quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Crítica Netflix | O Culpado: Jake Gyllenhaal brilha em poderoso remake de thriller policial polonês

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Filme assistido durante o Festival de Toronto 2021

Atormentado por seu passado e cumprindo uma punição como operador de chamadas de emergência, Joe é como um vulcão em erupção. De temperamento explosivo e cercado por uma sucessão de acontecimentos caóticos e efervescentes, ele consome suas horas entre seus próprios dilemas familiares e casos repentinos que exigem um nível de autocontrole emocional surpreendente. E entre uma ocorrência emergencial e outra, o policial em detenção acabará envolto em uma espiral de redenção, ao receber uma desesperada chamada que vai levá-lo a uma poderosa e catártica jornada de traumas e cura, no avassalador O Culpado, remake do aclamado polonês, Culpa.



THE GUILTY: JAKE GYLLENHAAL as JOE BAYLER. CR: NETFLIX © 2021.

Antoine Fuqua sabe como elevar o nível de suas narrativas com sua direção sempre precisa e tantas vezes intimista. E ele faz de O Culpado uma experiência profundamente sinestésica e inquietante, tomando a audiência de forma abrupta e repentina para dentro de uma epifania onde traumas e dilemas éticos, morais, pessoais e psicológicos entram em um grande colapso. Aqui, o filme centra-se em Jake Gyllenhaal e em sua performance arrebatadora, que só fortalece o talento do ator, bem como a preciosidade de sua parceria profissional com Fuqua.

E com uma direção focada na linguagem corporal e expressividade de Gyllenhaal, vivemos os mesmos tremores e a angústia de seu personagem, que tenta administrar suas próprias inseguranças de um futuro profissional incerto, à medida em que tenta ser o lado mais forte de um mesmo espectro onde parece existir apenas dor, sofrimento e tensão constantes. Com sua narrativa centrada praticamente em um único ambiente, o filme sufoca a audiência e o protagonista, tornando a experiência cinematográfica uma pulsante descarga de adrenalina.

THE GUILTY: JAKE GYLLENHAAL as JOE BAYLER. CR: GLEN WILSON/NETFLIX © 2021.

Com pouquíssimos respiros, O Culpado não nos dá tempo de relaxar e vai exigir da audiência o mesmo que o original assim o fez: Um bom coração disposto a suportar a intensidade de uma trama que não quer descansar e que vai desafiar os sentidos, com reviravoltas que desafiam o psicológico. Como um filme de ação que opera única e exclusivamente no imaginário do público e do protagonista, o longa consegue ser categórico em todos os elementos que apresenta. Visceral e conflitante, ele beira a um relato documental que desafia os nossos sentidos a cada instante.

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Fortalecendo o seu nome como um cineasta preciso e cirúrgico quando se trata de filmes de ação e suspense, Fuqua faz desse remake de Culpa uma experiência válida e deliciosa e ainda consegue colocar sua própria assinatura. Dirigindo Gyllenhaal com maestria e trazendo um elenco de vozes poderosas, formado por Peter Sarsgaard, Ethan Hawke, Paul Dano e Riley Keough, o cineasta responsável pelo aclamado Dia de Treinamento explora os ângulos a seu favor, sempre posicionando o astro como um elemento pequeno diante de uma enorme engrenagem, deslocando para o centro e extremidades do quadro,
fazendo contrastes entre ele e o ambiente que o cerca. Uma catarse sobre saúde mental, O Culpado entrega um final revigorante, que honrando a audiência, honra também o seu original.

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Atormentado por seu passado e cumprindo uma punição como operador de chamadas de emergência, Joe é como um vulcão em erupção. De temperamento explosivo e cercado por uma sucessão de acontecimentos caóticos e efervescentes, ele consome suas horas entre seus próprios dilemas familiares e casos repentinos que exigem um nível de autocontrole emocional surpreendente. E entre uma ocorrência emergencial e outra, o policial em detenção acabará envolto em uma espiral de redenção, ao receber uma desesperada chamada que vai levá-lo a uma poderosa e catártica jornada de traumas e cura, no avassalador O Culpado, remake do aclamado polonês, Culpa.

THE GUILTY: JAKE GYLLENHAAL as JOE BAYLER. CR: NETFLIX © 2021.

Antoine Fuqua sabe como elevar o nível de suas narrativas com sua direção sempre precisa e tantas vezes intimista. E ele faz de O Culpado uma experiência profundamente sinestésica e inquietante, tomando a audiência de forma abrupta e repentina para dentro de uma epifania onde traumas e dilemas éticos, morais, pessoais e psicológicos entram em um grande colapso. Aqui, o filme centra-se em Jake Gyllenhaal e em sua performance arrebatadora, que só fortalece o talento do ator, bem como a preciosidade de sua parceria profissional com Fuqua.

E com uma direção focada na linguagem corporal e expressividade de Gyllenhaal, vivemos os mesmos tremores e a angústia de seu personagem, que tenta administrar suas próprias inseguranças de um futuro profissional incerto, à medida em que tenta ser o lado mais forte de um mesmo espectro onde parece existir apenas dor, sofrimento e tensão constantes. Com sua narrativa centrada praticamente em um único ambiente, o filme sufoca a audiência e o protagonista, tornando a experiência cinematográfica uma pulsante descarga de adrenalina.

THE GUILTY: JAKE GYLLENHAAL as JOE BAYLER. CR: GLEN WILSON/NETFLIX © 2021.

Com pouquíssimos respiros, O Culpado não nos dá tempo de relaxar e vai exigir da audiência o mesmo que o original assim o fez: Um bom coração disposto a suportar a intensidade de uma trama que não quer descansar e que vai desafiar os sentidos, com reviravoltas que desafiam o psicológico. Como um filme de ação que opera única e exclusivamente no imaginário do público e do protagonista, o longa consegue ser categórico em todos os elementos que apresenta. Visceral e conflitante, ele beira a um relato documental que desafia os nossos sentidos a cada instante.

Fortalecendo o seu nome como um cineasta preciso e cirúrgico quando se trata de filmes de ação e suspense, Fuqua faz desse remake de Culpa uma experiência válida e deliciosa e ainda consegue colocar sua própria assinatura. Dirigindo Gyllenhaal com maestria e trazendo um elenco de vozes poderosas, formado por Peter Sarsgaard, Ethan Hawke, Paul Dano e Riley Keough, o cineasta responsável pelo aclamado Dia de Treinamento explora os ângulos a seu favor, sempre posicionando o astro como um elemento pequeno diante de uma enorme engrenagem, deslocando para o centro e extremidades do quadro,
fazendo contrastes entre ele e o ambiente que o cerca. Uma catarse sobre saúde mental, O Culpado entrega um final revigorante, que honrando a audiência, honra também o seu original.

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