quarta-feira , 4 dezembro , 2024

Crítica | ‘Obi-Wan Kenobi’ – Quinto episódio é o MELHOR de uma série que ainda não disse a que veio

[ANTES DE COMEÇAR A MATÉRIA, FIQUE CIENTE QUE ELA ESTÁ RECHEADA DE SPOILERS]

Se você ainda não assistiu aos cinco primeiros episódios de Obi-Wan Kenobi, evite esta matéria, pois ela contém spoilers.



Quando o assunto é Star Wars, a associação que “episódio V” causa nos fãs é muito positiva, já que remete ao melhor filme da saga: O Império Contra-Ataca (1980). E isso é mantido na série do Obi-Wan Kenobi, já que o quinto episódio é o melhor da produção até aqui. O que não significa muita coisa, porque a série ainda não disse bem a que veio, trazendo alguns episódios descartáveis e sem expandir tanto o interesse pela saga. No entanto, há momentos positivos, principalmente no que tange ao vilão.

O capítulo da semana começa com algo que os fãs queriam muito ver desde que anunciaram a série: flashbacks. A relação entre Obi-Wan e Anakin Skywalker, novamente vivido por Hayden Christensen, é representada por meio de uma lembrança dos dois em um treinamento ambientado ali pelos tempos de Ataque dos Clones (2002), dado o visual dos dois. Anakin segue com sua empolgação e violência, enquanto Kenobi tenta mostrar a ele que a raiva e a falta de foco, características típicas dos Sith, podem ser fatais para a derrota de um verdadeiro Jedi.

O interessante desse flashback é que ele faz um paralelo interessante ao momento retratado dos dois rivais. Enquanto o Obi-Wan do passado estava plenamente conectado à Força pelo Caminho Jedi, e Anakin tentava se encaixar em uma filosofia que não era a sua, o “presente” da série traz um Obi-Wan cético, desconectado dA Força. Já Anakin, agora identificado como Darth Vader, abraçou A Força como seu caminho para aflorar os sentimentos de ódio, raiva e afins, como um bom Sith deve ser. Há boatos de que o motivo de Vader ter deixado o rival escapar anteriormente foi porque ele não sentiu o oponente no auge, unido à Força, e que a batalha final da temporada já traria um Kenobi em plena forma Jedi.

Outro flashback interessante foi o que trouxe o maior Plot Twist da temporada até aqui: a verdade por trás de Reva. Como especulamos há algumas semanas, ela era uma Youngling na Academia Jedi durante a Ordem 66. Ela viu Anakin chacinar a molecada e escapou com vida, dedicando sua segunda chance a derrotar aquele que matou seus amigos, sua “família”.

O problema é que o conceito dessa virada de trama é fantástico, mas a execução é terrível. Suas ações ainda são confusas, mas espera-se que isso se resolva no próximo capítulo. As cenas de luta dela são incríveis. É uma personagem com bastante potencial que, infelizmente, ainda está meio perdida na trama. Ah, o Grande Inquisidor, que supostamente havia morrido, fez um Spa de Bacta e retomou seu cargo, deixando Reva furada por um sabre de luz no meio da rua. Nada que um bainho de Bacta não resolva, né?

Outra personagem que voltou a ficar largada na trama foi a pequena Leia. Botar a menina pra consertar um fio por 80% do episódio é uma forma preguiçosa de roteiro de ocupar uma personagem sem função no roteiro.

Mas voltemos ao grande destaque – de novo – do episódio, ninguém menos que o maior vilão de todos os tempos, Darth Vader.

Vemos uma versão mais violenta dele, fazendo uso dA Força praticamente como nos quadrinhos. Ou seja, o céu não é o limite para seus poderes. Neste episódio, ele segura e destroça uma nave inteirinha com A Força e humilha a Reva com seus próprios sabres de luz. Impossível não abrir um sorriso quando ele entra em cena. Tomara que vejamos mais dele nos próximos capítulos.

E pelo que indica o final do episódio, quem veremos mais daqui pra frente é o jovem Luke Skywalker, que teve sua localização revela para a Reva, que não faz mais parte do Império. Isso causa um “bad feeling” no Obi-Wan, o que demonstra uma reaproximação dele com A Força, que torcemos para que seja melhor trabalhada daqui pra frente.

Nota: 8.0

Os novos episódios de Obi-Wan Kenobi estreiam toda quarta-feira no Disney+.

YouTube video

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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O capítulo da semana começa com algo que os fãs queriam muito ver desde que anunciaram a série: flashbacks. A relação entre Obi-Wan e Anakin Skywalker, novamente vivido por Hayden Christensen, é representada por meio de uma lembrança dos dois em um treinamento ambientado ali pelos tempos de Ataque dos Clones (2002), dado o visual dos dois. Anakin segue com sua empolgação e violência, enquanto Kenobi tenta mostrar a ele que a raiva e a falta de foco, características típicas dos Sith, podem ser fatais para a derrota de um verdadeiro Jedi.

O interessante desse flashback é que ele faz um paralelo interessante ao momento retratado dos dois rivais. Enquanto o Obi-Wan do passado estava plenamente conectado à Força pelo Caminho Jedi, e Anakin tentava se encaixar em uma filosofia que não era a sua, o “presente” da série traz um Obi-Wan cético, desconectado dA Força. Já Anakin, agora identificado como Darth Vader, abraçou A Força como seu caminho para aflorar os sentimentos de ódio, raiva e afins, como um bom Sith deve ser. Há boatos de que o motivo de Vader ter deixado o rival escapar anteriormente foi porque ele não sentiu o oponente no auge, unido à Força, e que a batalha final da temporada já traria um Kenobi em plena forma Jedi.

Outro flashback interessante foi o que trouxe o maior Plot Twist da temporada até aqui: a verdade por trás de Reva. Como especulamos há algumas semanas, ela era uma Youngling na Academia Jedi durante a Ordem 66. Ela viu Anakin chacinar a molecada e escapou com vida, dedicando sua segunda chance a derrotar aquele que matou seus amigos, sua “família”.

O problema é que o conceito dessa virada de trama é fantástico, mas a execução é terrível. Suas ações ainda são confusas, mas espera-se que isso se resolva no próximo capítulo. As cenas de luta dela são incríveis. É uma personagem com bastante potencial que, infelizmente, ainda está meio perdida na trama. Ah, o Grande Inquisidor, que supostamente havia morrido, fez um Spa de Bacta e retomou seu cargo, deixando Reva furada por um sabre de luz no meio da rua. Nada que um bainho de Bacta não resolva, né?

Outra personagem que voltou a ficar largada na trama foi a pequena Leia. Botar a menina pra consertar um fio por 80% do episódio é uma forma preguiçosa de roteiro de ocupar uma personagem sem função no roteiro.

Mas voltemos ao grande destaque – de novo – do episódio, ninguém menos que o maior vilão de todos os tempos, Darth Vader.

Vemos uma versão mais violenta dele, fazendo uso dA Força praticamente como nos quadrinhos. Ou seja, o céu não é o limite para seus poderes. Neste episódio, ele segura e destroça uma nave inteirinha com A Força e humilha a Reva com seus próprios sabres de luz. Impossível não abrir um sorriso quando ele entra em cena. Tomara que vejamos mais dele nos próximos capítulos.

E pelo que indica o final do episódio, quem veremos mais daqui pra frente é o jovem Luke Skywalker, que teve sua localização revela para a Reva, que não faz mais parte do Império. Isso causa um “bad feeling” no Obi-Wan, o que demonstra uma reaproximação dele com A Força, que torcemos para que seja melhor trabalhada daqui pra frente.

Nota: 8.0

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