terça-feira , 19 novembro , 2024

Crítica | Phoenix Rising: Evan Rachel Wood revela ter sido abusada em clipe de Marilyn Manson em chocante documentário da HBO

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Filme assistido durante o Festival de Sundance 2022

Entre fragmentos de uma coletânea de memórias dolorosas compartilhadas pelo Instagram, a atriz Evan Rachel Wood trouxe ao mundo o nome daquele que por tantos anos a abusara de forma brutal e violenta. As suspeitas já apontavam para o seu nome, mas ele sequer havia sido publicamente verbalizado e endereçado. Marilyn Manson, aquele que crescemos vendo parte do mundo idolatrar, seria o suposto agressor. E uma vez que a tão temida Caixa de Pandora de Wood havia sido aberta, ela jamais voltaria a se fechar.



A atriz da aclamada série Westworld garante isso por meio do seu novo documentário Phoenix Rising, em que detalha pontualmente sua luta com o seu traumático passado, à medida em que atua como uma voz ativa contra o Estatuto de Limitação, que determina um prazo máximo para sobreviventes de abuso sexual denunciarem os agressores. Ao longo de sua primeira parte, Wood e sua amiga revisitam o conturbado passado da artista, que teve sua inocência e ingenuidade supostamente roubadas das mãos de um músico que – em sua loucura e perversidade amplamente celebrada em seus álbuns e shows – sempre foi elogiado por sua tal dita “ousadia” e obscenidade agressiva.

Aqui, a cineasta Amy Berg traz uma sensibilidade única e particular para a narrativa de Wood, conforme também nos apresenta as origens da atriz e cantora, muito antes de seu tão temido trauma. De forma corajosa e delicada, as duas se unem para apresentar ao mundo um documentário poderoso, que muito mais que expor as feridas ainda abertas da artista, ainda convida a audiência para um confronto. Por meio de ilustrações e uma série de materiais pessoais como cartas, recados e fotos, é possível ter uma pequena dimensão de quem Manson foi em sua vida e qual a extensão dos abusos sofridos nas mãos dele.

E a coragem de Wood de expor o maior trauma de sua vida é o que pauta esse documentário e serve ainda como um instrumento encorajador para outros sobreviventes virem a público e compartilhar suas histórias. Intimista e reflexivo, Phoenix Rising é de fato a ascensão emocional da atriz, que ainda revela ter sido violentada por Marilyn Manson durante as gravações do clipe de seu hit “Heart-Shaped Glasses”. E a cada nova revelação, a produção leva consigo um pedaço de nós, nos partindo em meio a tantos relatos gráficos que deixam de ecoar apenas na mente da atriz e que passam a turbilhonar em nossas mentes, enquanto audiência.

Sob uma estética criativa simbólica, que transforma as ilustrações em uma alusão à pureza e inocência que um dia foram tiradas de Evan Rachel Wood, Phoenix Rising é um convite obrigatório. Cru e honesto, o documentário da HBO Max dividido em duas partes é ainda um alerta a respeito de como muitas vezes a cultura POP e a indústria do entretenimento têm ajudado a perpetuar predadores sexuais sem qualquer condenação. Um manifesto contra o silêncio, ele é um grito de libertação de uma mulher que se recusa a ser uma vez mais silenciada.

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A atriz da aclamada série Westworld garante isso por meio do seu novo documentário Phoenix Rising, em que detalha pontualmente sua luta com o seu traumático passado, à medida em que atua como uma voz ativa contra o Estatuto de Limitação, que determina um prazo máximo para sobreviventes de abuso sexual denunciarem os agressores. Ao longo de sua primeira parte, Wood e sua amiga revisitam o conturbado passado da artista, que teve sua inocência e ingenuidade supostamente roubadas das mãos de um músico que – em sua loucura e perversidade amplamente celebrada em seus álbuns e shows – sempre foi elogiado por sua tal dita “ousadia” e obscenidade agressiva.

Aqui, a cineasta Amy Berg traz uma sensibilidade única e particular para a narrativa de Wood, conforme também nos apresenta as origens da atriz e cantora, muito antes de seu tão temido trauma. De forma corajosa e delicada, as duas se unem para apresentar ao mundo um documentário poderoso, que muito mais que expor as feridas ainda abertas da artista, ainda convida a audiência para um confronto. Por meio de ilustrações e uma série de materiais pessoais como cartas, recados e fotos, é possível ter uma pequena dimensão de quem Manson foi em sua vida e qual a extensão dos abusos sofridos nas mãos dele.

E a coragem de Wood de expor o maior trauma de sua vida é o que pauta esse documentário e serve ainda como um instrumento encorajador para outros sobreviventes virem a público e compartilhar suas histórias. Intimista e reflexivo, Phoenix Rising é de fato a ascensão emocional da atriz, que ainda revela ter sido violentada por Marilyn Manson durante as gravações do clipe de seu hit “Heart-Shaped Glasses”. E a cada nova revelação, a produção leva consigo um pedaço de nós, nos partindo em meio a tantos relatos gráficos que deixam de ecoar apenas na mente da atriz e que passam a turbilhonar em nossas mentes, enquanto audiência.

Sob uma estética criativa simbólica, que transforma as ilustrações em uma alusão à pureza e inocência que um dia foram tiradas de Evan Rachel Wood, Phoenix Rising é um convite obrigatório. Cru e honesto, o documentário da HBO Max dividido em duas partes é ainda um alerta a respeito de como muitas vezes a cultura POP e a indústria do entretenimento têm ajudado a perpetuar predadores sexuais sem qualquer condenação. Um manifesto contra o silêncio, ele é um grito de libertação de uma mulher que se recusa a ser uma vez mais silenciada.

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