domingo , 24 novembro , 2024

Crítica | Mr. Robot – 1ª Temporada

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Pode parecer uma premissa básica… Uma música boa tem que soar bem aos ouvidos, assim como uma série tem que brindar os nossos olhos. Esse é o trabalho de Mr. Robot, uma série que é um verdadeiro presente para os apaixonados por artes visuais. Além da fotografia belíssima, Mr. Robot tem enquadramentos com poucos precedentes e nos colocam em pontos da tela na mesma proporção que nos colocam na cabeça do protagonista.

Além de um deleite visual, a série tem um roteiro instigante e uma narrativa excepcional, tão diferenciada que me lembrou um pouco Black Mirror no sentido de que a pessoa para se apaixonar pela série tem que ter um ‘paladar’ meio diferenciado, talvez pelo ritmo do enredo, principalmente do piloto. Ela pode não ser uma série que vai agradar a todos, mas tem méritos inquestionáveis que são ainda mais apreciados com o tempo.

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Muito de cara a gente vê que há uma série de coisas erradas com o protagonista Elliot, interpretado de modo surreal pelo incrível Rami Malek – que foi merecidamente premiado pela série algumas vezes. Já de cara somos o problema na mente dele, o motivo da tristeza dele ao perceber que realmente tem um amigo imaginário… Sim, somos nós mesmos! A gente literalmente passa a temporada toda dentro da cabeça do Elliot.

Elliot é um hacker que quer mudar o mundo através da sua visão anti-capitalista o do seu talento peculiar para invadir sistemas e quebrar tudo que ele acha que esteja errado. Ele já deixa claro no começo que o erro das pessoas é achar que ele faz isso por dinheiro. A vida solitária deixa Elliot totalmente focado no mundo virtual e o quanto mais afastado possível das relações sociais e reais, algo que ele tenta trabalhar com uma psicóloga que é muito mais analisada por ele do que o oposto.

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Pela fissura no mundo virtual, Elliot vira simplesmente excelente no que faz, admirando abertamente, inclusive, outros hackers que conseguem invadir o sistema da empresa e dos clientes da empresa para a qual ele trabalha. Ele acaba virando alvo de interesse de um grupo bem semelhante ao Anonymous, que tão bem conhecemos.

A partir de então a gente vai vendo menos do mundo solitário do protagonista e a série vai se preenchendo de muitos outros personagens. Durante seus poucos episódios, que sempre têm títulos como se fosse arquivos de computador, com direito a extensão e tudo, vemos um número interessante de pessoas indo e vindo, aí é que entra a grande astúcia da série: ninguém entra por entrar ou sai por sair. Não há enredo na série que não fique resolvido u personagem que passe sem ter seu enredo bem fechadinho. A série é bem sagaz em não deixar pontas soltas.

Durante todo esse tempo continuamos vendo o mundo pela perspectiva do Elliot, que vai narrando tudo que se passa na mente dele pra que possamos entender todo o contexto. A trilha sonora é sensacional em acompanhar isso, ela tem umas pausas abruptas quando um pensamento dele é interrompido por algo que acontece. Os cortes, que muitas vezes são secos, permitem que a gente fique meio atento a tudo junto com ele. Ressalva: assista a série com fone de ouvidos para sentir essa experiência de modo melhor, vale a pena!

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São muitos os que dirão que a série é uma mistura de V de Vingança com Clube da luta, que ela faz críticas capitalistas como zilhões de outras produções já fizeram e que blá blá blá .. Pra eles eu digo “so what?”, quase todas as séries que a gente vê tem referências de algo, algumas literalmente roubam falas e situações! Eu sou apaixonada por Clube da Luta e acho V de Vingança ótimo! Se uma série mistura dois ótimos elementos da cultura pop, ótimo! Eu acho que Mr. Robot criou uma identidade própria e é GENIAL por ser uma série de TV.

Ao contrário de séries da mesma linha que ficaram restritas a um circuito bem fechado, Mr. Robot conseguiu uma excelente visibilidade justamente por sua audácia. É uma série totalmente atípica com um protagonista forte e profundamente bem interpretado! A ‘estranheza física’ de Malek fez o cara cair como uma luva pro papel.

