domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica Netflix | Passageiro Acidental: Toni Collette e Anna Kendrick estrelam maravilhoso sci-fi dirigido por brasileiro

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Cercados pela imensidão do espaço em uma jornada absolutamente científica à Marte, uma pequena tripulação de astronautas se vê diante de um problema grandioso demais, incapaz de ser administrado e resolvido por meio de meros cálculos matemáticos e engenharia. E com a presença de um novo e inesperado passageiro na nave, uma caótica e sufocante jornada conflituosa colocará a ética, os valores morais e a ciência em um enorme confronto, que convida a audiência a uma dura reflexão sobre o valor da vida.



Passageiro Acidental é uma experiência cinematográfica que é capaz de nos levar para muito além de seu próprio roteiro. Com uma premissa um tanto simples, a narrativa em si é cercada por uma complexidade grandiosa, onde ciência e princípios colidem entre si a todo momento. Com uma bagagem de conhecimento específico surpreendente, o longa dirigido pelo brasileiro Joe Penna e co-escrito com Ryan Morrison, é muito prático em sua abordagem científica e carrega em si uma infinidade de possibilidades factíveis, embasadas por especialistas da área que serviram como consultores para o projeto.

Mas a contragosto de sua própria racionalidade, Passageiro Acidental equilibra sua balança trazendo o fator emocional e psicológico como um excelente contraste, mostrando que nem tudo é preto no branco – principalmente quando uma vida inocente está em jogo. E o que faz o roteiro do sci-fi ser tão prazeroso é a forma como a sua parte científica é absolutamente calcada em uma carga dramática tão complexa e conflitante. Não desassociando ambos os elementos narrativos entre si, a produção original da Netflix é um deleite pois se desenvolve como um grande questionamento na mente da audiência, que se vê em um enorme dilema entre a frieza de anos de pesquisas e a vida de um passageiro indesejado e aleatório.

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Sem precisar se estender demais ou exagerar no sentimentalismo – o que levaria a trama para um viés piegas e cafona -, o sci-fi dramático de Joe Penna consegue construir os seus personagens com perspicácia e simplicidade, em pequenos e corriqueiros diálogos que são fundamentais para a construção do caráter de cada personagem. Com muito pouco, Penna e Morrison nos levam à uma rápida identificação, fazendo um outro e interessante contraste entre eles, que é a presença de Collette – o ponto neutro e de impasse, que garante o equilíbrio necessário entre todos os protagonistas.

Com efeitos visuais que não perdem em nada para as grandes produções hollywoodianas, o longa consegue escalonar sua intensidade de forma gradativa. Nos intrigando mais e mais, quanto mais se aproxima da densidade espacial, Passageiro Acidental usa tal imensidão para nos lembrar que ainda que sejamos um pequeno ponto em meio a tanta riqueza astronômica, uma vida sempre valerá muito mais que um mundo. Angustiante e reflexivo em seu clímax, o novo original da Netflix ainda nos presenteia com um final que – inevitavelmente – remete a nossa atenção ao mesmo sacrifício de Cristo na cruz.

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Cercados pela imensidão do espaço em uma jornada absolutamente científica à Marte, uma pequena tripulação de astronautas se vê diante de um problema grandioso demais, incapaz de ser administrado e resolvido por meio de meros cálculos matemáticos e engenharia. E com a presença de um novo e inesperado passageiro na nave, uma caótica e sufocante jornada conflituosa colocará a ética, os valores morais e a ciência em um enorme confronto, que convida a audiência a uma dura reflexão sobre o valor da vida.

Passageiro Acidental é uma experiência cinematográfica que é capaz de nos levar para muito além de seu próprio roteiro. Com uma premissa um tanto simples, a narrativa em si é cercada por uma complexidade grandiosa, onde ciência e princípios colidem entre si a todo momento. Com uma bagagem de conhecimento específico surpreendente, o longa dirigido pelo brasileiro Joe Penna e co-escrito com Ryan Morrison, é muito prático em sua abordagem científica e carrega em si uma infinidade de possibilidades factíveis, embasadas por especialistas da área que serviram como consultores para o projeto.

Mas a contragosto de sua própria racionalidade, Passageiro Acidental equilibra sua balança trazendo o fator emocional e psicológico como um excelente contraste, mostrando que nem tudo é preto no branco – principalmente quando uma vida inocente está em jogo. E o que faz o roteiro do sci-fi ser tão prazeroso é a forma como a sua parte científica é absolutamente calcada em uma carga dramática tão complexa e conflitante. Não desassociando ambos os elementos narrativos entre si, a produção original da Netflix é um deleite pois se desenvolve como um grande questionamento na mente da audiência, que se vê em um enorme dilema entre a frieza de anos de pesquisas e a vida de um passageiro indesejado e aleatório.

Sem precisar se estender demais ou exagerar no sentimentalismo – o que levaria a trama para um viés piegas e cafona -, o sci-fi dramático de Joe Penna consegue construir os seus personagens com perspicácia e simplicidade, em pequenos e corriqueiros diálogos que são fundamentais para a construção do caráter de cada personagem. Com muito pouco, Penna e Morrison nos levam à uma rápida identificação, fazendo um outro e interessante contraste entre eles, que é a presença de Collette – o ponto neutro e de impasse, que garante o equilíbrio necessário entre todos os protagonistas.

Com efeitos visuais que não perdem em nada para as grandes produções hollywoodianas, o longa consegue escalonar sua intensidade de forma gradativa. Nos intrigando mais e mais, quanto mais se aproxima da densidade espacial, Passageiro Acidental usa tal imensidão para nos lembrar que ainda que sejamos um pequeno ponto em meio a tanta riqueza astronômica, uma vida sempre valerá muito mais que um mundo. Angustiante e reflexivo em seu clímax, o novo original da Netflix ainda nos presenteia com um final que – inevitavelmente – remete a nossa atenção ao mesmo sacrifício de Cristo na cruz.

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