sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | O Espaço Entre Nós – romance interplanetário meio sem jeito

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O Marciano

Enquanto muitas produções do gênero ficção científica se propõem a mostrar o homem desbravando o planeta vermelho Marte, O Espaço Entre Nós opta pelo caminho inverso e apresenta o primeiro humano nascido no planeta. O que não deixa de ser criativo. À primeira vista soando como uma dessas adaptações de livros infanto-juvenis de ficção, muito em voga atualmente, o novo longa protagonizado pelo jovem ator Asa Butterfield é na realidade um roteiro original, saído da mente do Allan Loeb (Quebrando a Banca).

Na trama, passada no futuro, uma expedição sai da Terra para viver em uma colônia em Marte. Uma das astronautas estava secretamente grávida e acaba parindo no planeta inóspito, no processo falecendo. Assim, Gardner Elliot (Asa Butterfield) é criado por cientistas, como o primeiro humano que nunca pisou na Terra. Obviamente, com o passar dos anos, o menino, agora um adolescente, deseja conhecer de onde veio, em especial porque vem se comunicando com uma jovem na Terra, Tulsa (personagem de Britt Robertson).



E assim, de uma forma relativamente capenga, se desenvolve uma história de romance interplanetária, que pega emprestado de diversos gêneros e variados filmes. Temos, por exemplo, o romance entre jovens no qual uma das partes não sabe ou não compreende exatamente o que seu parceiro é – neste caso, um visitante que nunca esteve na Terra. Temos, o cientista preocupado com o bem estar e como tal situação irá ressoar entre acadêmicos e as massas, papel do veterano Gary Oldman – apenas coletando seu contracheque numa atuação totalmente genérica.

Assista a nossa entrevista com o ator Asa Butterfield

A química entre o casal interpretado por Buttefield (que acaba de completar 20 anos no dia da mentira, 1º de abril) e Robertson (prestes a fazer 28 anos) é quase nula e soa estranha, já que a diferença de idade não é adereçada, e pelo fato da atriz interpretar uma personagem muito mais nova no filme, ainda colegial. Mesmo ainda muito jovem, Butterfield rende um eficiente protagonista, já que teve a oportunidade de trabalhar com diretores do cacife de Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret) e Tim Burton (O Lar das Crianças Peculiares) ao longo de sua curta, mais expressiva, carreira.

Fora isso, os atores estão todos bem, fazendo o que podem com o material que lhes é dado. Completando o elenco principal, a subestimada Carla Gugino interpreta a figura materna de Gardner, que estará em seu encalço, enquanto este foge para encontrar sua paixão virtual. O Espaço Entre Nós, como disse o próprio Butterfield, em entrevista a este que vos fala, é um filme leve e inocente, distante de qualquer peso dramático ou questões que deveriam ser adereçadas com um tema desta magnitude. A proposta é realmente pela fantasia, pelo conto lúdico de um romance jovial.

A direção do também ator Peter Chelsom (Escrito nas Estrelas) cria bons momentos, porém, nunca conseguindo se distanciar de adjetivos como piegas, mundano e clichê, o que não é exatamente o que desejamos de uma produção com aspirações desta proporção. O Espaço Entre Nós é o que alguns chamarão de um filme bonitinho na melhor das hipóteses, mas que infelizmente não consegue provar que existe vida inteligente fora da Terra.

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Na trama, passada no futuro, uma expedição sai da Terra para viver em uma colônia em Marte. Uma das astronautas estava secretamente grávida e acaba parindo no planeta inóspito, no processo falecendo. Assim, Gardner Elliot (Asa Butterfield) é criado por cientistas, como o primeiro humano que nunca pisou na Terra. Obviamente, com o passar dos anos, o menino, agora um adolescente, deseja conhecer de onde veio, em especial porque vem se comunicando com uma jovem na Terra, Tulsa (personagem de Britt Robertson).

E assim, de uma forma relativamente capenga, se desenvolve uma história de romance interplanetária, que pega emprestado de diversos gêneros e variados filmes. Temos, por exemplo, o romance entre jovens no qual uma das partes não sabe ou não compreende exatamente o que seu parceiro é – neste caso, um visitante que nunca esteve na Terra. Temos, o cientista preocupado com o bem estar e como tal situação irá ressoar entre acadêmicos e as massas, papel do veterano Gary Oldman – apenas coletando seu contracheque numa atuação totalmente genérica.

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A química entre o casal interpretado por Buttefield (que acaba de completar 20 anos no dia da mentira, 1º de abril) e Robertson (prestes a fazer 28 anos) é quase nula e soa estranha, já que a diferença de idade não é adereçada, e pelo fato da atriz interpretar uma personagem muito mais nova no filme, ainda colegial. Mesmo ainda muito jovem, Butterfield rende um eficiente protagonista, já que teve a oportunidade de trabalhar com diretores do cacife de Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret) e Tim Burton (O Lar das Crianças Peculiares) ao longo de sua curta, mais expressiva, carreira.

Fora isso, os atores estão todos bem, fazendo o que podem com o material que lhes é dado. Completando o elenco principal, a subestimada Carla Gugino interpreta a figura materna de Gardner, que estará em seu encalço, enquanto este foge para encontrar sua paixão virtual. O Espaço Entre Nós, como disse o próprio Butterfield, em entrevista a este que vos fala, é um filme leve e inocente, distante de qualquer peso dramático ou questões que deveriam ser adereçadas com um tema desta magnitude. A proposta é realmente pela fantasia, pelo conto lúdico de um romance jovial.

A direção do também ator Peter Chelsom (Escrito nas Estrelas) cria bons momentos, porém, nunca conseguindo se distanciar de adjetivos como piegas, mundano e clichê, o que não é exatamente o que desejamos de uma produção com aspirações desta proporção. O Espaço Entre Nós é o que alguns chamarão de um filme bonitinho na melhor das hipóteses, mas que infelizmente não consegue provar que existe vida inteligente fora da Terra.

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