A série tem uma trama sensacional e instigante que nos coloca num presente distópico, não em um futuro do gênero, o que é a grande característica de muitas produções. Ao invés de nos fazer pensar em um cenário que misture a tecnologia que vivemos hoje com o futuro, assim como em Black Mirror, Mr. Robot nos coloca em um contexto contemporâneo, em algo que já estamos vivendo.

Com personagens maravilhosos, cheios de camadas e histórias de vida, a série faz com quem uma pessoa mais ‘real’ como a Angela seja engolida no meio de tanta gente complexa e cheia de lados sombrios. Quanto mais ‘esquisito’ for o personagem, mais você vai gostar e se apegar! Vale a ressalva de que até o sempre desacreditado Christian Slater parece ter achado o papel da vida em Mr. Robot, entregando uma atuação que cabe perfeitamente na série.

O enredo nos deixa tão envolvidos com a série que quando a gente é pego pelo plot twist, que é razoavelmente previsível, ele não consegue apagar a série em si e nem apagar o brilho de toda uma trama tão fascinante. Eu vejo muitas críticas tirando pontos da avaliação da série por isso, eu já não sou capaz de fazer o mesmo, até porque acho Mr. Robot tão inovadora em tantos aspectos que uma leve copiadinha aqui ou ali não mata o impacto que ela gera na nossa mente.

mrrobot_2

Ao contrário de outras colunas, não quero falar simplesmente nada sobre Mr. Robot que não seja isso. Sem comentar fatos específicos, apenas dizer que é um espetáculo de produção que tem um enredo envolvente, um elenco maravilhoso, uma trilha impactante e é um presente para os olhos (exceto pelos olhos do Malek, que me assustam algumas vezes…)

Caso essa seja a primeira vez que você esteja lendo sobre a série, preciso deixar uma dica que você vai encontrar em todo e qualquer lugar que fale sobre ela: no final do último episódio da primeira temporada – que acaba com aquele gancho incrível – tem uma cena pós-créditos que você não deve perder, ainda mais se está esperando pelo que virá na nova temporada! A cena é mais uma prova da genialidade da série na área audiovisual.

A primeira temporada, ao meu parecer, é uma obra irretocável! Não poderia ser melhor, honestamente! Só nos resta fazer todas as figas do mundo para que a Season 2 seja tão ou mais genial que esse presente que foi a primeira! Nota 10 com todos os méritos!

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Além de um deleite visual, a série tem um roteiro instigante e uma narrativa excepcional, tão diferenciada que me lembrou um pouco Black Mirror no sentido de que a pessoa para se apaixonar pela série tem que ter um ‘paladar’ meio diferenciado, talvez pelo ritmo do enredo, principalmente do piloto. Ela pode não ser uma série que vai agradar a todos, mas tem méritos inquestionáveis que são ainda mais apreciados com o tempo.

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Muito de cara a gente vê que há uma série de coisas erradas com o protagonista Elliot, interpretado de modo surreal pelo incrível Rami Malek – que foi merecidamente premiado pela série algumas vezes. Já de cara somos o problema na mente dele, o motivo da tristeza dele ao perceber que realmente tem um amigo imaginário… Sim, somos nós mesmos! A gente literalmente passa a temporada toda dentro da cabeça do Elliot.

Elliot é um hacker que quer mudar o mundo através da sua visão anti-capitalista o do seu talento peculiar para invadir sistemas e quebrar tudo que ele acha que esteja errado. Ele já deixa claro no começo que o erro das pessoas é achar que ele faz isso por dinheiro. A vida solitária deixa Elliot totalmente focado no mundo virtual e o quanto mais afastado possível das relações sociais e reais, algo que ele tenta trabalhar com uma psicóloga que é muito mais analisada por ele do que o oposto.

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Pela fissura no mundo virtual, Elliot vira simplesmente excelente no que faz, admirando abertamente, inclusive, outros hackers que conseguem invadir o sistema da empresa e dos clientes da empresa para a qual ele trabalha. Ele acaba virando alvo de interesse de um grupo bem semelhante ao Anonymous, que tão bem conhecemos.

