quarta-feira , 18 dezembro , 2024

Crítica | Pássaro Branco na Nevasca

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Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas e hesitações de hoje. Baseado na obra homônima de Laura Kasischke, Pássaro Branco na Nevasca é um drama com uma narrativa lenta que possui leves pitadas de suspense. O diretor Gregg Araki, que também assina o roteiro adaptado, tem méritos por reunir um bom elenco mas o roteiro deixa a desejar, tornando o filme em algumas partes bem maçante.

Na trama, conhecemos um pouco melhor a história de Katrina (Shailene Woodley), uma jovem que vive no final dos anos 80 com os pais em um bairro de classe média no interior dos Estados Unidos. Kat tem inúmeras barreiras provocadas pela difícil relação com os pais. Quando sua mãe desaparece sua vida e a de todos ao seu redor, anos se passam e Kat ainda se vê envolvida por esse misterioso sumiço. É uma atuação forte e corajosa de Shailene Woodley. Muitas cenas envolvendo sexo são vistas, onde o diretor Gregg Araki faz um excelente trabalho nessas sequências, mostrando a sensualidade sem ser ofensivo em nenhum momento.



O filme se molda como uma confissão de uma adolescente provocada pelos estragos emocionais de sua família problemática e nada convencional. Kat expõe o que pensa e vive, principalmente suas aventuras sexuais com o namorado e um homem mais velho. Muitas dessas confissões são feitas durante sessões de terapia e nos inúmeros e longos bate papos com seus amigos mais próximos.

A relação de Kat com sua mãe era desgastante. A insanidade da figura materna levava a protagonista pra dentro de diálogos fervorosos. Eve, mãe de Kat (interpretada pela bela Eva Green), parece ter inveja da filha que vira seu principal alvo nos surtos depressivos que passa ao longo do tempo. Já a relação entre Kat e seu pai Brock (interpretado pelo ótimo Christopher Meloni) é muito carinhosa mas vai se tornando muito esquisita por conta de uma mistério que ronda a família.

Apesar das boas atuações que vemos ao longo dos 95 minutos de fita, a fórmula de misturar a lentidão das cenas dramáticas com um ritmo mais acelerado quando há um mistério a ser resolvido, deixa o trabalho sem identidade, não chegando a envolver o público como deveria, apesar do arco final surpreendente. Pássaro Branco na Nevasca é o tipo de filme mais ou menos que logo sairá da memória dos cinéfilos.

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Crítica | Pássaro Branco na Nevasca

Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas e hesitações de hoje. Baseado na obra homônima de Laura Kasischke, Pássaro Branco na Nevasca é um drama com uma narrativa lenta que possui leves pitadas de suspense. O diretor Gregg Araki, que também assina o roteiro adaptado, tem méritos por reunir um bom elenco mas o roteiro deixa a desejar, tornando o filme em algumas partes bem maçante.

Na trama, conhecemos um pouco melhor a história de Katrina (Shailene Woodley), uma jovem que vive no final dos anos 80 com os pais em um bairro de classe média no interior dos Estados Unidos. Kat tem inúmeras barreiras provocadas pela difícil relação com os pais. Quando sua mãe desaparece sua vida e a de todos ao seu redor, anos se passam e Kat ainda se vê envolvida por esse misterioso sumiço. É uma atuação forte e corajosa de Shailene Woodley. Muitas cenas envolvendo sexo são vistas, onde o diretor Gregg Araki faz um excelente trabalho nessas sequências, mostrando a sensualidade sem ser ofensivo em nenhum momento.

O filme se molda como uma confissão de uma adolescente provocada pelos estragos emocionais de sua família problemática e nada convencional. Kat expõe o que pensa e vive, principalmente suas aventuras sexuais com o namorado e um homem mais velho. Muitas dessas confissões são feitas durante sessões de terapia e nos inúmeros e longos bate papos com seus amigos mais próximos.

A relação de Kat com sua mãe era desgastante. A insanidade da figura materna levava a protagonista pra dentro de diálogos fervorosos. Eve, mãe de Kat (interpretada pela bela Eva Green), parece ter inveja da filha que vira seu principal alvo nos surtos depressivos que passa ao longo do tempo. Já a relação entre Kat e seu pai Brock (interpretado pelo ótimo Christopher Meloni) é muito carinhosa mas vai se tornando muito esquisita por conta de uma mistério que ronda a família.

Apesar das boas atuações que vemos ao longo dos 95 minutos de fita, a fórmula de misturar a lentidão das cenas dramáticas com um ritmo mais acelerado quando há um mistério a ser resolvido, deixa o trabalho sem identidade, não chegando a envolver o público como deveria, apesar do arco final surpreendente. Pássaro Branco na Nevasca é o tipo de filme mais ou menos que logo sairá da memória dos cinéfilos.

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