quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica Netflix | Cabras da Peste é uma divertida comédia policial cheia de “fuleiragem”

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Provocando o riso frouxo e trazendo fragmentos do subgênero screwball, as comédias policiais sempre renderam bem em Hollywood, seja no cinema ou nas telinhas. Popularizado por longas como Máquina Mortífera, Um Tira da Pesada, Hora do Rush, Bad Boys e As Branquelas, o formato buddy-cop nunca sai de moda e muitas vezes é a pedida ideal para tempos tumultuados. E Cabras da Peste chega à Netflix exatamente em um momento clínico. Com o cinema nacional sofrendo diante de um incerto cenário, a produção traz esse grandioso passado de referências, regado por uma identidade toda tupiniquim, que reforçam o valor da arte produzida por aqui.



Dirigido por Vitor Brandt, o longa acompanha um destemido policial chamado Bruceuilis (Edmilson Filho), que decide viajar para São Paulo, a fim de reencontrar a cabra Celestina – patrimônio de sua pequena cidade no interior do Ceará. Sua jornada ganhará rumos completamente distintos e inusitados, ao conhecer Trindade (Matheus Nachtergaele), um desajeitado e “frouxo” policial, que faz de tudo para fugir de um confronto. Juntos, eles tentarão desmantelar um grupo de mafiosos, à medida que se envolvem em trapalhadas escabrosas, que beiram o absurdo e até mesmo a comédia pastelão – com ares de Os Trapalhões.

Imperfeito em alguns momentos, mas delicioso na maior parte do tempo, Cabras da Peste é o tipo de comédia que valoriza a nossa brasilidade, enquanto extrai algumas referências e homenagens do cinema hollywoodiano. Trazendo lembranças de algumas das produções mais amadas do gênero – como até mesmo a série Brooklyn Nine-Nine, o longa estrelado por Nachtergaele e Edmilson Filho é sólido em seu humor, ainda que ele não funcione todas as vezes. Brincando com os maneirismos do povo nordestino, o filme faz um contraste cultural leve e despretensioso e sabe nos fazer rir com vontade em seus principais momentos.

Aqui, Matheus Nachtergaele e Edmilson Filho formam aquela clássica dupla improvável que se completa em suas diferenças e o carisma de ambos os atores é notável, se destacando até mesmo nas cenas regadas por clichês batidos comuns ao gênero. Com protagonistas bem entrosados em tela, a produção passa diante dos nossos olhos com rapidez e nos convence até mesmo de seus absurdos e daqueles instantes em que algumas das cenas de ação pecam em sua qualidade técnica.

Aproveitando bem o seu tempo de tela sem cansar o público, Brandt sabe usufruir do amor de Edmilson Filho pelas artes marciais e o permite brincar em cena, esbanjando aqueles movimentos exagerados e hilários que tanto amamos na comédia Cine Holliúdy. Com a cabra Celestina se destacando e até mesmo protagonizando alguns dos melhores momentos do filme, Cabras da Peste é uma comédia que não quer ser levada a sério. Entre erros e acertos, sabe fazer rir e nos lembra do quão necessário é proteger o nosso cinema nacional.

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Dirigido por Vitor Brandt, o longa acompanha um destemido policial chamado Bruceuilis (Edmilson Filho), que decide viajar para São Paulo, a fim de reencontrar a cabra Celestina – patrimônio de sua pequena cidade no interior do Ceará. Sua jornada ganhará rumos completamente distintos e inusitados, ao conhecer Trindade (Matheus Nachtergaele), um desajeitado e “frouxo” policial, que faz de tudo para fugir de um confronto. Juntos, eles tentarão desmantelar um grupo de mafiosos, à medida que se envolvem em trapalhadas escabrosas, que beiram o absurdo e até mesmo a comédia pastelão – com ares de Os Trapalhões.

Imperfeito em alguns momentos, mas delicioso na maior parte do tempo, Cabras da Peste é o tipo de comédia que valoriza a nossa brasilidade, enquanto extrai algumas referências e homenagens do cinema hollywoodiano. Trazendo lembranças de algumas das produções mais amadas do gênero – como até mesmo a série Brooklyn Nine-Nine, o longa estrelado por Nachtergaele e Edmilson Filho é sólido em seu humor, ainda que ele não funcione todas as vezes. Brincando com os maneirismos do povo nordestino, o filme faz um contraste cultural leve e despretensioso e sabe nos fazer rir com vontade em seus principais momentos.

Aqui, Matheus Nachtergaele e Edmilson Filho formam aquela clássica dupla improvável que se completa em suas diferenças e o carisma de ambos os atores é notável, se destacando até mesmo nas cenas regadas por clichês batidos comuns ao gênero. Com protagonistas bem entrosados em tela, a produção passa diante dos nossos olhos com rapidez e nos convence até mesmo de seus absurdos e daqueles instantes em que algumas das cenas de ação pecam em sua qualidade técnica.

Aproveitando bem o seu tempo de tela sem cansar o público, Brandt sabe usufruir do amor de Edmilson Filho pelas artes marciais e o permite brincar em cena, esbanjando aqueles movimentos exagerados e hilários que tanto amamos na comédia Cine Holliúdy. Com a cabra Celestina se destacando e até mesmo protagonizando alguns dos melhores momentos do filme, Cabras da Peste é uma comédia que não quer ser levada a sério. Entre erros e acertos, sabe fazer rir e nos lembra do quão necessário é proteger o nosso cinema nacional.

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