quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Oldboy – Clássico Moderno Volta às Telonas Restaurados e Pronto para Conquistar a Nova Geração

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No ano de 2003 um filme chegou aos espectadores brasileiros e imediatamente ganhou grande repercussão: trata-se de ‘Oldboy’, longa do diretor sul-coreano Park Chan-wook e que por aqui teve suas primeiras exibições nos festivais de cinema, como o Festival do Rio. Imediatamente o longa se tornou um dos mais comentados daquela edição, e, mesmo hoje, vinte anos depois, permanece nas listas de favoritos de muitos cinéfilos por aí. Para celebrar as duas décadas de sua primeira exibição ‘Oldboy’ volta em cartaz no circuito nacional em versão remasterizada para conquistar as novas gerações.



Oh Dae-sun (Choi Min-sik) é um beberrão que fala um monte de besteira e só quer saber de encher a cara. Seu melhor amigo, No Joo-hwan (Dae-han Ji) o busca na delegacia no dia do aniversário de sua filha, mas, enquanto fazem um telefonema, Oh Dae-sun é sequestrado e desaparece, sem deixar vestígios. Oh Dae-sun acorda em um quarto aos pedaços e, dia após dia, ele busca respostas sobre o porquê de ter sido sequestrado e quem mandara buscá-lo. Assim se passam 15 anos, tempo que Oh Dae-sun só percebe por ter acesso a uma televisão. Então, tão de repente quanto tudo começou, Oh Dae-sun é libertado, mas descobre que tem apenas cinco dias para descobrir a identidade do seu malfeitor e realizar sua aguardada vingança.

Para quem nunca viu ‘Oldboy’ antes fica claro os motivos pelos quais o longa se tornou tão bem comentado mundo afora. Primeiramente, a fotografia é simplesmente espetacular. Muitas cenas parecem verdadeiras pinturas, mesmo diante do grotesco da história como pano de fundo; algumas cenas, inclusive, têm início com os atores parados como que posando para o artista que está na posição do espectador. Também a direção de arte é um primor, combinando cores carregadas de expressão que na versão remasterizada – acompanhada de perto pelo próprio diretor – ganharam ainda mais força na telona.

Premiado em Cannes, ‘Oldboy’ reestreia 20 anos depois mostrando-se atemporal e com um alcance de público tão grande ou até maior do que quando da sua estreia original. O roteiro de Garon Tsuchiya, Nobuaki Minegishi e Park Chan-wook parte de uma simples história de vingança – o sequestrado versus o sequestrador – para construir um enigmático quebra-cabeça que vai muito além daquilo que estamos vendo em um primeiro momento. Não é exagero dizer que o roteiro de ‘Oldboy’ é simplesmente genial, ainda que a resolução e a motivação por trás dos personagens causem certo desconforto no público.

Em tempos em que a juventude aplaude de pé franquias como ‘John Wick’ e filmes de Quentin Tarantino, ‘Oldboy’ já mostrava o poder do cinema sul-coreano no ritmo de um thriller profundo e tortuosamente belo. Há particularmente um plano-sequência primoroso em que o protagonista luta com dezenas de bandidos, dessas sequências que qualquer estudante de cinema sonha em realizar um dia.

Oldboy’ reestreia em grande estilo nas salas de cinema mantendo-se como um clássico contemporâneo dos filmes de ação e suspense com grande apelo pop. Precursor de séries como ‘Round 6’, ‘Oldboy’ mostra, na prática, que o tempo só faz melhorar os filmes que já eram bons desde o início.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Oh Dae-sun (Choi Min-sik) é um beberrão que fala um monte de besteira e só quer saber de encher a cara. Seu melhor amigo, No Joo-hwan (Dae-han Ji) o busca na delegacia no dia do aniversário de sua filha, mas, enquanto fazem um telefonema, Oh Dae-sun é sequestrado e desaparece, sem deixar vestígios. Oh Dae-sun acorda em um quarto aos pedaços e, dia após dia, ele busca respostas sobre o porquê de ter sido sequestrado e quem mandara buscá-lo. Assim se passam 15 anos, tempo que Oh Dae-sun só percebe por ter acesso a uma televisão. Então, tão de repente quanto tudo começou, Oh Dae-sun é libertado, mas descobre que tem apenas cinco dias para descobrir a identidade do seu malfeitor e realizar sua aguardada vingança.

Para quem nunca viu ‘Oldboy’ antes fica claro os motivos pelos quais o longa se tornou tão bem comentado mundo afora. Primeiramente, a fotografia é simplesmente espetacular. Muitas cenas parecem verdadeiras pinturas, mesmo diante do grotesco da história como pano de fundo; algumas cenas, inclusive, têm início com os atores parados como que posando para o artista que está na posição do espectador. Também a direção de arte é um primor, combinando cores carregadas de expressão que na versão remasterizada – acompanhada de perto pelo próprio diretor – ganharam ainda mais força na telona.

Premiado em Cannes, ‘Oldboy’ reestreia 20 anos depois mostrando-se atemporal e com um alcance de público tão grande ou até maior do que quando da sua estreia original. O roteiro de Garon Tsuchiya, Nobuaki Minegishi e Park Chan-wook parte de uma simples história de vingança – o sequestrado versus o sequestrador – para construir um enigmático quebra-cabeça que vai muito além daquilo que estamos vendo em um primeiro momento. Não é exagero dizer que o roteiro de ‘Oldboy’ é simplesmente genial, ainda que a resolução e a motivação por trás dos personagens causem certo desconforto no público.

Em tempos em que a juventude aplaude de pé franquias como ‘John Wick’ e filmes de Quentin Tarantino, ‘Oldboy’ já mostrava o poder do cinema sul-coreano no ritmo de um thriller profundo e tortuosamente belo. Há particularmente um plano-sequência primoroso em que o protagonista luta com dezenas de bandidos, dessas sequências que qualquer estudante de cinema sonha em realizar um dia.

Oldboy’ reestreia em grande estilo nas salas de cinema mantendo-se como um clássico contemporâneo dos filmes de ação e suspense com grande apelo pop. Precursor de séries como ‘Round 6’, ‘Oldboy’ mostra, na prática, que o tempo só faz melhorar os filmes que já eram bons desde o início.

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