quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Crítica Netflix | Ricos de Amor: Comédia nacional brinca com os clichês e acerta em sua leveza

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O gênero de comédia romântica cresceu assim. Entre frases de efeito bem posicionadas, personagens lindamente carismáticos e histórias de amor às avessas que se transformam no perfeito encaixe, filmes que se encontram nesse cânone são regados por aqueles maneirismos que são os clássicos gatilhos para devaneios e fantasias amorosas. Funciona. E, honestamente, são tão prazerosos como um bom filme cult. E com o cinema nacional explorando novas vertentes em suas narrativas, bem como sua versatilidade não apenas no cenário dramático – mas em todos os demais que cercam a indústria cinematográfica, Ricos de Amor chega como uma surpresa deliciosa da Netflix. Cria seu próprio universo e oferece a brasilidade da nossa cultura e tradições com um humor muito mais cativante do que até mesmo algumas das comédias românticas mais recentes da plataforma, como Amar. Casar. Recomeçar.

RICOS DE AMOR

Sem precisar ser levada tão a sério assim, como o próprio subgênero da comédia insiste, Ricos de Amor é uma experiência puramente good vibes e ideal para este tumultuado momento de tantas incertezas, medos e aflições. A trama acompanha as desventuras amorosas de um jovem rico e mimado que decide esconder sua identidade, a fim de encontrar seu verdadeiro par romântico. Sem se pressionar a entregar uma trama totalmente inédita, a produção é de fato uma jornada de amor e auto descoberta dentro da atmosfera brasileira. Identificável pela culturalidade que exala a plenos pulmões, como as favelas do Rio, os clássicos ônibus cheios em horário de pico e as festas tradicionais e roceiras comuns no interior e em estados fortes no agronegócio, a produção pode até gerar uma certa desconfiança em primeira instância, mas rapidamente cativa o público pelo carisma bem abordado de seus personagens.



Protagonizado por Danilo Mesquita, Giovanna Lancellotti e Lellê, o longa brinca com os clichês do gênero, faz sua própria reciclagem proposital de cada um deles e entrega um resultado que funciona nas telas. Sabendo construir a trama de forma simples e dinâmica, o diretor Bruno Garotti é hábil em não perder muito tempo em sua narrativa, tornando a evolução do enredo célere e prazerosa de desfrutar. Funcionando ainda quase como uma válvula de escape da peleja que a reclusão social impôs aos cinéfilos, Ricos de Amor é divertido, atrai a audiência para o pouco explorado background de cada um de seus protagonistas e ainda traz um elemento inesperado, que é o tato social com as comunidades carentes que perecem em meio ao acúmulo de riqueza em grupos seletos.

RICOS DE AMOR

Com uma pegada cômica que faz suaves referências à premissa de longas como 10 Coisas Que Eu Odeio em Você e Megarromântico, Ricos de Amor é uma produção bem simples, mas que funciona em sua proposta de trazer leveza e até mesmo um certo simbolismo social reflexivo – ao voltar seus olhos para a favela com um cuidado diferente. Sem exigir absolutamente nada de seu público, a comédia é um lembrete da versatilidade que o cinema nacional possui e vai demandar de você apenas uma mente aberta para se divertir com uma história que – ainda que não traga nada novo – não deixa de ser um renovo em tempos de cólera.

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O gênero de comédia romântica cresceu assim. Entre frases de efeito bem posicionadas, personagens lindamente carismáticos e histórias de amor às avessas que se transformam no perfeito encaixe, filmes que se encontram nesse cânone são regados por aqueles maneirismos que são os clássicos gatilhos para devaneios e fantasias amorosas. Funciona. E, honestamente, são tão prazerosos como um bom filme cult. E com o cinema nacional explorando novas vertentes em suas narrativas, bem como sua versatilidade não apenas no cenário dramático – mas em todos os demais que cercam a indústria cinematográfica, Ricos de Amor chega como uma surpresa deliciosa da Netflix. Cria seu próprio universo e oferece a brasilidade da nossa cultura e tradições com um humor muito mais cativante do que até mesmo algumas das comédias românticas mais recentes da plataforma, como Amar. Casar. Recomeçar.

RICOS DE AMOR

Sem precisar ser levada tão a sério assim, como o próprio subgênero da comédia insiste, Ricos de Amor é uma experiência puramente good vibes e ideal para este tumultuado momento de tantas incertezas, medos e aflições. A trama acompanha as desventuras amorosas de um jovem rico e mimado que decide esconder sua identidade, a fim de encontrar seu verdadeiro par romântico. Sem se pressionar a entregar uma trama totalmente inédita, a produção é de fato uma jornada de amor e auto descoberta dentro da atmosfera brasileira. Identificável pela culturalidade que exala a plenos pulmões, como as favelas do Rio, os clássicos ônibus cheios em horário de pico e as festas tradicionais e roceiras comuns no interior e em estados fortes no agronegócio, a produção pode até gerar uma certa desconfiança em primeira instância, mas rapidamente cativa o público pelo carisma bem abordado de seus personagens.

Protagonizado por Danilo Mesquita, Giovanna Lancellotti e Lellê, o longa brinca com os clichês do gênero, faz sua própria reciclagem proposital de cada um deles e entrega um resultado que funciona nas telas. Sabendo construir a trama de forma simples e dinâmica, o diretor Bruno Garotti é hábil em não perder muito tempo em sua narrativa, tornando a evolução do enredo célere e prazerosa de desfrutar. Funcionando ainda quase como uma válvula de escape da peleja que a reclusão social impôs aos cinéfilos, Ricos de Amor é divertido, atrai a audiência para o pouco explorado background de cada um de seus protagonistas e ainda traz um elemento inesperado, que é o tato social com as comunidades carentes que perecem em meio ao acúmulo de riqueza em grupos seletos.

RICOS DE AMOR

Com uma pegada cômica que faz suaves referências à premissa de longas como 10 Coisas Que Eu Odeio em Você e Megarromântico, Ricos de Amor é uma produção bem simples, mas que funciona em sua proposta de trazer leveza e até mesmo um certo simbolismo social reflexivo – ao voltar seus olhos para a favela com um cuidado diferente. Sem exigir absolutamente nada de seu público, a comédia é um lembrete da versatilidade que o cinema nacional possui e vai demandar de você apenas uma mente aberta para se divertir com uma história que – ainda que não traga nada novo – não deixa de ser um renovo em tempos de cólera.

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