quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Crítica Netflix | Kate: Thriller de ação produzido por diretor de John Wick não inova, mas é diversão garantida

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Uma corrida contra o tempo em meio à incansáveis sequências de ação formam a essência de Kate, novo thriller de ação produzido por Chad Stahelski, mesmo diretor responsável pela aclamada franquia de John Wick. Trazendo a percepção feminina como sua bússola narrativa, o longa de Cedric Nicolas-Troyan é uma efêmera jornada de redenção que pouco nos envolve nas motivações de sua personagem, mas nos embala em uma ensanguentada e vingativa via crucis de uma mulher que – por nunca ter tido nada -, nada tem a perder.

KATE (2021) Mary Elizabeth Winstead (“Kate”), Miku Martineau (“Ani”)
CR: Jasin Boland/Netflix

E Kate parece seguir a mesma premissa emocional de sua protagonista homônima. Fugindo de um alicerce mais aprofundado, que faria do filme muito mais do que qualquer outro longa de ação, o thriller se concentra naquilo que Stahelski sempre fez muito bem: Excepcionais coreografias de luta. Com tomadas rápidas e bem dinâmicas, Nicolas-Troyan conduz a sua direção a partir do ritmo de seus personagens, que se entremeiam em sucessivas cenas de corpo a corpo, que se transformam em um ballet sangrento à la John Wick. Mas sem a mesma espessura e complexidade narrativa e conceitual.



Simples e objetivo, o filme é uma espécie de catarse, tanto para a protagonista, bem como para os fãs do gênero de ação. Enquanto testemunhamos Mary Elizabeth Winstead em busca de vingança após ser vítima de um envenenamento mortal, os apaixonados por títulos desse porte se esbaldam com baldes de sangue e um nível de grafismo capaz de desafiar até aqueles menos sensíveis a esse tipo de conteúdo. Divertido e enérgico, Kate consegue ultrapassar a marca que separa os bons dos maus filmes originais da Netflix, mas só se você estiver pronto para um programa “leve”, que não exigirá nada além de um estômago mais resistente.

KATE (2021),Mary Elizabeth Winstead (“Kate”)
CR: Netflix

Sem profundidade e pouco emocionalmente cativante, o filme falha em tocar no íntimo da audiência – como John Wick o faz -, mas ainda assim é capaz de proporcionar um entretenimento de qualidade para dias em que a adrenalina precise de um lugar para repousar. Sob uma fotografia plástica caótica e colorida, Kate é regado por luzes neon, projeções mapeadas em prédios arquitetônicos e micro lanchonetes japonesas que carregam ares extremamente culturais. Trazendo um pouco das tradições orientais para dentro das telas, Kate é também uma pequena viagem estilística, traz suaves fragmentos da cultura Harajuku, mas evita especificar demais os atributos locais, a fim de não distrair a audiência com diversos elementos alegóricos que compõem as tradições japonesas.

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Com pouco mais de 1h40 de duração, o thriller tenta abordar questões interessantes como pertencimento, honradez e valores familiares, trazendo um pequeno toque dos princípios morais do povo japonês para a audiência ocidental. No entanto, tudo parece raso demais para ser tão impactante. Ainda assim, Winstead consegue navegar pelo roteiro com seriedade e brilha grandemente em cenas de ação catastróficas e extravagantes, que destacam o seu excelente porte físico. E trazendo os elementos fundamentais que formam um bom filme de ação, Kate entrega aquilo que essencialmente propõe, mesmo que seja genérico demais para se tornar memorável.

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Crítica Netflix | Kate: Thriller de ação produzido por diretor de John Wick não inova, mas é diversão garantida

Uma corrida contra o tempo em meio à incansáveis sequências de ação formam a essência de Kate, novo thriller de ação produzido por Chad Stahelski, mesmo diretor responsável pela aclamada franquia de John Wick. Trazendo a percepção feminina como sua bússola narrativa, o longa de Cedric Nicolas-Troyan é uma efêmera jornada de redenção que pouco nos envolve nas motivações de sua personagem, mas nos embala em uma ensanguentada e vingativa via crucis de uma mulher que – por nunca ter tido nada -, nada tem a perder.

KATE (2021) Mary Elizabeth Winstead (“Kate”), Miku Martineau (“Ani”)
CR: Jasin Boland/Netflix

E Kate parece seguir a mesma premissa emocional de sua protagonista homônima. Fugindo de um alicerce mais aprofundado, que faria do filme muito mais do que qualquer outro longa de ação, o thriller se concentra naquilo que Stahelski sempre fez muito bem: Excepcionais coreografias de luta. Com tomadas rápidas e bem dinâmicas, Nicolas-Troyan conduz a sua direção a partir do ritmo de seus personagens, que se entremeiam em sucessivas cenas de corpo a corpo, que se transformam em um ballet sangrento à la John Wick. Mas sem a mesma espessura e complexidade narrativa e conceitual.

Simples e objetivo, o filme é uma espécie de catarse, tanto para a protagonista, bem como para os fãs do gênero de ação. Enquanto testemunhamos Mary Elizabeth Winstead em busca de vingança após ser vítima de um envenenamento mortal, os apaixonados por títulos desse porte se esbaldam com baldes de sangue e um nível de grafismo capaz de desafiar até aqueles menos sensíveis a esse tipo de conteúdo. Divertido e enérgico, Kate consegue ultrapassar a marca que separa os bons dos maus filmes originais da Netflix, mas só se você estiver pronto para um programa “leve”, que não exigirá nada além de um estômago mais resistente.

KATE (2021),Mary Elizabeth Winstead (“Kate”)
CR: Netflix

Sem profundidade e pouco emocionalmente cativante, o filme falha em tocar no íntimo da audiência – como John Wick o faz -, mas ainda assim é capaz de proporcionar um entretenimento de qualidade para dias em que a adrenalina precise de um lugar para repousar. Sob uma fotografia plástica caótica e colorida, Kate é regado por luzes neon, projeções mapeadas em prédios arquitetônicos e micro lanchonetes japonesas que carregam ares extremamente culturais. Trazendo um pouco das tradições orientais para dentro das telas, Kate é também uma pequena viagem estilística, traz suaves fragmentos da cultura Harajuku, mas evita especificar demais os atributos locais, a fim de não distrair a audiência com diversos elementos alegóricos que compõem as tradições japonesas.

Com pouco mais de 1h40 de duração, o thriller tenta abordar questões interessantes como pertencimento, honradez e valores familiares, trazendo um pequeno toque dos princípios morais do povo japonês para a audiência ocidental. No entanto, tudo parece raso demais para ser tão impactante. Ainda assim, Winstead consegue navegar pelo roteiro com seriedade e brilha grandemente em cenas de ação catastróficas e extravagantes, que destacam o seu excelente porte físico. E trazendo os elementos fundamentais que formam um bom filme de ação, Kate entrega aquilo que essencialmente propõe, mesmo que seja genérico demais para se tornar memorável.

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