Pânico
Nota CinePOP: 9,5/10
Nota IMDb: 7,2
Nota Metacritic: 65
Nota RottenTomatoes: 78%
Com o fim dos anos 80, os filmes de serial killers entraram em franca decadência. Após várias sequências risíveis de ‘Sexta-Feira 13’, ‘A Hora do pesadelo‘ e ‘Halloween‘, os filmes de terror tiveram uma queda de qualidade, e o gênero foi limado das telas do cinema.
Em 1996, eis que surge um novo terror, citado pela Variety antes de sua estreia como ‘D.O.A’ (Dead on Arrival, gíria para ‘futuro fracasso nas bilheterias’).
Era ‘Pânico‘ (Scream), dirigido pelo mestre do terror Wes Craven (‘A Hora do Pesadelo’) em parceria com o roteirista Kevin Williamson, até então desconhecido.
O grande acerto do primeiro filme foi trazer a direção ágil de Craven, contribuída pelo roteiro brilhante de Williamson – que criou uma trama lotada de referências à outros filmes do gênero (Halloween, Sexta-Feira 13), e conseguiu brincar com os clichês costumeiros desse tipo de produção.
A cena inicial que traz Drew Barrymore (a atriz mais conhecida do elenco na época) chega a dar calafrios, e se tornou um marco na história do cinema assim como o assassinato no chuveiro de ‘Psicose‘. Ambos os filmes mataram suas grandes estrelas no começo da produção, aumentando o suspense e mostrando que todas as cartas estavam na mesa.
A cena final (a revelação do assassino) também se tornou icônica, iniciando diversos derivados no mesmo estilo, como ‘Eu sei o que vocês fizeram no verão passado 1 e 2‘, ‘Prova Final‘, ‘Lenda Urbana‘, entre outros.
‘Pânico’ não obteve grande sucesso em sua estreia, mas o boca a boca positivo fez o filme crescer nas semanas seguintes. Era um fenômeno de bilheterias, e o começo de uma nova era para o terror, que rendeu vários frutos e um novo subgênero.
O filme custou US$ 14 milhões e arrecadou US$ 195 milhões mundialmente – se tornando o filme slasher com maior bilheteria até hoje.
Pânico 2
Nota CinePOP: 8,5/10
Nota IMDb: 6,2
Nota Metacritic: 63
Nota RottenTomatoes: 81%
Dois anos após o massacre em Woodsboro, Sidney Prescott (Neve Campbell) e Randy Meeks estão tentando refazer suas vidas em uma nova cidade. Estudando no colégio de Windsor, eles vão lidar com uma nova onda de assassinatos quando o terrível psicopata retorna para assombrá-los nas vésperas do lançamento do filme baseado nos seus crimes.
‘Pânico 2‘ conseguiu ainda mais sucesso ao parodiar as sequências, que sempre traziam mortes mais sangrentas e mais vítimas. Novamente roteirizado por Williamson, o filme é considerado pelos fãs como tão bom, ou até melhor, que o original.
A cena em que Courteney Cox é perseguida dentro de um estúdio de som deixou todos os fãs grudados na cadeira, levando muitas pessoas aos prantos no momento em que ela vê seu amado ser esfaqueado.
Sem contar nas participações especiais: ver Sarah Michelle Gellar (‘Segundas Intenções’) sendo perseguida pelo Ghostface foi um orgasmo nerd.
A revelação final dos assassinos deixou um pouco a desejar, já que a graça da franquia era descobrir quem estava por trás da máscara – e ambos os assassinos mal aparecem no filme.
O filme arrecadou US$ 188 milhões mundialmente, e transformou a franquia em uma das mais bem sucedidas de Hollywood.
Pânico 3
Nota CinePOP: 8,0/10
Nota IMDb: 5,5
Nota Metacritic: 56
Nota RottenTomatoes: 36%
A franquia decaiu nas bilheterias com ‘Pânico 3‘ (2000), que trocou o roteirista Williamson por Ehren Kruger (‘A Chave Mestra’).
Apesar de muitos fãs torcerem o nariz para o filme, eu acho o mais divertido de todos. Além de parodiar as produções hollywoodianas, o filme adiciona ação à franquia, com explosões e cenas de perseguição mais elaboradas.
A história ocorre três anos depois dos eventos do segundo filme. A repórter Gale tornou-se apresentadora de um programa de celebridades e Sidney isolou-se da humanidade, vivendo reclusa nas montanhas. Enquanto isso, Hollywood fatura alta produzindo o terceiro filme baseado nos assassinatos em Woodsborro. No set de filmagens, o serial killer com cara de fantasma volta a atacar.
