sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | O Homem do Norte – Uma Obra-prima orquestrada por Robert Eggers

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Quando a vingança é o único caminho de um destino. No seu terceiro longa-metragem, o cineasta norte-americano Robert Eggers realiza uma obra-prima, profunda em seu refletir, que nos apresenta desde uma história sangrenta de vingança até os laços familiares corrompidos com pitadas de misticismo. Sem esquecer da ação na movimentação desse enorme tabuleiro cheio de peças fascinantes somos envolvidos em um épico quase shakespeariano que bebe também da fonte de Conan, o Bárbaro, repleto de entrechoques com elaborações de metáforas por todos os lados com um trabalho primoroso de Eggers na direção. Esse é um filme para ser visto em uma sala de cinema, fundamental para total experiência.



Na trama, conhecemos Amleth (Alexander Skarsgård), num primeiro momento um jovem que vê seu mundo se despedaçar ao assistir a morte violenta de seu pai, o rei Aurvandil (Ethan Hawke). Jurando vingança, ele foge do lugar que conhecia como lar e passa por uma enorme transformação sem deixar de se consumir por uma sede de retaliação que o faz retornar anos mais tarde ao local onde nascera para confrontar, e até mesmo aterrorizar, os responsáveis pela morte de seu pai. Mas nesse caminho, algumas variáveis imprevisíveis surgem como por exemplo um sentimento que ele sempre se confundiu, o amor.

O enredo é vagamente baseado na história de Amleth, que aparece na coleção escrita pelo escritor e historiador dinamarquês medieval Saxo Grammaticus, a Gesta Danorum. E sim, Amleth é muito parecido foneticamente com Hamlet! Inclusive reza a lenda que Shakespeare se inspirou na saga de Amleth para criar a famosa história do príncipe da Dinamarca. Em O Homem do Norte podem-se traçar inúmeros paralelos entre a trajetória e até mesmo os obstáculos desses dois fascinantes personagens.

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O conflitos familiares e suas surpresas levam o protagonista a uma desconstrução impressionante mas que ao mesmo tempo, consumido pelo seu único sentimento como foco, a vingança, navega pelo real e a crença para formar sua personalidade em uma época de batalhas intensas e traições de deixar o queixo caído. Há cenas impactantes que geram reflexões conflituosas, principalmente quando a variável do amor é incluída no pensar de protagonista.

Muitas palavras podem definir esse longa-metragem. Épico é, sem dúvidas, uma delas. Estimado em cerca de 60 milhões de dólares, o projeto é ambientado durante a colonização inicial da Islândia, antes do ano 1000 D.C. , uma terra gelada, de difícil acesso. Em seu enredo e o modo como a história é contada, dentro de uma narrativa simples mas com bastante intensidade nos diálogos, nos leva a uma rica viagem sobre os costumes e cultura desse lugar, e também dessas pessoas que ali habitavam.

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E como é importante a área da pesquisa em um projeto cinematográfico! É encantadora a riqueza dos detalhes da cultura Viking, desde os emblemáticos cascos das embarcações com ar de umbratil até mesmo o modo de viver são fruto da minuciosa pesquisa que a produção fez com historiadores e arqueólogos sobre a história medieval.

O Homem do Norte é um dos mais impactantes filmes lançados nos cinemas nos últimos anos. Uma aula de história, uma fábula sobre vingança, a descoberta por muitos de uma cultura extremamente dedicada à guerra e suas crenças míticas, uma produção impecável que merece ser vista nos cinemas.

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Na trama, conhecemos Amleth (Alexander Skarsgård), num primeiro momento um jovem que vê seu mundo se despedaçar ao assistir a morte violenta de seu pai, o rei Aurvandil (Ethan Hawke). Jurando vingança, ele foge do lugar que conhecia como lar e passa por uma enorme transformação sem deixar de se consumir por uma sede de retaliação que o faz retornar anos mais tarde ao local onde nascera para confrontar, e até mesmo aterrorizar, os responsáveis pela morte de seu pai. Mas nesse caminho, algumas variáveis imprevisíveis surgem como por exemplo um sentimento que ele sempre se confundiu, o amor.

O enredo é vagamente baseado na história de Amleth, que aparece na coleção escrita pelo escritor e historiador dinamarquês medieval Saxo Grammaticus, a Gesta Danorum. E sim, Amleth é muito parecido foneticamente com Hamlet! Inclusive reza a lenda que Shakespeare se inspirou na saga de Amleth para criar a famosa história do príncipe da Dinamarca. Em O Homem do Norte podem-se traçar inúmeros paralelos entre a trajetória e até mesmo os obstáculos desses dois fascinantes personagens.

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O conflitos familiares e suas surpresas levam o protagonista a uma desconstrução impressionante mas que ao mesmo tempo, consumido pelo seu único sentimento como foco, a vingança, navega pelo real e a crença para formar sua personalidade em uma época de batalhas intensas e traições de deixar o queixo caído. Há cenas impactantes que geram reflexões conflituosas, principalmente quando a variável do amor é incluída no pensar de protagonista.

Muitas palavras podem definir esse longa-metragem. Épico é, sem dúvidas, uma delas. Estimado em cerca de 60 milhões de dólares, o projeto é ambientado durante a colonização inicial da Islândia, antes do ano 1000 D.C. , uma terra gelada, de difícil acesso. Em seu enredo e o modo como a história é contada, dentro de uma narrativa simples mas com bastante intensidade nos diálogos, nos leva a uma rica viagem sobre os costumes e cultura desse lugar, e também dessas pessoas que ali habitavam.

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E como é importante a área da pesquisa em um projeto cinematográfico! É encantadora a riqueza dos detalhes da cultura Viking, desde os emblemáticos cascos das embarcações com ar de umbratil até mesmo o modo de viver são fruto da minuciosa pesquisa que a produção fez com historiadores e arqueólogos sobre a história medieval.

O Homem do Norte é um dos mais impactantes filmes lançados nos cinemas nos últimos anos. Uma aula de história, uma fábula sobre vingança, a descoberta por muitos de uma cultura extremamente dedicada à guerra e suas crenças míticas, uma produção impecável que merece ser vista nos cinemas.

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