sexta-feira, abril 19, 2024

Crítica | Não Me Mate – Terror Italiano da Netflix é uma cópia RUIM de ‘Crepúsculo’

Em pleno 2022, como diria Robert Pattinson, já não é mais legal falar mal de ‘Crepúsculo’. O filme adolescente que recebeu tantas e tantas críticas à época de seu lançamento tornou-se, como era de se esperar, grande referência para inúmeras produções que vieram depois, como o longa italiano de terrorNão Me Mate’, que desde sua estreia oscila no Top 10 da Netflix.

Mirta (Alice Pagani) é uma jovem adolescente tímida e reclusa que, numa determinada tarde, conhece o misterioso e sombrio Robin (Rocco Fasano), um rapaz bonitão que anda com uma turma barra pesada e faz com que todas as moças se apaixonem por ele. Porém, Robin é um rapaz viciado em drogas e que vive a vida no limite das emoções, perigosamente, e Mirta o acompanha por estar completamente apaixonada pelo namorado. Até o dia em que ele a faz experimentar uma droga pesadíssima, e os dois acabam morrendo em consequência dessa imprudência. Porém, esse amor macabro nem a morte é capaz de separar.

Não Me Mate’ é tão cansativo quanto ruim. Pretendendo-se uma espécie de ‘Crepúsculo’ mais dark, o longa de uma hora e meia passeia por uma porção de temas sem parar em nenhum deles. O resultado é uma incrível bagunça cafona que termina tão ridiculamente quanto inicia seu drama.

Baseado no livro de Chiara Palazzolo, o roteiro de Gianni Romoli e Andrea de Sica (que foi coordenador de set do maravilhoso ‘Os Sonhadores’, vejam só!) escreve sobre uma história de paixão mas parece não ter a menor noção do que um amor adolescente é. Daí então parte para uma obsessão inexplicada e uma superficial birra dos pais contra o bad boy para já entrar com a morte dos jovens e a ressurreição de Mirta – tudo em menos de dez minutos. Aí quando o espectador acha que a jovem vai se tornar uma assombração, sei lá, arrependida de não ter ouvido os pais e querendo consertar algo de seu passado, Mirta simplesmente se transforma em uma vampira zumbi!

Embora absurda e risível, em vez de explorar esse elemento de seu filme, Andrea de Sica simplesmente decide levar a sério a coisa, aí começa a inserir um monte de elementos que não se justificam e espera que o espectador simplesmente os aceite. Não há nenhuma preocupação com a suspensão da descrença. Não bastasse isso, o diretor ainda dedica looongos segundos em cenas desnecessárias – como as várias cenas de dança entre dois personagens – em vez de focar um pouco mais de tempo, por exemplo, na construção do relacionamento dos protagonistas.

Não Me Mate’ até inicia com a canção ‘I’m Blind’, do The Weekend, às alturas, e isso é empolgante, mas é só isso que tem de bom mesmo. Todo resto é tão, tão ruim, que chega a ser injusto querer dizer que o longa pretende se assemelhar com a saga estrelada por Kristen Stewart: não é, nem de longe, nem um pouco parecido; é, ao contrário, uma inspiração vulgar e mal-feita, que não diverte, não assusta e não convence.

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