terça-feira, abril 16, 2024

Crítica | ‘Os Irmãos Willoughby’: Visual fantástico e problemas com o ritmo

Chega hoje à Netflix sua mais nova animação. Trata-se de Os Irmãos Willoughby, uma história de quatro irmãos que tentam se livrar dos pais egoístas para tentarem receber um pouco de amor, afeto e comida.

Baseado em livro homônimo, a trama mostra a excêntrica vida dos Willoughby, uma família que se orgulha muito dos feitos importantes de seus antepassados – e de seus imponentes bigodes, até nas mulheres. Porém, na atual geração o Willoughby Pai só tem olhos para sua esposa. Fanfarrão, o casal se recusa a dar atenção para os filhos e os tratam apenas como um grande estorvo em sua rotina de diversão e fanfarronices.Tim (Will Forte) é o primogênito. Abandonado em casa desde bebê, ele cresceu e cuidou de seus irmãos, Jane (Alessia Cara) e dos gêmeos Barnaby (Seán Cullen) – sim, o descaso era tanto que os pais deram o mesmo nome para os gêmeos. A rotina de abandono das crianças muda com a chegada de um bebê abandonado. Acolhida por Jane, a criança causa um problemão na casa. Por ordem dos pais, os irmãos devem se livrar da pequena órfã, senão ficarão sem um lar.Na viagem pela cidade, os Willoughby decidem se livrar dos pais. Eles planejam uma viagem internacional passando pelos destinos mais mortais do mundo para o casal. O que eles não esperavam é que os pais negligentes fossem contratar uma babá (Maya Rudolph). Com a chegada da babá, o ritmo melhora muito. Os irmãos, que antes eram muito contidos, passam a desenvolver suas respectivas personalidades conforme a babá vai se envolvendo com eles. A história vai de sonolenta para interessante num estalo.Quem perde espaço com a babá é o narrador da história, um gato sarcástico, mas de bom coração, que é interpretado por Ricky Gervais. Para os fãs do ator e comediante, o gato será o melhor personagem do filme. O elenco conta ainda com Terry Crews, que dá voz a um personagem fantástico e destoante dos outros.ponto alto do filme é, sem sombra de dúvidas, a animação estilizada para esta aventura. Usando o CGI para emular os efeitos de um filme animado com a técnica do Stop-Motion, o visual de “bonecos” em tela é realmente um deleite para os fãs do estilo. Além disso, tudo neste universo é texturizado, sejam os fios dos cabelos de corda, os novelos de lã, os flocos das nuvens ou as tábuas das paredes. Eles fazem um trabalho primoroso neste quesito, dando bastante personalidade à animação.
Não é a primeira vez que a Netflix ousa ao não investir na tecnologia 3D convencional da Disney, Pixar, Sony e Dreamworks para contar uma história. Ano passado, Klaus misturou estilos animados para desenvolver uma trama belíssima sobre o natal, e o longa fez sucesso entre o público e a crítica.

Em tempos de visuais genéricos, praticamente iguais, independentemente do estúdio, a iniciativa da Netflix de trazer estilos mais autorais para as telas é uma atitude louvável. Os Irmãos Willoughby está longe de ser a melhor animação do ano. E seus personagens caricatos devem funcionar mais com as crianças pequenas. Mas ainda assim é uma obra que merece a atenção do público.Os Irmãos Willoughby já está disponível no catálogo da Netflix.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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