A espera acabou!!! Fãs do romance hot ‘O Inferno de Gabriel’, da escritora Sylvain Reynard, finalmente podem desfrutar da primeira parte da história, que acaba de ser disponibilizada na plataforma de streaming Passionflix. E o resultado é tudo de bom.
Para quem não leu o livro, o enredo gira em torno de Julianne Mitchell (Melanie Zanetti), uma estudante de Mestrado em Literatura Italiana que se muda para Toronto, no Canadá, onde inicia os estudos e busca a orientação do Professor Doutor Gabriel Emerson (Giulio Berruti). Entretanto, Dr. Emerson não parece nem um pouco inclinado a ajudá-la, deixando claro seu desprezo pela jovem. Porém, como é possível imaginar, rapidamente essa repulsa se transforma em atração, e é aí que a coisa toda entre eles pega fogo.
A escolha de Tosca Musk para ficar à frente do projeto é totalmente acertada. Tosca consegue adaptar a atmosfera de tensão sexual crescente (tão pulsante nos livros) entre os protagonistas, fazendo uso do contraste físico (Gabriel é muito mais alto e bonitão do que Julia) e de um posicionamento de câmera que coloca o espectador acompanhando a mocinha o tempo todo, de modo que a gente acompanha os sentimentos dela.
Os atores escolhidos para os papéis principais conseguem construir uma Julia e um Gabriel à altura do imaginário das fãs. A insegurança, a dúvida, a inocência que Melanie Zanetti confere à protagonista é crível, e seu rostinho “comum” a aproxima da realidade das espectadoras, que conseguem se ver no lugar de Julia. Já Giulio Berruti entrega um Gabriel deliciosamente odiável, que gera repulsa e desejo ao mesmo tempo, brincando com as fantasias do professor malvadão no imaginário das espectadoras.
Não passa despercebido, entretanto, as inúmeras semelhanças deste filme com o aclamado ‘Cinquenta Tons de Cinza’ – não só na estrutura narrativa, como também em algumas cenas que são bem iguais (por exemplo, a cena em que Julia fica de quatro no departamento de Gabriel, pegando suas coisas que caíram no chão, que é igualzinha à cena em que Anastasia Steele cai de quatro no escritório de Christian Grey.) A diferença reside no fato de que enquanto ‘Cinquenta Tons’ ocupa o recheio da sua trama com sexo e bdsm, ‘O Inferno de Gabriel’ preenche sua história com literatura e cultura italiana, em especial com o livro “O Inferno de Dante“, de Dante Aliguieri. Bravo.
E são exatamente essas semelhanças que ajudaram a construir o sucesso de ‘O Inferno de Gabriel’. Por isso, o filme pensou em todas as formas de como agradar às fãs, e entrega um filme sensualmente pecaminoso, com um final que vai deixa a gente de queixo caído e ansiosa pela parte dois.