sábado , 2 novembro , 2024

Crítica | Paixão Sufocante – Suspense da Netflix Baseado em História REAL de Relacionamento Tóxico

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Nós, pessoas comuns, gostamos de viver a ilusão de que a vida das celebridades é sempre maravilhosa, perfeita, sem problema nenhum. Atores, esportistas, pensadores, influenciadores: pessoas que estão sempre sob os holofotes da mídia e frequentando as colunas sociais aparecem brilhando, sorrindo, satisfeitos, mas, quando as luzes se apagam, a verdade dentro de quatro paredes pode ser muito mais cruel do que os comentários dos haters na internet. É isso que o espectador pode encontrar ao assistir ‘Paixão Sufocante’, thriller da Netflix que anda fazendo sucesso entre os assinantes desde sua estreia.

Roxana (Camille Rowe) é uma jovem desestimulada na vida. Estudante universitária, ela tem uma relação conturbada com a mãe, por conta de eventos no passado das duas que fizeram com que as duas se distanciassem. Certo dia, Roxana vê um anúncio de um curso de mergulho em uma praia no litoral da França e decide ir para lá, visando se afastar um pouco do universo acadêmico. Com pouco dinheiro e sem nenhum planejamento, ela dorme na praia aguardando o início das aulas, e é assim que conhece Tom (César Domboy, de ‘Outlander’), assistente de mergulho, e imediatamente rola um interesse mútuo entre os dois. Porém, quando as aulas começam, é por Pascal (Sofiane Zermani) por quem Roxana realmente se apaixona, e os dois começam um relacionamento intenso ao mesmo tempo em que praticam prender a respiração em mergulhos que chegam a 140 metros de profundidade. Aos poucos, vai ficando claro que Pascal não está exatamente satisfeito em ver o progresso de Roxana no esporte em que ele deseja ser a única estrela brilhante.

O roteiro de David M. Rosenthal para o filme que ele mesmo dirigiu foca mais na Roxana que se descobre atleta do que a vida anterior dela. Assim, o espectador tem certa dificuldade em aceitar que a protagonista simplesmente larga toda a sua vida para acompanhar o namorado que acabou de conhecer e que, de repente, também começa a se dedicar ao esporte. Se por um lado é difícil acreditar na motivação de Roxana, ainda que o filme se diga inspirado em história verdadeira, fica bastante evidente que Pascal desde o início é um narcisista sem nenhuma disposição para dividir o lugar mais alto do pódio, e, nesse sentido, o roteiro desenvolve bem a evolução do clima de suspense em mistura com o isolamento e a vulnerabilidade dos mergulhos profundos.

Para o espectador brasileiro, o grande chamariz em ‘Paixão Sufocante’ é o fato de o filme jogar luz sobre um esporte pouquíssimo conhecido por aqui: o mergulho em profundidade – mais especificamente, os treinamentos para realizar mergulhos na direção do fundo do oceano e a competição mundial que existe por detrás disso. É meio surreal, ao vermos o filme, pensar que no grau de organização das pessoas em se dedicarem a quebrar recordes constantemente para disputar quem consegue mergulhar mais para dentro do oceano, e para que este esportista alcance seu objetivo, toda uma equipe tem que acompanhar o nível de ousadia dessa pessoa. Aos que curtem esportes incomuns e radicais, fica a dica de um filme sufocante.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Roxana (Camille Rowe) é uma jovem desestimulada na vida. Estudante universitária, ela tem uma relação conturbada com a mãe, por conta de eventos no passado das duas que fizeram com que as duas se distanciassem. Certo dia, Roxana vê um anúncio de um curso de mergulho em uma praia no litoral da França e decide ir para lá, visando se afastar um pouco do universo acadêmico. Com pouco dinheiro e sem nenhum planejamento, ela dorme na praia aguardando o início das aulas, e é assim que conhece Tom (César Domboy, de ‘Outlander’), assistente de mergulho, e imediatamente rola um interesse mútuo entre os dois. Porém, quando as aulas começam, é por Pascal (Sofiane Zermani) por quem Roxana realmente se apaixona, e os dois começam um relacionamento intenso ao mesmo tempo em que praticam prender a respiração em mergulhos que chegam a 140 metros de profundidade. Aos poucos, vai ficando claro que Pascal não está exatamente satisfeito em ver o progresso de Roxana no esporte em que ele deseja ser a única estrela brilhante.

O roteiro de David M. Rosenthal para o filme que ele mesmo dirigiu foca mais na Roxana que se descobre atleta do que a vida anterior dela. Assim, o espectador tem certa dificuldade em aceitar que a protagonista simplesmente larga toda a sua vida para acompanhar o namorado que acabou de conhecer e que, de repente, também começa a se dedicar ao esporte. Se por um lado é difícil acreditar na motivação de Roxana, ainda que o filme se diga inspirado em história verdadeira, fica bastante evidente que Pascal desde o início é um narcisista sem nenhuma disposição para dividir o lugar mais alto do pódio, e, nesse sentido, o roteiro desenvolve bem a evolução do clima de suspense em mistura com o isolamento e a vulnerabilidade dos mergulhos profundos.

Para o espectador brasileiro, o grande chamariz em ‘Paixão Sufocante’ é o fato de o filme jogar luz sobre um esporte pouquíssimo conhecido por aqui: o mergulho em profundidade – mais especificamente, os treinamentos para realizar mergulhos na direção do fundo do oceano e a competição mundial que existe por detrás disso. É meio surreal, ao vermos o filme, pensar que no grau de organização das pessoas em se dedicarem a quebrar recordes constantemente para disputar quem consegue mergulhar mais para dentro do oceano, e para que este esportista alcance seu objetivo, toda uma equipe tem que acompanhar o nível de ousadia dessa pessoa. Aos que curtem esportes incomuns e radicais, fica a dica de um filme sufocante.

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