sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Outer Range – Western de Ficção Científica da Prime Video faz Josh Brolin se defender de Mistério Sobrenatural

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Se tem um gênero que veio caindo em desuso nas últimas décadas no final do século XX foi o western – as famosas produções do Velho Oeste, encabeçadas por Clint Eastwood e companhia. Porém, desde a virada para o século XXI, novas produções desse gênero veem ressurgindo nas telinhas e nas telonas, como ‘Cowboys e Aliens’ (2011) e ‘Cry Macho: O Caminho para Redenção’ (2021) ou a sérieWestworld’. Aos poucos a coisa vai voltando, com algumas modificações do formato original do bangue-bangue, sendo o mais novo representante desse new western a sérieOuter Range’, que chega no próximo dia 15 na Prime Video com dois episódios por semana toda sexta-feira para os assinantes.



Abbott (Josh Brolin) é um fazendeiro que luta por sua terra e família, com quem vive no rancho de sua esposa, Cecilia (Lili Taylor) desde que chegara ali ainda pequeno, perdido. Certo dia, a mochileira Autumm (Imogen Poots) aparece de repente e pede para acampar nas terras dele, dizendo-se poeta em busca de inspiração. Confuso com o inesperado da situação, Abbot permite, sem saber que logo em seguida ele descobriria um mistério insondável à beira do deserto no estado de Wyoming, dentro de seu próprio terreno. Soma-se a isso o fato de seus filhos, Perry (Tom Pelphrey) e Rhett (Lewis Pullman) travarem uma briga com os filhos do vizinho, Luke (Shaun Sipos), Trevor (Matt Lauria) e Billy (Noah Reid). Quando uma morte inesperada ocorre na vizinhança, todos passam a ficar sob o olhar atento da xerife Joy (Tamara Podemski).

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Construído para ser uma fábula de faroeste familiar com toques de humor irônico e mistério sobrenatural, ‘Outer Range’ examina como lidamos com o desconhecido. A série, dividida em oito episódios com quase uma hora de duração cada, se desenrola naquele ritmo sem pressa do meio-oeste estadunidense, o que pode acabar impacientando alguns espectadores. Escrito e criado por Brian Watkins, a produção se volta bastante para aquele estilo de vida bastante conhecido do interior dos Estados Unidos (bom, e também do Brasil), com rodeios e montarias de cavalo e boi, pessoas transitando em picapes e chapéus de couro, e muita testosterona tomando as rédeas dos acontecimentos.

Tudo isso acaba deixando a parte do sobrenatural um bocado em segundo plano, embora a ideia dos elementos sci-fi serem bastante interessantes. Dirigido por Jennifer Getzinger, Amy Seimetz, Alonso Ruizpalacios e Lawrence Thrilling, os episódios poderiam ser enxugados uns dez minutos cada, para dar maior dinamismo ao enredo que é interessante, mas, por se situar em uma localidade com pouco movimento, acaba transportando o marasmo da realidade para dentro da ficção – e para a casa do espectador.

Com Josh Brolin conduzindo a maioria das cenas, ‘Outer Range’ chega como o mais novo representante de um gênero que busca se reinventar, ainda que atrelado às próprias raízes. Josh puxa a responsabilidade para si e entrega um protagonista misterioso, reservado e bastante interessante, cujas ações provocam quem assiste e, aos poucos, vai se afastando do Thanos que o fez famoso com a garotada. E a série ainda conta com o dedinho de Brad Pitt, que é um dos produtores executivos da produção através de sua empresa, Plan B Enterteinment.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Abbott (Josh Brolin) é um fazendeiro que luta por sua terra e família, com quem vive no rancho de sua esposa, Cecilia (Lili Taylor) desde que chegara ali ainda pequeno, perdido. Certo dia, a mochileira Autumm (Imogen Poots) aparece de repente e pede para acampar nas terras dele, dizendo-se poeta em busca de inspiração. Confuso com o inesperado da situação, Abbot permite, sem saber que logo em seguida ele descobriria um mistério insondável à beira do deserto no estado de Wyoming, dentro de seu próprio terreno. Soma-se a isso o fato de seus filhos, Perry (Tom Pelphrey) e Rhett (Lewis Pullman) travarem uma briga com os filhos do vizinho, Luke (Shaun Sipos), Trevor (Matt Lauria) e Billy (Noah Reid). Quando uma morte inesperada ocorre na vizinhança, todos passam a ficar sob o olhar atento da xerife Joy (Tamara Podemski).

Construído para ser uma fábula de faroeste familiar com toques de humor irônico e mistério sobrenatural, ‘Outer Range’ examina como lidamos com o desconhecido. A série, dividida em oito episódios com quase uma hora de duração cada, se desenrola naquele ritmo sem pressa do meio-oeste estadunidense, o que pode acabar impacientando alguns espectadores. Escrito e criado por Brian Watkins, a produção se volta bastante para aquele estilo de vida bastante conhecido do interior dos Estados Unidos (bom, e também do Brasil), com rodeios e montarias de cavalo e boi, pessoas transitando em picapes e chapéus de couro, e muita testosterona tomando as rédeas dos acontecimentos.

Tudo isso acaba deixando a parte do sobrenatural um bocado em segundo plano, embora a ideia dos elementos sci-fi serem bastante interessantes. Dirigido por Jennifer Getzinger, Amy Seimetz, Alonso Ruizpalacios e Lawrence Thrilling, os episódios poderiam ser enxugados uns dez minutos cada, para dar maior dinamismo ao enredo que é interessante, mas, por se situar em uma localidade com pouco movimento, acaba transportando o marasmo da realidade para dentro da ficção – e para a casa do espectador.

Com Josh Brolin conduzindo a maioria das cenas, ‘Outer Range’ chega como o mais novo representante de um gênero que busca se reinventar, ainda que atrelado às próprias raízes. Josh puxa a responsabilidade para si e entrega um protagonista misterioso, reservado e bastante interessante, cujas ações provocam quem assiste e, aos poucos, vai se afastando do Thanos que o fez famoso com a garotada. E a série ainda conta com o dedinho de Brad Pitt, que é um dos produtores executivos da produção através de sua empresa, Plan B Enterteinment.

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