sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | O Projeto Adam – Ryan Reynolds estrela APAIXONANTE sci-fi familiar da Netflix

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A arte científica de viajar no tempo e todas as suas mirabolantes teorias têm ilustrado o cinema e as telinhas há décadas, sempre explorando as infinitas (im)possibilidades de desafiar o continuum espaço-tempo. Da franquia De Volta para o Futuro à série Dark, este universo segue em plena e constante expansão, sempre permeando as complexidades do ambiente familiar como alicerce de suas aventuras. Aqui, O Projeto Adam se apropria dessa premissa uma vez mais, abordando o gênero de ficção científica não apenas para explorar o óbvio – de que não se pode alterar o passado -, mas para tratar sobre algo profundamente íntimo: O luto.



Uma aventura familiar apaixonante, O Projeto Adam é uma daquelas surpresas deliciosas que a Netflix traz para a audiência. Repetindo alguns clichês do gênero sci-fi, a produção – que traz o reencontro de Mark Ruffalo e Jennifer Garner – acerta ao ir além, ampliando o seu território narrativo para nos entregar uma história que essencialmente aborda o peso da perda de um ente amado. Aqui, Adam (Walker Scobell) é um pré-adolescente que perdeu seu pai há dois anos em um terrível acidente de carro. Mas um inesperado encontro com o seu eu mais velho, vivido por Ryan Reynolds, lhe ensinará que a repentina despedida é o menor dos seus problemas. Na verdade, existe um futuro inteiro comprometido em virtude das alterações do passado. E é aí que a viagem no tempo entra como o grande protagonista da aventura.

Mas muito mais que uma temática condutora da narrativa, o famigerado e até mesmo exaurido assunto ganha um frescor novo. O cineasta Shawn Levy e seu time de roteiristas T.S. Nowlin, Mark Levin, Jennifer Flackett e Jonathan Tropper então transformam este conto em uma jornada de cura, perdão, recomeços e redenção. Sensível e delicado, o longa é uma aventura familiar diferente, aconchegante e acalentadora, que aborda os estágios do luto, à medida em que convida a audiência para uma reflexão a respeito de como tantas vezes menosprezamos o privilégio de vivermos em família. Puro em sua essência e engraçado por suas sacadinhas manjadas, a produção é uma mistura de subgêneros que entrega o resultado necessário para garantir uma experiência valiosa e marcante.

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Aqui, O Projeto Adam transforma os seus maneirismos em algo leve, conforme também explora o cenário da ficção científica de forma bem simplista e pouco explicativa. Ao invés de nos proporcionar um cinema à la Interestelar, Levy quer nos levar para uma jornada que mescla Quero Ser Grande com De Volta Para o Futuro, criando um longa que – ainda que não venha a se tornar um novo clássico juvenil – tem um coração grandioso o bastante para nos marcar a longo prazo. E com efeitos visuais que funcionam e não deixam nada a desejar, a comédia cumpre mais do que sua promessa, nos embalando em uma trama que ainda consegue semear em nós pequenas e importantes reflexões pessoais.

E ainda que Ryan Reynolds não inove tanto em sua performance, interpretando mais uma vez uma versão caricata de si mesmo (do jeito que o vemos em Alerta Vermelho e Esquadrão 6), ele consegue sim nos emocionar. A sensibilidade de seu personagem – nascida de um trauma de infância e muitas escolhas ruins -, escorre pela trama e nos atinge no meio do peito ao final das pouco mais de 1h30 de filme. E sob muita sutileza, ele nos leva para o final de O Projeto Adam, uma aventura divertida e simbólica que ratifica a importância da família. A Netflix acertou e não foi pouco.

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A arte científica de viajar no tempo e todas as suas mirabolantes teorias têm ilustrado o cinema e as telinhas há décadas, sempre explorando as infinitas (im)possibilidades de desafiar o continuum espaço-tempo. Da franquia De Volta para o Futuro à série Dark, este universo segue em plena e constante expansão, sempre permeando as complexidades do ambiente familiar como alicerce de suas aventuras. Aqui, O Projeto Adam se apropria dessa premissa uma vez mais, abordando o gênero de ficção científica não apenas para explorar o óbvio – de que não se pode alterar o passado -, mas para tratar sobre algo profundamente íntimo: O luto.

Uma aventura familiar apaixonante, O Projeto Adam é uma daquelas surpresas deliciosas que a Netflix traz para a audiência. Repetindo alguns clichês do gênero sci-fi, a produção – que traz o reencontro de Mark Ruffalo e Jennifer Garner – acerta ao ir além, ampliando o seu território narrativo para nos entregar uma história que essencialmente aborda o peso da perda de um ente amado. Aqui, Adam (Walker Scobell) é um pré-adolescente que perdeu seu pai há dois anos em um terrível acidente de carro. Mas um inesperado encontro com o seu eu mais velho, vivido por Ryan Reynolds, lhe ensinará que a repentina despedida é o menor dos seus problemas. Na verdade, existe um futuro inteiro comprometido em virtude das alterações do passado. E é aí que a viagem no tempo entra como o grande protagonista da aventura.

Mas muito mais que uma temática condutora da narrativa, o famigerado e até mesmo exaurido assunto ganha um frescor novo. O cineasta Shawn Levy e seu time de roteiristas T.S. Nowlin, Mark Levin, Jennifer Flackett e Jonathan Tropper então transformam este conto em uma jornada de cura, perdão, recomeços e redenção. Sensível e delicado, o longa é uma aventura familiar diferente, aconchegante e acalentadora, que aborda os estágios do luto, à medida em que convida a audiência para uma reflexão a respeito de como tantas vezes menosprezamos o privilégio de vivermos em família. Puro em sua essência e engraçado por suas sacadinhas manjadas, a produção é uma mistura de subgêneros que entrega o resultado necessário para garantir uma experiência valiosa e marcante.

Aqui, O Projeto Adam transforma os seus maneirismos em algo leve, conforme também explora o cenário da ficção científica de forma bem simplista e pouco explicativa. Ao invés de nos proporcionar um cinema à la Interestelar, Levy quer nos levar para uma jornada que mescla Quero Ser Grande com De Volta Para o Futuro, criando um longa que – ainda que não venha a se tornar um novo clássico juvenil – tem um coração grandioso o bastante para nos marcar a longo prazo. E com efeitos visuais que funcionam e não deixam nada a desejar, a comédia cumpre mais do que sua promessa, nos embalando em uma trama que ainda consegue semear em nós pequenas e importantes reflexões pessoais.

E ainda que Ryan Reynolds não inove tanto em sua performance, interpretando mais uma vez uma versão caricata de si mesmo (do jeito que o vemos em Alerta Vermelho e Esquadrão 6), ele consegue sim nos emocionar. A sensibilidade de seu personagem – nascida de um trauma de infância e muitas escolhas ruins -, escorre pela trama e nos atinge no meio do peito ao final das pouco mais de 1h30 de filme. E sob muita sutileza, ele nos leva para o final de O Projeto Adam, uma aventura divertida e simbólica que ratifica a importância da família. A Netflix acertou e não foi pouco.

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