Debutando em longas metragens, os cineastas italianos Fabio Resinaro e Fabio Guaglione conseguem passar com louvor nesse primeiro teste. Unindo um clima de tensão com metáforas psicológicas pra lá de convincentes, Mine é um daqueles filmes surpreendentes que precisam de uma boa atuação de seu protagonista para que a mágica aconteça. E acontece. Ao longo dos 106 minutos, kafkianos e labirínticos portas de possibilidades de abrem em meio a uma situação inacreditável vivida pelo protagonista, interpretado pelo ator Armie Hammer.

Na trama, conhecemos o sargento do exército norte americano Mike (Armie Hammer), um homem que fora mandando para lutar em território inimigo. Em uma missão, jutamente com seu colega de pelotão Tommy (Tom Cullen), acaba enfrentando um grande desafio quando, precisando andar a pé para o ponto de resgate pelo restante de seu pelotão, acaba pisando em uma mina terrestre em meio a um deserto de sol escaldante. Lutando contra o tempo e usando apenas as ferramentas que tem em seu uniforme, sem tirar o pé da bomba, precisará contar com muita força mesmo quando memórias cruéis o assombram durante essas horas de terror.

O filme é angustiante em grande parte do seu tempo. O protagonista é um homem atormentado por seu passado, problemas com o pai, o falecimento da mãe o relacionamento conturbado com a namorada. Tudo isso volta que nem um vulcão em cada segundo das intensas horas que passa no deserto completamente sozinho em grande parte desse tempo. A atuação de Armie Hammer é digna de elogios, passa para o público uma dor incansável e toda a agonia do momento, principalmente quando o fator psicológico do personagem começa a falhar e alucinações vindas em forma de metáforas, dignas de longas horas com um psiquiatra, começam a aparecer.

A luta pela sobrevivência em situações extremas é algo bastante complexo de ser filmado, e nesse caso com mil possibilidades de o filme cair em armadilha tão complexa quanto a enfrentada pelo protagonista, mas essa é exatamente a margem que o roteiro alcança para preencher com informações sobre o passado de Mike o que eleva a qualidade do filme. A direção é bem detalhista, principalmente no primeiro arco, com poucos recursos consegue ser magistral em seu enredo e definições finais de todos os elementos envolvidos na trama.

Mine não tem data para estrear no Brasil mas torcemos para que o filme chegue ao circuito exibidor. Em meio a tantas possibilidades que ficam no meio termo entre blockbuster e filmes independentes, esse é um filme que você não pode perder.

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