segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | Mississippi Grind

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A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais. Dirigido pela dupla Anna Boden e Ryan Fleck, Mississippi Grind poderia ser mais um filme sobre jogos senão fosse a carismática complexidade da relação de amizade da dupla de protagonistas interpretada por Ryan Reynolds e Ben Mendelsohn. O longa-metragem que estreou em agosto nos Estados Unidos é bem honesto ao retratar o cotidiano de aflição de uma pessoa viciada em apostas de todos os tipos.

Na trama, conhecemos Gerry (Ben Mendelsohn) um homem à beira do fracasso que vaga pelas noites da cidade onde vive apostando tudo, e praticamente o que não tem, em diversas mesas de jogos de apostas diferentes. Certo dia, em uma mesa de pôquer, conhece Curtis (Ryan Reynolds) um simpático falastrão que logo de cara fica amigo de Gerry. Ambos resolvem realizar uma espécie de Road Trip em busca de dinheiro. Entre uns drinks e outros, entre as mais diversas mesas de poker e jogos de azar dos Estados Unidos, a dupla de amigos faz uma viagem rumo à liberdade da solidão.



A alma da trama é a peculiar relação que se estabelece entre os dois personagens. É uma relação de amizade mas com mentiras de ambas as partes, embora, desde sempre, pareça que um precisa do outro. É quase um equilíbrio mútuo que vemos ao longo das sequências. O público interage o tempo todo com o que se passa na telona, a dupla de atores esbanja carisma em cena, o que facilita a comunicação da história com o espectador. Um, é tímido, tem problemas sérios com dinheiro, fruto de seus pesadelos de ansiedade com qualquer forma de aposta. O outro, além de não ter o dedinho do pé, é uma alma com grandes mistérios, quase indecifrável.

Dois amigos de personalidades completamente diferentes que se cruzam quase por acaso em uma mesa de pôquer. Trama simples? Nem tanto! Roteirizado pelos próprios diretores, Mississippi Grind foge dos clichês usando a peculiaridade de seus protagonistas aliado a um toque refinado na direção, além de possuir uma trilha sonora magnífica, clássicos do jazz instrumental são incorporados às cenas em diversos instantes.

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Ainda sem previsão de estreia no nosso circuito, Mississippi Grind (infelizmente) tem poucas chances de chegar por aqui. O filme é ótimo e se tiver oportunidade, não deixe de assistir. Muitas vezes pensamos nos objetivos de embarcar em uma jornada mas muitas vezes a própria viagem é o destino.

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A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais. Dirigido pela dupla Anna Boden e Ryan Fleck, Mississippi Grind poderia ser mais um filme sobre jogos senão fosse a carismática complexidade da relação de amizade da dupla de protagonistas interpretada por Ryan Reynolds e Ben Mendelsohn. O longa-metragem que estreou em agosto nos Estados Unidos é bem honesto ao retratar o cotidiano de aflição de uma pessoa viciada em apostas de todos os tipos.

Na trama, conhecemos Gerry (Ben Mendelsohn) um homem à beira do fracasso que vaga pelas noites da cidade onde vive apostando tudo, e praticamente o que não tem, em diversas mesas de jogos de apostas diferentes. Certo dia, em uma mesa de pôquer, conhece Curtis (Ryan Reynolds) um simpático falastrão que logo de cara fica amigo de Gerry. Ambos resolvem realizar uma espécie de Road Trip em busca de dinheiro. Entre uns drinks e outros, entre as mais diversas mesas de poker e jogos de azar dos Estados Unidos, a dupla de amigos faz uma viagem rumo à liberdade da solidão.

A alma da trama é a peculiar relação que se estabelece entre os dois personagens. É uma relação de amizade mas com mentiras de ambas as partes, embora, desde sempre, pareça que um precisa do outro. É quase um equilíbrio mútuo que vemos ao longo das sequências. O público interage o tempo todo com o que se passa na telona, a dupla de atores esbanja carisma em cena, o que facilita a comunicação da história com o espectador. Um, é tímido, tem problemas sérios com dinheiro, fruto de seus pesadelos de ansiedade com qualquer forma de aposta. O outro, além de não ter o dedinho do pé, é uma alma com grandes mistérios, quase indecifrável.

Dois amigos de personalidades completamente diferentes que se cruzam quase por acaso em uma mesa de pôquer. Trama simples? Nem tanto! Roteirizado pelos próprios diretores, Mississippi Grind foge dos clichês usando a peculiaridade de seus protagonistas aliado a um toque refinado na direção, além de possuir uma trilha sonora magnífica, clássicos do jazz instrumental são incorporados às cenas em diversos instantes.

Ainda sem previsão de estreia no nosso circuito, Mississippi Grind (infelizmente) tem poucas chances de chegar por aqui. O filme é ótimo e se tiver oportunidade, não deixe de assistir. Muitas vezes pensamos nos objetivos de embarcar em uma jornada mas muitas vezes a própria viagem é o destino.

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