quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Nada É Por Acaso – Giovanna Lancellotti e Rafael Cardoso estrelam filme espírita regular

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Zibia Gasparetto foi, sem dúvidas, um fenômeno literário, uma das principais escritoras do país, independente do gênero de que estejamos falando. Vendeu milhões de livros, com equivalente número de leitores fiéis, que buscavam em suas palavras histórias inspiradoras de espíritos que tentavam se comunicar com os viventes. Depois de muito tempo aguardando por uma adaptação aos cinemas (uma vez que Zibia foi e ainda é uma grande best-seller) finalmente um de seus livros, o mais vendido deles, ganha uma adaptação cinematográfica no Brasil: trata-se de ‘Nada É Por Acaso’, drama que chegou às salas brasileiras de cinema a partir dessa semana.



Marina (Giovanna Lancellotti) volta de uma viagem com cinco milhões de reais em sua conta. Agora, ela só quer seguir em frente e cuidar da sua família, sem querer encarar o fez. Contudo, os encontros constantes com Maria Eugênia (Mika Guluzian), Henrique (Tiago Luz) e o filho do casal não podem ser apenas uma coincidência. E quando seu próprio irmão mais novo começa a ter crises inexplicáveis na escola, Marina pede ajuda ao charmoso psicólogo (Rafael Cardoso) que acabara de conhecer, e que lhe recomenda levá-lo a um centro espírita. Lá, Marina irá descobrir uma profunda ligação com Maria Eugênia, e que os laços de amor e de amizade remontam a tempos muito anteriores, para além dessa vida.

O roteiro de Audemir Leuzinger e Claudio Torres Gonzaga se baseia no livro de Zibia mas não consegue realizar a conexão necessária com a emoção desse romance espírita. A trama é construída de modo que a história é apresentada como um quebra-cabeças ao espectador, em um leve tom de suspense para estimular a quem está assistindo a tentar adivinhar como que todos os personagens irão se conectar. Entretanto, o ir e vir temporal causa ligeira confusão, dando uma sensação de estarmos vendo a algum tipo de continuação de algo não visto anteriormente, em um drama que parece fazer sentido apenas para os personagens, não para quem está de fora.

O filme de Márcio Trigo se mostra uma produção luxuosa, com locações de apartamentos de alto padrão aquisitivo e carrões em cena, sem mencionar a elencagem de dois atores com rostos conhecidos pelo público – que, por suas vezes, cumprem o que se esperava deles para estes papéis. Numa tentativa de conquistar o grande público para além de seu público-alvo, ‘Nada É Por Acaso‘ faz prevalecer a dramaturgia do enredo, dando menos foco às sessões de passe e às experiências a partir delas. É uma escolha da produção, mas faz com que a história precise ser aceita pelo espectador, para além do ceticismo de cada um e da suspensão da descrença.

Nada É Por Acaso‘ é um filme regular, sem se aprofundar demais no drama nem descarrilhar para outros vieses para além do livro. Abre bem o caminho para as produções que virão sobre os livros da Zibia e foca diretamente naqueles que acreditam e seguem os ensinamentos espíritas. Contando com a emoção do espectador, é um filme que vai mexer com aqueles que entendem as conexões anteriores a esta nossa vida.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Marina (Giovanna Lancellotti) volta de uma viagem com cinco milhões de reais em sua conta. Agora, ela só quer seguir em frente e cuidar da sua família, sem querer encarar o fez. Contudo, os encontros constantes com Maria Eugênia (Mika Guluzian), Henrique (Tiago Luz) e o filho do casal não podem ser apenas uma coincidência. E quando seu próprio irmão mais novo começa a ter crises inexplicáveis na escola, Marina pede ajuda ao charmoso psicólogo (Rafael Cardoso) que acabara de conhecer, e que lhe recomenda levá-lo a um centro espírita. Lá, Marina irá descobrir uma profunda ligação com Maria Eugênia, e que os laços de amor e de amizade remontam a tempos muito anteriores, para além dessa vida.

O roteiro de Audemir Leuzinger e Claudio Torres Gonzaga se baseia no livro de Zibia mas não consegue realizar a conexão necessária com a emoção desse romance espírita. A trama é construída de modo que a história é apresentada como um quebra-cabeças ao espectador, em um leve tom de suspense para estimular a quem está assistindo a tentar adivinhar como que todos os personagens irão se conectar. Entretanto, o ir e vir temporal causa ligeira confusão, dando uma sensação de estarmos vendo a algum tipo de continuação de algo não visto anteriormente, em um drama que parece fazer sentido apenas para os personagens, não para quem está de fora.

O filme de Márcio Trigo se mostra uma produção luxuosa, com locações de apartamentos de alto padrão aquisitivo e carrões em cena, sem mencionar a elencagem de dois atores com rostos conhecidos pelo público – que, por suas vezes, cumprem o que se esperava deles para estes papéis. Numa tentativa de conquistar o grande público para além de seu público-alvo, ‘Nada É Por Acaso‘ faz prevalecer a dramaturgia do enredo, dando menos foco às sessões de passe e às experiências a partir delas. É uma escolha da produção, mas faz com que a história precise ser aceita pelo espectador, para além do ceticismo de cada um e da suspensão da descrença.

Nada É Por Acaso‘ é um filme regular, sem se aprofundar demais no drama nem descarrilhar para outros vieses para além do livro. Abre bem o caminho para as produções que virão sobre os livros da Zibia e foca diretamente naqueles que acreditam e seguem os ensinamentos espíritas. Contando com a emoção do espectador, é um filme que vai mexer com aqueles que entendem as conexões anteriores a esta nossa vida.

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