domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica Netflix | Girls5eva: Tina Fey é a rainha da comédia nonsense com hilária 3ª temporada

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Frutos de um POP embebido na fonte da juventude, essas mulheres hoje são consideradas apenas sombras de todo o vigor jovial que um dia estamparam em sua beleza. Na casa dos 40 e sem as mesmas ambições de outrora, elas são exatamente o que a cultura não quer e o que ninguém pediu. Mas ainda assim, persistem, sonham e confrontam os próprios instintos de sua idade madura, para garantir que não sejam apenas a memória Y2K de apenas um hit de sucesso.



Girls5eva poderia ser apenas uma sketch cômica que satiriza a forma como a indústria musical trata mulheres mais velhas, mas consegue cruzar suas próprias críticas sociais para nos entregar um humor deliciosamente pitoresco. E no melhor padrão Tina Fey de fazer comédia, a 3ª temporada estreia na Netflix para o deleite dos saudosos de Unbreakable Kimmy Schmidt, reunindo músicas ridículas que grudam como chiclete e uma narrativa que vai além de suas obviedades.

No novo ciclo, Sara Bareilles, Renée Elise Goldsberry, Paula Pell e Busy Philipps retornam dispostas a enfrentar todos os contratempos da vida comum para uma vez mais tentar deslanchar a carreira musical, cujo sucesso ainda segue estagnado nos anos 2000. Com lembranças agridoces de uma adolescência famosa regada por excessos que são claramente ácidas críticas à indústria fonográfica, elas caminham em direção a uma pequena turnê americana em cidades do interior, onde seus hinos antigos ainda ecoam e algumas de suas novas canções começam a conquistar uma peculiar e inesperada fanbase.

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E enquanto o sucesso genuíno ainda não vem, o quarteto +40 tenta navegar os dilemas corriqueiros dessa faixa etária, como uma gestação tardia, conflitos geracionais com a turma da Gen Z e a descoberta do amor verdadeiro diante de crises de meia idade. E com muito bom humor e pouquíssima pretensão, a criadora Meredith Scardino e a produtora-executiva Tina Fey se unem para nos presentear com uma série de comédia absolutamente viciante.

Com episódios curtos e canções tolas que satirizam a meia idade e falam sobre coisas aleatórias que servem como uma perfeita e realista representação de algumas das canções mais populares do momento, a série acerta em tudo aquilo que se propõe. Sua nostalgia refletida em hilárias cenas de flashback ativam a memória afetiva de muita gente, enquanto suas sacadas cômicas e acidez narrativa ainda revelam retratos claros de como a mulher mais velha é percebida pela cultura POP.

E se divertindo com suas caracterizações como quem não tem medo de fazer escárnio de si mesmo, o elenco de protagonistas brilha em tela, canta bem (impossível esperar menos de Sara e Renée) e ainda se diverte com as caricaturas propositalmente estereotipadas de suas personagens. E com um toque de doçura e ternura, Girls5eva é ainda delicada e sensível ao abordar amizades de longa data e o amadurecimento e aceitação de mulheres que, ao invés de fugirem de sua idade, as abraçam e as celebram lindamente em tela.

Fazendo piada também desses inúmeros reencontros de boybands e girlbands dos anos 90 e 00, a comédia que fora adquirida pela Netflix é também uma ode ao POP Y2K, à medida em que se consolida nesse formato nonsense que ri de coisas sérias, sem se privar da oportunidade de cutucar algumas feridas abertas existentes em Hollywood. Essencialmente divertida em todos os sentidos, Girls5eva é muito mais do que um hit só e merece uma coletânea inteira de novas temporadas.

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Crítica Netflix | Girls5eva: Tina Fey é a rainha da comédia nonsense com hilária 3ª temporada

Frutos de um POP embebido na fonte da juventude, essas mulheres hoje são consideradas apenas sombras de todo o vigor jovial que um dia estamparam em sua beleza. Na casa dos 40 e sem as mesmas ambições de outrora, elas são exatamente o que a cultura não quer e o que ninguém pediu. Mas ainda assim, persistem, sonham e confrontam os próprios instintos de sua idade madura, para garantir que não sejam apenas a memória Y2K de apenas um hit de sucesso.

Girls5eva poderia ser apenas uma sketch cômica que satiriza a forma como a indústria musical trata mulheres mais velhas, mas consegue cruzar suas próprias críticas sociais para nos entregar um humor deliciosamente pitoresco. E no melhor padrão Tina Fey de fazer comédia, a 3ª temporada estreia na Netflix para o deleite dos saudosos de Unbreakable Kimmy Schmidt, reunindo músicas ridículas que grudam como chiclete e uma narrativa que vai além de suas obviedades.

No novo ciclo, Sara Bareilles, Renée Elise Goldsberry, Paula Pell e Busy Philipps retornam dispostas a enfrentar todos os contratempos da vida comum para uma vez mais tentar deslanchar a carreira musical, cujo sucesso ainda segue estagnado nos anos 2000. Com lembranças agridoces de uma adolescência famosa regada por excessos que são claramente ácidas críticas à indústria fonográfica, elas caminham em direção a uma pequena turnê americana em cidades do interior, onde seus hinos antigos ainda ecoam e algumas de suas novas canções começam a conquistar uma peculiar e inesperada fanbase.

E enquanto o sucesso genuíno ainda não vem, o quarteto +40 tenta navegar os dilemas corriqueiros dessa faixa etária, como uma gestação tardia, conflitos geracionais com a turma da Gen Z e a descoberta do amor verdadeiro diante de crises de meia idade. E com muito bom humor e pouquíssima pretensão, a criadora Meredith Scardino e a produtora-executiva Tina Fey se unem para nos presentear com uma série de comédia absolutamente viciante.

Com episódios curtos e canções tolas que satirizam a meia idade e falam sobre coisas aleatórias que servem como uma perfeita e realista representação de algumas das canções mais populares do momento, a série acerta em tudo aquilo que se propõe. Sua nostalgia refletida em hilárias cenas de flashback ativam a memória afetiva de muita gente, enquanto suas sacadas cômicas e acidez narrativa ainda revelam retratos claros de como a mulher mais velha é percebida pela cultura POP.

E se divertindo com suas caracterizações como quem não tem medo de fazer escárnio de si mesmo, o elenco de protagonistas brilha em tela, canta bem (impossível esperar menos de Sara e Renée) e ainda se diverte com as caricaturas propositalmente estereotipadas de suas personagens. E com um toque de doçura e ternura, Girls5eva é ainda delicada e sensível ao abordar amizades de longa data e o amadurecimento e aceitação de mulheres que, ao invés de fugirem de sua idade, as abraçam e as celebram lindamente em tela.

Fazendo piada também desses inúmeros reencontros de boybands e girlbands dos anos 90 e 00, a comédia que fora adquirida pela Netflix é também uma ode ao POP Y2K, à medida em que se consolida nesse formato nonsense que ri de coisas sérias, sem se privar da oportunidade de cutucar algumas feridas abertas existentes em Hollywood. Essencialmente divertida em todos os sentidos, Girls5eva é muito mais do que um hit só e merece uma coletânea inteira de novas temporadas.

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