domingo , 17 novembro , 2024

Crítica | Missão Impossível: Efeito Fallout – Tom Cruise em sua MELHOR missão!

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Pouquíssimas franquias conseguem ganhar várias sequências e continuarem relevantes, e ‘Missão Impossível’ é uma delas.

O primeiro filme, baseado na série de sucesso dos anos 60, foi lançado em 1996 e se tornou a terceira maior bilheteria do ano (atrás de ‘Independence Day‘ e ‘Twister‘), com US$ 457.7 milhões mundialmente. Visando uma possível franquia, a Paramount Pictures decidiu investir em uma sequência pra lá de ultrajante, que trazia um Ethan Hunt (Tom Cruise) praticamente como um super-herói pilotando sua moto veloz em meio a pombas voando em Slow Motion.

Foi com ‘Missão Impossível 3‘, dirigido pelo mestre J.J. Abrams, que a franquia finalmente engatou: o filme humanizava o protagonista trazendo para a história sua esposa, vivida pela maravilhosa Michelle Monaghan, em um roteiro genial que mudou os rumos de toda a franquia.



A partir do quarto filme, a ação foi elevada junto com a relevância dos filmes, cada vez mais atuais e inteligentes. Eis que a franquia chega ao seu ápice com ‘Missão Impossível: Efeito Fallout’, o melhor filme de ação lançado em 2018 – mesmo ano em que tivemos ‘Vingadores: Guerra Infinita‘ e ‘Deadpool 2‘.

É difícil achar adjetivos que caibam no roteiro escrito por Christopher McQuarrie, que também dirige e produz. Com um script inteligente e ágil, que não perde tempo para engatar sua história, ele usa o pouquíssimo tempo de respiro entre uma cena de ação e outra para aprofundar seus personagens e suas motivações. O maior acerto é mostrar que às vezes o mocinho pode se tornar o vilão e vice versa, além de trazer personagens femininas fortes que fogem do estereótipo “donzela em perigo”. Cada personagem tem seu devido tempo em tela, e a trama consegue trazer elementos dos filmes anteriores e criar um desfecho para todas as pontas soltas na franquia – humanizando Ethan Hunt e mostrando que ele é um homem de carne e osso, com sentimentos e um passado. É uma jogada de mestre a maneira como a história avança sem esquecer o passado, mas também sempre olhando para o futuro.

McQuarrie também é o único diretor a retornar no comando de outro filme da franquia, após o bem sucedido ‘Nação Secreta‘. Ele demonstra uma grande evolução no comando das cenas de ação, que estão soberbas. Entre cenas de cair o queixo em Paris até o clímax explosivo nas belíssimas paisagens de Caxemira, o filme sabe aproveitar o melhor dos efeitos práticos para trazer cenas realistas de ação, que vão de explosões, perseguição de moto e helicóptero, luta corporal… até um salto na estratosfera da Terra. É insano e soberbo.

Não deixe de assistir:

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O elenco é um show à parte! Após os fiasco de ‘A Múmia‘, Tom Cruise consegue se redimir com seu público e provar que ele é o maior astro de Hollywood, o único que conseguiu manter sua carreira por mais de 30 anos sempre ativa. É visível como ele se doa de corpo e alma para a franquia, realizando suas próprias cenas de ação sem o uso de dublê. Este filme marca sua melhor atuação em anos, já que o roteiro também dá espaço para que o ator demonstre seu lado dramático.

A melhor personagem da franquia, Ilsa Faust, vivida pela sueca Rebecca Ferguson, retorna com mais dilemas pessoais e morais. A química da atriz com Tom Cruise é notória, com ela se mostrando uma versão feminina de Ethan Hunt – sim, eu pagaria para ver um filme solo dela. Sua personagem de personalidade forte dá o contraponto ideal para o personagem cheio de testosterona vivido por Cruise. É um deleite ver a interação dos dois em tela.

Quem também retorna é Michelle Monaghan, a esposa de Hunt, em uma participação sensacional que nos faz matar a saudade de Julia – personagem introduzida no terceiro filme e que ainda era a dona do coração do protagonista.

Henry Cavill está sensacional como um assassino no governo que recebe a tarefa de vigiar e cuidar de Hunt, com um físico invejável que deixará seus fãs babando. Seu personagem é cheio de camadas e consegue brilhar ao lado de Cruise, uma tarefa bem difícil (quem se lembra de Jeremy Renner, surgindo na franquia com a intenção de substituir o protagonista?).

O alivio cômico também retorna: Simon Pegg está admirável como Benji Dunn, em mais uma atuação deliciosa que nos faz rir entre uma cena tensa e outra. O único ponto fraco no elenco está em Ving Rhames, que deixa a desejar como o Luther.

Missão Impossível: Efeito Fallout’ é tão bom que não percebemos suas 2 horas e 47 minutos passarem, nos deixando cada vez mais intrigados a cada reviravolta e revelação que a trama nos brinda. E mesmo que algumas delas possam ser previstas, a maneira como as situações se destrincham é genial.

O sexto filme da franquia vem para mostrar que nem só de ação se faz um filme: é preciso ter um roteiro interessante, um diretor seguro e um ator dando o melhor de si. E ‘Efeito Fallout’  tem tudo isso e um pouco mais.

