domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica Netflix | De Volta ao Baile: Comédia teen com Rebel Wilson abusa das piadas apelativas, mas diverte por sua nostalgia

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Se apropriando da mais pura nostalgia dos anos 90 e 2000, De Volta ao Baile é o tipo de prazer culposo que tem as digitais da Netflix impressas em toda sua extensão. Dos clichês exagerados ao excesso de piadas apelativas, a comédia dirigida por Alex Hardcastle é uma jornada colorida sobre amadurecimento, que replica todo tipo de reflexão barata que alguma vez já vimos em outras produções do gênero.



Como uma colcha de retalhos formada de fragmentos de outros filmes, o longa não reinventa o gênero de comédias teens e nem quer. Despretensioso e com um roteiro bem simplista, Depois do Baile funciona como uma clássica Sessão da Tarde que nada exige do seu público – a não ser duas horas de ânimo, necessárias para conferir as inúmeras reprises de estereótipos que tanto já vimos em filmes como Ela é Demais, Nunca fui Beijada, Sexta-feira Muito Louca, entre outros.

E ainda que Rebel Wilson force um humor caricato demais com piadas apelativas desnecessárias, ela acerta na maior parte do tempo, principalmente por se apresentar como um contraste da nova geração – reprimida por tantas militâncias que muitas vezes são mais enfadonhas do que de fato positivas. E ao construir toda a trama em cima de um moodboard do Pinterest de referências POP, os roteiristas Brandon Scott Jones, Andrew Knauer e Arthur Pielli apelam para o fator saudosista da audiência que já chegou na casa dos 30, em uma manobra que ainda que não seja nova, sempre funciona muito bem.

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As referências das décadas de 90 e 2000 ainda fazem com que De Volta ao Baile se torne uma espiral prazerosa, afetando diretamente a sua estética, o design de produção e, obviamente, o design de figurino. Trazendo de volta uma série de tendências perigosíssimas que marcaram a época (que Deus não permita que as camadas de blusa e a calça baixa voltem à moda!), Hardcastle e seu time de roteiristas brincam com as nossas memórias e nos conquistam mais pelo apelo ao passado, do que por sua qualidade fílmica. E honestamente? De Volta ao Baile é sobre isso. E tá tudo bem.

Com uma trilha sonora deliciosa que rapidamente capta os ouvidos da geração millennial e com frases de efeito bem cafonas que só poderiam ter surgido dos anos 2000, a comédia teen é do tipo que – ainda que seja esquecível – promete duas horas de boas lembranças de uma divertida época que nem os hipsters conseguiriam resgatar em sua totalidade hoje. Um prazer culposo que não ficará gravado na memória, De Volta ao Baile pode até ser um rolê mais para os jovens adultos, mas ainda assim possui um certo carisma para encontrar as gerações mais novas, mesmo que elas percam metade de suas piadas.

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Se apropriando da mais pura nostalgia dos anos 90 e 2000, De Volta ao Baile é o tipo de prazer culposo que tem as digitais da Netflix impressas em toda sua extensão. Dos clichês exagerados ao excesso de piadas apelativas, a comédia dirigida por Alex Hardcastle é uma jornada colorida sobre amadurecimento, que replica todo tipo de reflexão barata que alguma vez já vimos em outras produções do gênero.

Como uma colcha de retalhos formada de fragmentos de outros filmes, o longa não reinventa o gênero de comédias teens e nem quer. Despretensioso e com um roteiro bem simplista, Depois do Baile funciona como uma clássica Sessão da Tarde que nada exige do seu público – a não ser duas horas de ânimo, necessárias para conferir as inúmeras reprises de estereótipos que tanto já vimos em filmes como Ela é Demais, Nunca fui Beijada, Sexta-feira Muito Louca, entre outros.

E ainda que Rebel Wilson force um humor caricato demais com piadas apelativas desnecessárias, ela acerta na maior parte do tempo, principalmente por se apresentar como um contraste da nova geração – reprimida por tantas militâncias que muitas vezes são mais enfadonhas do que de fato positivas. E ao construir toda a trama em cima de um moodboard do Pinterest de referências POP, os roteiristas Brandon Scott Jones, Andrew Knauer e Arthur Pielli apelam para o fator saudosista da audiência que já chegou na casa dos 30, em uma manobra que ainda que não seja nova, sempre funciona muito bem.

As referências das décadas de 90 e 2000 ainda fazem com que De Volta ao Baile se torne uma espiral prazerosa, afetando diretamente a sua estética, o design de produção e, obviamente, o design de figurino. Trazendo de volta uma série de tendências perigosíssimas que marcaram a época (que Deus não permita que as camadas de blusa e a calça baixa voltem à moda!), Hardcastle e seu time de roteiristas brincam com as nossas memórias e nos conquistam mais pelo apelo ao passado, do que por sua qualidade fílmica. E honestamente? De Volta ao Baile é sobre isso. E tá tudo bem.

Com uma trilha sonora deliciosa que rapidamente capta os ouvidos da geração millennial e com frases de efeito bem cafonas que só poderiam ter surgido dos anos 2000, a comédia teen é do tipo que – ainda que seja esquecível – promete duas horas de boas lembranças de uma divertida época que nem os hipsters conseguiriam resgatar em sua totalidade hoje. Um prazer culposo que não ficará gravado na memória, De Volta ao Baile pode até ser um rolê mais para os jovens adultos, mas ainda assim possui um certo carisma para encontrar as gerações mais novas, mesmo que elas percam metade de suas piadas.

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