domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | O Limite da Traição – Suspense da Netflix tem elenco 95% Negro

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Sim, é isso mesmo que vocês leram. O longa ‘O Limite da Traição’ é composto por um elenco 95% negro (a bem da verdade, só tem uma atriz branca no filme, e ela faz uma participação rápida apenas entregando um copo de café) e é relevante dizer isso por motivos de: 1) esse tipo de informação é muito atraente e 2) até pouco tempo atrás era muito difícil encontrar filmes com um elenco assim. E esse é um dos pontos mais legais de ‘O Limite da Traição.

            A história começa com Jasmine (Bresha Webb), uma advogada recém-formada que está repensando sua escolha profissional. Seu chefe lhe pede para que represente uma senhora, Grace (Crystal R. Fox), que está sendo acusada de assassinato do marido, só que Grace quer se declarar culpada, portanto, tudo que Jasmine precisa fazer é levar um acordo para sua cliente assinar. Entretanto, Jasmine acaba se interessando pela história de Grace e, aos poucos, começa a acreditar que a mulher é inocente.



            O argumento do filme de Tyler Perry (que também dirigiu, produziu e escreveu o longa) é bem simples e se pauta em clichês para se desenvolver. O primeiro terço do filme é um drama modorrento que parece não entregar a promessa da sinopse – de ser um suspense policial -, construindo o drama pessoal da advogada Jasmine por tempo demais. Então, conhecemos Grace e ela começa a contar a história que a levou para trás das grades, que se mostra um romance água com açúcar com tons dramáticos; para enfim, somente no arco final do longa, ele enveredar para o suspense e o drama jurídico.

            Tudo isso para falar que, apesar de no início a coisa parecer não ir para lugar nenhum, o final de ‘O Limite da Traição’ é bem maneiro, e faz valer o investimento das 2 horas do espectador. Apesar das atuações não serem lá grande coisa, o filme não é de todo ruim – a bem da verdade, a forma com que a trama vai se desenvolvendo é ingênua; talvez uma preparação melhor de elenco e um roteiro passando pelas mãos de uma segunda pessoa poderiam ter dado uma pimenta melhor no resultado final.

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            ‘O Limite da Traição’ é um filme regular, com pontos altos e baixos, que poderia ter um resultado melhor, porém ao mesmo tempo, não é completamente decepcionante. Apesar de tudo isso, se mostra relevante ao jogar luz sobre o universo feminino (até mesmo por se calcar basicamente em duas atrizes para contar sua história) e mostrar a solidão e a vulnerabilidade das mulheres viúvas e separadas que, finalmente sozinhas amorosamente, não encontram independência financeira e/ou vida social para preencher seus dias.

É um filme com boa intenção e uma reflexão superficial, mas que entretém. Ao menos está disponível na Dona Netflix.

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Sim, é isso mesmo que vocês leram. O longa ‘O Limite da Traição’ é composto por um elenco 95% negro (a bem da verdade, só tem uma atriz branca no filme, e ela faz uma participação rápida apenas entregando um copo de café) e é relevante dizer isso por motivos de: 1) esse tipo de informação é muito atraente e 2) até pouco tempo atrás era muito difícil encontrar filmes com um elenco assim. E esse é um dos pontos mais legais de ‘O Limite da Traição.

            A história começa com Jasmine (Bresha Webb), uma advogada recém-formada que está repensando sua escolha profissional. Seu chefe lhe pede para que represente uma senhora, Grace (Crystal R. Fox), que está sendo acusada de assassinato do marido, só que Grace quer se declarar culpada, portanto, tudo que Jasmine precisa fazer é levar um acordo para sua cliente assinar. Entretanto, Jasmine acaba se interessando pela história de Grace e, aos poucos, começa a acreditar que a mulher é inocente.

            O argumento do filme de Tyler Perry (que também dirigiu, produziu e escreveu o longa) é bem simples e se pauta em clichês para se desenvolver. O primeiro terço do filme é um drama modorrento que parece não entregar a promessa da sinopse – de ser um suspense policial -, construindo o drama pessoal da advogada Jasmine por tempo demais. Então, conhecemos Grace e ela começa a contar a história que a levou para trás das grades, que se mostra um romance água com açúcar com tons dramáticos; para enfim, somente no arco final do longa, ele enveredar para o suspense e o drama jurídico.

            Tudo isso para falar que, apesar de no início a coisa parecer não ir para lugar nenhum, o final de ‘O Limite da Traição’ é bem maneiro, e faz valer o investimento das 2 horas do espectador. Apesar das atuações não serem lá grande coisa, o filme não é de todo ruim – a bem da verdade, a forma com que a trama vai se desenvolvendo é ingênua; talvez uma preparação melhor de elenco e um roteiro passando pelas mãos de uma segunda pessoa poderiam ter dado uma pimenta melhor no resultado final.

            ‘O Limite da Traição’ é um filme regular, com pontos altos e baixos, que poderia ter um resultado melhor, porém ao mesmo tempo, não é completamente decepcionante. Apesar de tudo isso, se mostra relevante ao jogar luz sobre o universo feminino (até mesmo por se calcar basicamente em duas atrizes para contar sua história) e mostrar a solidão e a vulnerabilidade das mulheres viúvas e separadas que, finalmente sozinhas amorosamente, não encontram independência financeira e/ou vida social para preencher seus dias.

É um filme com boa intenção e uma reflexão superficial, mas que entretém. Ao menos está disponível na Dona Netflix.

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