sábado , 2 novembro , 2024

Crítica | O Diário de Noel – EMOCIONANTE Filme de Natal Sobre Perdão e Identidade

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Quem é fã dos filmes de Natal concorda que deveria haver oferta desse tipo de produção o ano inteiro, e não apenas nos últimos meses do ano. Mais do que a temática festiva, o que importa nesses filmes são os valores, as histórias passadas nelas, que deveriam valer ao longo dos doze meses, mas que apenas nos últimos trinta dias do ano que são exaltados. Prova disso é o sucesso do longa ‘O Diário de Noel’, aguardada produção que acaba de estrear na Netflix e já foi diretamente para as primeiras posições do Top 10.

Jacob Turner (Justin Hartley) é um escritor best-seller de suspense romântico nos Estados Unidos. Bonitão e bem-sucedido, ele atende a quilométricas filas de leitores, mas, ao final do dia, volta para casa sozinho, ficando apenas na companhia de sua cachorra, Ava. Então, ele recebe um telefone perturbador: sua mãe, com quem não tinha contato há muito tempo, falecera, e o testamento pedia que fosse até a antiga casa da família para cuidar das coisas. A contragosto, Jacob vai até sua cidade natal, mas, uma vez lá, conhece uma misteriosa moça, Rachel (Barrett Doss), que bate à sua casa perguntando sobre a antiga babá da família, que vem a ser a mãe biológica da moça, a quem Rachel está procurando. Nessa jornada pessoal de perdão e busca de identidade, o caminho dos dois se cruza a poucos dias do Natal, trazendo-lhes respostas que ambos nem sabiam estar procurando.

Trazendo a responsabilidade de ser um dos principais carros-chefe da Netflix para esse fim de ano, ‘O Diário de Noel’ ao mesmo tempo que emociona, também dá uma desapontada. Ou seja, se por um lado é um grande acerto o roteiro de Rebecca Connor e David Golden focar nas emoções reais diante da imprevisibilidade da vida, por outro a parte técnica do filme de Charles Shyer derrapa como que em gelo fino, seja na continuidade (Rachel dá entrada no hotel com cabelo cacheado e, de repente, no quarto, já os tem perfeitamente escovados – algo que só vai aparecer na cena seguinte, no Natal), seja na montagem e edição, cortando cenas meio abruptamente, quando precisariam de mais alguns segundos de emoção.

Baseado no livro de Richard Paul Evans, um dos maiores acertos da produção foi elencar Justin Hartley para o papel principal, uma vez que a estrela da série dramática ‘This Is Us’ certamente levará o órfão público da série a assistir ao longa. Justin e Barrett têm a química certa para imprimir conflito nas emoções de seus personagens, ao mesmo tempo nos fazendo acreditar, ao mesmo tempo se segurando em suas próprias convicções. Tudo isso envolto por um belo cenário natalino cheio de neve que, apesar de não ser tema do filme nem se apresentar com constância, fica como o pano de fundo perfeito para conferir ainda mais emoção a ‘O Diário de Noel’ – o que comprova que filmes de drama como este poderiam ser lançados a qualquer época do ano.

Com uma história envolvente e reflexiva, ‘O Diário de Noel’ é um filme que busca tocar o coração dos espectadores de maneira profunda, convidando a todos a refletir sobre traumas, perdão e, acima de tudo, sobre o auto-perdão. Os erros vão acontecer na vida, são inevitáveis; o que fazemos sobre eles é que a chave para ter paz de espírito.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Jacob Turner (Justin Hartley) é um escritor best-seller de suspense romântico nos Estados Unidos. Bonitão e bem-sucedido, ele atende a quilométricas filas de leitores, mas, ao final do dia, volta para casa sozinho, ficando apenas na companhia de sua cachorra, Ava. Então, ele recebe um telefone perturbador: sua mãe, com quem não tinha contato há muito tempo, falecera, e o testamento pedia que fosse até a antiga casa da família para cuidar das coisas. A contragosto, Jacob vai até sua cidade natal, mas, uma vez lá, conhece uma misteriosa moça, Rachel (Barrett Doss), que bate à sua casa perguntando sobre a antiga babá da família, que vem a ser a mãe biológica da moça, a quem Rachel está procurando. Nessa jornada pessoal de perdão e busca de identidade, o caminho dos dois se cruza a poucos dias do Natal, trazendo-lhes respostas que ambos nem sabiam estar procurando.

Trazendo a responsabilidade de ser um dos principais carros-chefe da Netflix para esse fim de ano, ‘O Diário de Noel’ ao mesmo tempo que emociona, também dá uma desapontada. Ou seja, se por um lado é um grande acerto o roteiro de Rebecca Connor e David Golden focar nas emoções reais diante da imprevisibilidade da vida, por outro a parte técnica do filme de Charles Shyer derrapa como que em gelo fino, seja na continuidade (Rachel dá entrada no hotel com cabelo cacheado e, de repente, no quarto, já os tem perfeitamente escovados – algo que só vai aparecer na cena seguinte, no Natal), seja na montagem e edição, cortando cenas meio abruptamente, quando precisariam de mais alguns segundos de emoção.

Baseado no livro de Richard Paul Evans, um dos maiores acertos da produção foi elencar Justin Hartley para o papel principal, uma vez que a estrela da série dramática ‘This Is Us’ certamente levará o órfão público da série a assistir ao longa. Justin e Barrett têm a química certa para imprimir conflito nas emoções de seus personagens, ao mesmo tempo nos fazendo acreditar, ao mesmo tempo se segurando em suas próprias convicções. Tudo isso envolto por um belo cenário natalino cheio de neve que, apesar de não ser tema do filme nem se apresentar com constância, fica como o pano de fundo perfeito para conferir ainda mais emoção a ‘O Diário de Noel’ – o que comprova que filmes de drama como este poderiam ser lançados a qualquer época do ano.

Com uma história envolvente e reflexiva, ‘O Diário de Noel’ é um filme que busca tocar o coração dos espectadores de maneira profunda, convidando a todos a refletir sobre traumas, perdão e, acima de tudo, sobre o auto-perdão. Os erros vão acontecer na vida, são inevitáveis; o que fazemos sobre eles é que a chave para ter paz de espírito.

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