Para quem não sabe, o roteiro foi alterado para que Neve Campbell pudesse gravar suas cenas em apenas duas semanas (ela não queria fazer o filme pois estava com diversos outros projetos). Sendo assim, a nossa heroína deu espaço para novos coadjuvantes brilharem.
A ideia de levar a franquia para Hollywood foi genial, com exceção de alguns exageros, como a máquina de alterar a voz do assassino – que podia imitar qualquer um dos personagens do filme.
O filme arrecadou apenas US$ 142 milhões mundialmente.
Como na década de 80, o subgênero começou a esgotar, e após algumas bombas, os filmes de terror encontraram outras fórmulas e franquias (‘Jogos Mortais’, ‘O Chamado’) para seguir adiante.
Pânico 4
Nota CinePOP: 9,0/10
Nota IMDb: 6,2
Nota Metacritic: 52
Nota RottenTomatoes: 59%
Quinze anos depois que ‘Pânico‘ começou com o aterrorizante telefonema que mudou o terror para sempre, o diretor Wes Craven, o roteirista Kevin Williamson e os astros Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette retornaram para uma ousada nova participação na adorada série.
Numa era de reboots e remakes, ‘Pânico 4‘ homenageia seus fãs com uma sequência tão aguda e irreverente quanto o original.
‘Pânico 4’ estreou com a promessa de se auto-renovar em uma nova década, fazendo paródia com o subgênero que ele mesmo criou. E Kevin Williamson conseguiu. O roteirista adiciona tudo que funcionou nos anteriores, e renova a franquia para uma nova audiência. Seu texto mistura terror e comédia de maneira sensacional, criando um novo recomeço para a franquia que era dada como morta.
Na trilogia inicial tínhamos a fórmula perfeita: a abertura trazia o chocante assassinato inicial (Drew Barrymore, a melhor da franquia) e o final trazia o assassino revelando seus porquês e motivos. Neste, início e fim adicionam exceções e surpreendem: o filme não começa, nem termina, de maneira óbvia. Temos aqui um dos melhores finais da franquia, mesmo que fuja dos padrões dos filmes anteriores. Afinal, Nova Década, Novas Regras.
O acerto de ‘Pânico 4’ é trazer seu elenco original. Ao contrário de outras franquias de terror, como ‘Sexta-Feira 13’ e ‘Jogos Mortais’, o vilão não é o protagonista. Neve Campbell volta a desempenhar de maneira louvável o papel da protagonista Sidney, que usou os 10 anos em que esteve livre do maníaco mascarado para se reinventar e deixar de ser vítima (sem sucesso, claro). A atriz parece tão familiarizada com a personagem, que entrega a sua melhor atuação na franquia.
Com bastante humor negro, cenas de morte muito bem elaboradas (com muito, muito sangue) e um final digno de aplausos, ‘Pânico 4’ consegue se reinventar e ainda manter aquilo que a trilogia inicial tinha de melhor.
Infelizmente, o quarto filme arrecadou apenas US$ 97 milhões mundialmente.
Pânico 5
Em entrevista ao ET, a atriz Neve Campbell e o roteirista Kevin Williamson falaram sobre a possibilidade de ‘Pânico 5 e 6’ saírem do papel, após a morte do diretor Wes Craven no último ano.
“Seria difícil fazer as duas sequências sem Wes”, afirmou Campbell. “Sua visão era tão clara e ele era tão bom. Acho que seria doloroso. Acredito que esses dois filmes ainda podem acontecer, mas seria um desafio. Ainda não estamos negociando para os dois filmes no momento”
O roteirista Kevin Williamson afirmou que ele e o diretor planejavam uma trilogia em 2011.
“Wes e eu, quando estávamos começando Pânico 4, tínhamos planos para Pânico 5 e 6”, diz Williamson. “Agora, sem Wes, sinto que você tem que responder às perguntas de como e por quê, e não sei como fazê-lo sem Wes e não sei por que fazê-lo”, concluiu
‘Pânico 5‘ (Scream 5) continua sem confirmação ou novidades, e os fãs seguem interessados no tão falado final da franquia.
Segundo o MoviePilot, os irmãos Weinsteins estão empolgados em realizar um último filme, que seria dividido em duas partes.
Wes Craven afirmou em 2011 que faria ‘Pânico 5‘ se o quarto fosse bem recebido nas bilheterias e pelos críticos. A recepção da crítica foi ótima, mas a arrecadação nos cinemas deixou a desejar: faturou US$ 38,1 milhões (US$ 97 milhões mundialmente), com orçamento de US$ 40 milhões.