quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Ouija: O Jogo dos Espíritos

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Ouija: O Jogo dos Espíritos é um filme de terror genérico, que traz apenas má reputação para o já avariado e marginalizado gênero. Isso não é grande surpresa. O que causa espanto é saber que a obra é o primeiro filme da Hasbro, empresa de brinquedos responsável por produtos como Transformers, Comandos em Ação (G.I. Joe) e Batalha Naval (Battleship). A fabricante de brinquedo aventura-se agora como produtora de cinema. Mas não apenas isso, Ouija serve como lançamento do novo produto da empresa mirado para as crianças.

Ao assistirmos ao filme o pensamento que fica é o de que alguém estava muito desesperado, deve ser demitido, ou ambos. Imagine dar para seu filho ou sobrinho uma tábua de comunicação com espíritos. Mesmo que você e sua família não acreditem nisso, não deixa de ser algo de péssimo gosto. E a campanha de marketing vinculada ao filme também não faz um bom serviço de merchandising, afinal pessoas são mortas das piores maneiras imagináveis após utilizarem o artefato.



CinePop 3

Na trama, amigos de infância brincam com a tábua do além-vida. Na fase adulta, Debbie (Shelley Hennig) volta a se aventurar pelo sobrenatural e sozinha tentar a comunicação com os espíritos. No entanto, tudo o que atrai é coisa ruim. A cena de abertura traz um impactante momento, que é o ponto alto do filme, para os fãs de terror e suspense. Pena que isso some apenas uns três minutos iniciais. Depois Ouija recai nos inúmeros clichês do gênero, e chega a ser divertido contá-los. Filmes assim servem mais como jogos entre amigos do que como entretenimento nas telas.

CinePop 2

São sustos fáceis, nos quais o que conta é o som alto em momentos chave. Personagens que saem de trás de portas e das sombras de forma despropositada. Sentimos o desconforto desses jovens atores desconhecidos ao terem que emular as mesmas situações de quinhentos outros filmes ruins. Aqui ainda temos espaço para reflexões juvenis sobre a vida e morte, quando personagens ponderam sobre sua existência após a morte de um colega. Tudo é claro com a profundidade de um pires, com uma filosofia existencialista digna de boteco.

Também ganhamos frases célebres. -“It´s an Old house”, diz um personagem sobre um barulho que ouviu no andar de cima, bem na hora da sessão espírita. Um forte argumento é que os personagens em filmes de terror são tão idiotas que merecem morrer. Pra onde foram os jovens espertos, que sabiam estar num filme de terror, do final da década de 1990? Ou melhor, aonde foram parar tais roteiros, que ao invés de tratar a audiência da mesma forma que seus personagens, brincavam com tudo dando novo sabor. Outro forte argumento é que esta é uma produção de Michael Bay…, bem este argumento fala por si só.

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Ouija: O Jogo dos Espíritos é um filme de terror genérico, que traz apenas má reputação para o já avariado e marginalizado gênero. Isso não é grande surpresa. O que causa espanto é saber que a obra é o primeiro filme da Hasbro, empresa de brinquedos responsável por produtos como Transformers, Comandos em Ação (G.I. Joe) e Batalha Naval (Battleship). A fabricante de brinquedo aventura-se agora como produtora de cinema. Mas não apenas isso, Ouija serve como lançamento do novo produto da empresa mirado para as crianças.

Ao assistirmos ao filme o pensamento que fica é o de que alguém estava muito desesperado, deve ser demitido, ou ambos. Imagine dar para seu filho ou sobrinho uma tábua de comunicação com espíritos. Mesmo que você e sua família não acreditem nisso, não deixa de ser algo de péssimo gosto. E a campanha de marketing vinculada ao filme também não faz um bom serviço de merchandising, afinal pessoas são mortas das piores maneiras imagináveis após utilizarem o artefato.

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Na trama, amigos de infância brincam com a tábua do além-vida. Na fase adulta, Debbie (Shelley Hennig) volta a se aventurar pelo sobrenatural e sozinha tentar a comunicação com os espíritos. No entanto, tudo o que atrai é coisa ruim. A cena de abertura traz um impactante momento, que é o ponto alto do filme, para os fãs de terror e suspense. Pena que isso some apenas uns três minutos iniciais. Depois Ouija recai nos inúmeros clichês do gênero, e chega a ser divertido contá-los. Filmes assim servem mais como jogos entre amigos do que como entretenimento nas telas.

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São sustos fáceis, nos quais o que conta é o som alto em momentos chave. Personagens que saem de trás de portas e das sombras de forma despropositada. Sentimos o desconforto desses jovens atores desconhecidos ao terem que emular as mesmas situações de quinhentos outros filmes ruins. Aqui ainda temos espaço para reflexões juvenis sobre a vida e morte, quando personagens ponderam sobre sua existência após a morte de um colega. Tudo é claro com a profundidade de um pires, com uma filosofia existencialista digna de boteco.

Também ganhamos frases célebres. -“It´s an Old house”, diz um personagem sobre um barulho que ouviu no andar de cima, bem na hora da sessão espírita. Um forte argumento é que os personagens em filmes de terror são tão idiotas que merecem morrer. Pra onde foram os jovens espertos, que sabiam estar num filme de terror, do final da década de 1990? Ou melhor, aonde foram parar tais roteiros, que ao invés de tratar a audiência da mesma forma que seus personagens, brincavam com tudo dando novo sabor. Outro forte argumento é que esta é uma produção de Michael Bay…, bem este argumento fala por si só.

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