Obs: Não compensa assistir em 3D, mas sim em uma telona IMAX.

Assista nossa crítica:

O filme tem estreia agendada para quinta-feira, dia 26 de julho de 2018.

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O primeiro filme, baseado na série de sucesso dos anos 60, foi lançado em 1996 e se tornou a terceira maior bilheteria do ano (atrás de ‘Independence Day‘ e ‘Twister‘), com US$ 457.7 milhões mundialmente. Visando uma possível franquia, a Paramount Pictures decidiu investir em uma sequência pra lá de ultrajante, que trazia um Ethan Hunt (Tom Cruise) praticamente como um super-herói pilotando sua moto veloz em meio a pombas voando em Slow Motion.

Foi com ‘Missão Impossível 3‘, dirigido pelo mestre J.J. Abrams, que a franquia finalmente engatou: o filme humanizava o protagonista trazendo para a história sua esposa, vivida pela maravilhosa Michelle Monaghan, em um roteiro genial que mudou os rumos de toda a franquia.

A partir do quarto filme, a ação foi elevada junto com a relevância dos filmes, cada vez mais atuais e inteligentes. Eis que a franquia chega ao seu ápice com ‘Missão Impossível: Efeito Fallout’, o melhor filme de ação lançado em 2018 – mesmo ano em que tivemos ‘Vingadores: Guerra Infinita‘ e ‘Deadpool 2‘.

É difícil achar adjetivos que caibam no roteiro escrito por Christopher McQuarrie, que também dirige e produz. Com um script inteligente e ágil, que não perde tempo para engatar sua história, ele usa o pouquíssimo tempo de respiro entre uma cena de ação e outra para aprofundar seus personagens e suas motivações. O maior acerto é mostrar que às vezes o mocinho pode se tornar o vilão e vice versa, além de trazer personagens femininas fortes que fogem do estereótipo “donzela em perigo”. Cada personagem tem seu devido tempo em tela, e a trama consegue trazer elementos dos filmes anteriores e criar um desfecho para todas as pontas soltas na franquia – humanizando Ethan Hunt e mostrando que ele é um homem de carne e osso, com sentimentos e um passado. É uma jogada de mestre a maneira como a história avança sem esquecer o passado, mas também sempre olhando para o futuro.

McQuarrie também é o único diretor a retornar no comando de outro filme da franquia, após o bem sucedido ‘Nação Secreta‘. Ele demonstra uma grande evolução no comando das cenas de ação, que estão soberbas. Entre cenas de cair o queixo em Paris até o clímax explosivo nas belíssimas paisagens de Caxemira, o filme sabe aproveitar o melhor dos efeitos práticos para trazer cenas realistas de ação, que vão de explosões, perseguição de moto e helicóptero, luta corporal… até um salto na estratosfera da Terra. É insano e soberbo.

O elenco é um show à parte! Após os fiasco de ‘A Múmia‘, Tom Cruise consegue se redimir com seu público e provar que ele é o maior astro de Hollywood, o único que conseguiu manter sua carreira por mais de 30 anos sempre ativa. É visível como ele se doa de corpo e alma para a franquia, realizando suas próprias cenas de ação sem o uso de dublê. Este filme marca sua melhor atuação em anos, já que o roteiro também dá espaço para que o ator demonstre seu lado dramático.

A melhor personagem da franquia, Ilsa Faust, vivida pela sueca Rebecca Ferguson, retorna com mais dilemas pessoais e morais. A química da atriz com Tom Cruise é notória, com ela se mostrando uma versão feminina de Ethan Hunt – sim, eu pagaria para ver um filme solo dela. Sua personagem de personalidade forte dá o contraponto ideal para o personagem cheio de testosterona vivido por Cruise. É um deleite ver a interação dos dois em tela.

Quem também retorna é Michelle Monaghan, a esposa de Hunt, em uma participação sensacional que nos faz matar a saudade de Julia – personagem introduzida no terceiro filme e que ainda era a dona do coração do protagonista.

Henry Cavill está sensacional como um assassino no governo que recebe a tarefa de vigiar e cuidar de Hunt, com um físico invejável que deixará seus fãs babando. Seu personagem é cheio de camadas e consegue brilhar ao lado de Cruise, uma tarefa bem difícil (quem se lembra de Jeremy Renner, surgindo na franquia com a intenção de substituir o protagonista?).

O alivio cômico também retorna: Simon Pegg está admirável como Benji Dunn, em mais uma atuação deliciosa que nos faz rir entre uma cena tensa e outra. O único ponto fraco no elenco está em Ving Rhames, que deixa a desejar como o Luther.

Missão Impossível: Efeito Fallout’ é tão bom que não percebemos suas 2 horas e 47 minutos passarem, nos deixando cada vez mais intrigados a cada reviravolta e revelação que a trama nos brinda. E mesmo que algumas delas possam ser previstas, a maneira como as situações se destrincham é genial.

O sexto filme da franquia vem para mostrar que nem só de ação se faz um filme: é preciso ter um roteiro interessante, um diretor seguro e um ator dando o melhor de si. E ‘Efeito Fallout’  tem tudo isso e um pouco mais.

Obs: Não compensa assistir em 3D, mas sim em uma telona IMAX.

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