A partir de então a gente vai vendo menos do mundo solitário do protagonista e a série vai se preenchendo de muitos outros personagens. Durante seus poucos episódios, que sempre têm títulos como se fosse arquivos de computador, com direito a extensão e tudo, vemos um número interessante de pessoas indo e vindo, aí é que entra a grande astúcia da série: ninguém entra por entrar ou sai por sair. Não há enredo na série que não fique resolvido u personagem que passe sem ter seu enredo bem fechadinho. A série é bem sagaz em não deixar pontas soltas.

Durante todo esse tempo continuamos vendo o mundo pela perspectiva do Elliot, que vai narrando tudo que se passa na mente dele pra que possamos entender todo o contexto. A trilha sonora é sensacional em acompanhar isso, ela tem umas pausas abruptas quando um pensamento dele é interrompido por algo que acontece. Os cortes, que muitas vezes são secos, permitem que a gente fique meio atento a tudo junto com ele. Ressalva: assista a série com fone de ouvidos para sentir essa experiência de modo melhor, vale a pena!

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São muitos os que dirão que a série é uma mistura de V de Vingança com Clube da luta, que ela faz críticas capitalistas como zilhões de outras produções já fizeram e que blá blá blá .. Pra eles eu digo “so what?”, quase todas as séries que a gente vê tem referências de algo, algumas literalmente roubam falas e situações! Eu sou apaixonada por Clube da Luta e acho V de Vingança ótimo! Se uma série mistura dois ótimos elementos da cultura pop, ótimo! Eu acho que Mr. Robot criou uma identidade própria e é GENIAL por ser uma série de TV.

Ao contrário de séries da mesma linha que ficaram restritas a um circuito bem fechado, Mr. Robot conseguiu uma excelente visibilidade justamente por sua audácia. É uma série totalmente atípica com um protagonista forte e profundamente bem interpretado! A ‘estranheza física’ de Malek fez o cara cair como uma luva pro papel.

A série tem uma trama sensacional e instigante que nos coloca num presente distópico, não em um futuro do gênero, o que é a grande característica de muitas produções. Ao invés de nos fazer pensar em um cenário que misture a tecnologia que vivemos hoje com o futuro, assim como em Black Mirror, Mr. Robot nos coloca em um contexto contemporâneo, em algo que já estamos vivendo.

Com personagens maravilhosos, cheios de camadas e histórias de vida, a série faz com quem uma pessoa mais ‘real’ como a Angela seja engolida no meio de tanta gente complexa e cheia de lados sombrios. Quanto mais ‘esquisito’ for o personagem, mais você vai gostar e se apegar! Vale a ressalva de que até o sempre desacreditado Christian Slater parece ter achado o papel da vida em Mr. Robot, entregando uma atuação que cabe perfeitamente na série.

O enredo nos deixa tão envolvidos com a série que quando a gente é pego pelo plot twist, que é razoavelmente previsível, ele não consegue apagar a série em si e nem apagar o brilho de toda uma trama tão fascinante. Eu vejo muitas críticas tirando pontos da avaliação da série por isso, eu já não sou capaz de fazer o mesmo, até porque acho Mr. Robot tão inovadora em tantos aspectos que uma leve copiadinha aqui ou ali não mata o impacto que ela gera na nossa mente.

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Ao contrário de outras colunas, não quero falar simplesmente nada sobre Mr. Robot que não seja isso. Sem comentar fatos específicos, apenas dizer que é um espetáculo de produção que tem um enredo envolvente, um elenco maravilhoso, uma trilha impactante e é um presente para os olhos (exceto pelos olhos do Malek, que me assustam algumas vezes…)

Caso essa seja a primeira vez que você esteja lendo sobre a série, preciso deixar uma dica que você vai encontrar em todo e qualquer lugar que fale sobre ela: no final do último episódio da primeira temporada – que acaba com aquele gancho incrível – tem uma cena pós-créditos que você não deve perder, ainda mais se está esperando pelo que virá na nova temporada! A cena é mais uma prova da genialidade da série na área audiovisual.

A primeira temporada, ao meu parecer, é uma obra irretocável! Não poderia ser melhor, honestamente! Só nos resta fazer todas as figas do mundo para que a Season 2 seja tão ou mais genial que esse presente que foi a primeira! Nota 10 com todos os méritos!

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