sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | O Clube das Babás – Sororidade Infantil é Tema de Nova Série Fofinha da Netflix

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Para construir um mundo melhor, devemos nos atentar ao que ensinamos às nossas crianças. É nessa vibe que surge a proposta de reboot da série ‘O Clube das Babás’, que ganhou sua primeira adaptação em 1995 e chega agora à Netflix com uma nova leitura dos livros criados por Ann M. Martin.



Tudo começa quando a mãe de Kristy, Elizabeth (Alicia Silverstone, de patricinha à mamãe!), precisa desesperadamente de uma babá para ficar com seu filho pequeno, e não consegue. Então, Kristy (Sophie Grace) tem a brilhante ideia de se juntar com suas duas melhores amigas – Claudia (Momona Tamada, que também está na franquia ‘Para Todos os Garotos’ e em ‘A Grande Luta’) e Mary Anne (Malia Baker) – e fundar ‘O Clube das Babás’, um negócio no qual ela e suas amigas na faixa dos doze anos se dispõem a cuidar dos filhos pequenos das famílias do bairro. Só que o que Kristy não sabia era que, mais que um negócio, o seu clube iria se tornar uma importante ferramenta de aprendizado, crescimento e amizade entre todas elas.

Embora haja uma trama linear que conecta os dez episódios de trinta minutinhos de duração, o roteiro majoritariamente escrito por Lisha Brooks, Rheeqrheeq Chainey, Dan Robert, Rachel Shukert e colaboração da própria autora, Ann M. Martin, perpassa por diversos temas importantes que surgem na angustiante época de transição entre a infância e a juventude. O episódio 4 é especialmente comovente. O roteiro geral da série vai apresentando cada uma das personagens antes de inserir duas novas integrantes, Stacey (Shay Rudolph) e Dawn (Xochitl Gomez) –, trabalhando bem a evolução do enredo conjuntamente com os dramas de suas personagens principais.

O cerne da série reside na sua preocupação em ser inclusiva, em tratar de temas delicados e extremamente necessários. Com muita sensibilidade e carinho, ‘O Clube das Babás’ conversa com a espectadora – bom, o público alvo é as mulheres né, especialmente as mais jovens – sobre independência financeira, primeiro amor, primeira menstruação, empreendedorismo, separação dos pais, ciúmes entre amigas, correr atrás dos sonhos, empoderamento capilar, estética, doenças, preconceitos, inclusão, identidade de gênero (tem uma atriz mirim trans no elenco, e isso é extremamente comovente), dentre outros. Assuntos esses que permeiam o universo jovem e que, se conversados desde cedo, ajudam a moldar adolescentes mais conscientes e emocionalmente mais seguros de si.

Não bastasse tudo isso que já elencamos, ‘O Clube das Babás’ ainda conta com um elenco entrosado e carismático, um figurino super fashion (um pouquinho até demais até, posto que são crianças de 12/13 anos e tipo, às vezes se vestem/portam como se tivessem 27), uma trilha sonora deliciosa e uma edição bem dinâmica, que facilita a gente maratonar os dez episódios de uma sentada só. Voltada para o público jovem, ‘O Clube das Babás’ é uma ótima opção de programinha em casa para pais e filhas, ou para a garotada assistir junta (cada um na sua casa) e comentar por vídeo-chamada. Essa série é uma gracinha!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Embora haja uma trama linear que conecta os dez episódios de trinta minutinhos de duração, o roteiro majoritariamente escrito por Lisha Brooks, Rheeqrheeq Chainey, Dan Robert, Rachel Shukert e colaboração da própria autora, Ann M. Martin, perpassa por diversos temas importantes que surgem na angustiante época de transição entre a infância e a juventude. O episódio 4 é especialmente comovente. O roteiro geral da série vai apresentando cada uma das personagens antes de inserir duas novas integrantes, Stacey (Shay Rudolph) e Dawn (Xochitl Gomez) –, trabalhando bem a evolução do enredo conjuntamente com os dramas de suas personagens principais.

O cerne da série reside na sua preocupação em ser inclusiva, em tratar de temas delicados e extremamente necessários. Com muita sensibilidade e carinho, ‘O Clube das Babás’ conversa com a espectadora – bom, o público alvo é as mulheres né, especialmente as mais jovens – sobre independência financeira, primeiro amor, primeira menstruação, empreendedorismo, separação dos pais, ciúmes entre amigas, correr atrás dos sonhos, empoderamento capilar, estética, doenças, preconceitos, inclusão, identidade de gênero (tem uma atriz mirim trans no elenco, e isso é extremamente comovente), dentre outros. Assuntos esses que permeiam o universo jovem e que, se conversados desde cedo, ajudam a moldar adolescentes mais conscientes e emocionalmente mais seguros de si.

Não bastasse tudo isso que já elencamos, ‘O Clube das Babás’ ainda conta com um elenco entrosado e carismático, um figurino super fashion (um pouquinho até demais até, posto que são crianças de 12/13 anos e tipo, às vezes se vestem/portam como se tivessem 27), uma trilha sonora deliciosa e uma edição bem dinâmica, que facilita a gente maratonar os dez episódios de uma sentada só. Voltada para o público jovem, ‘O Clube das Babás’ é uma ótima opção de programinha em casa para pais e filhas, ou para a garotada assistir junta (cada um na sua casa) e comentar por vídeo-chamada. Essa série é uma gracinha!

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