terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | Raio Negro (Black Lightning) – a série de herói que precisávamos

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Poucas são as vezes em que faço isto, mas se tratando de Black Lightning é preciso antes de mais nada destacar um detalhe sobre a parte técnica desta produção: a trilha sonora. Do rap ao soul, a série caminha com tamanha perfeição que é impossível não se apaixonar e desejar pela playlist contendo todas as músicas tocadas nos episódios (se alguém encontrar ou resolver catalogar, colocar no Spotify, favor me informar). É incrível e marcante para o telespectador, sem contar que se encaixam nos momentos perfeitos. Isto sem contar as músicas do Godholly, criadas para a série e para personagens específicos. Já deixo avisado que estão no Spotify e a da Thunder (Tormenta) é a minha favorita (playing on loop).

Bom, mas vamos falar da série, certo?! Black Lightning, criada por Salim Akil (The Game) e Mara Brock Akil (Cougar Town), fez uma primeira temporada de tirar o fôlego. Saindo um pouco do eixo, ao qual o público está acostumado, quando se trata das produções de heróis com o selo CW de aprovação, a narrativa aqui toma proporções mais maduras e traz uma história que tem um pouco de investigação policial (mesmo que não oficial), vigilantes, tráfico de drogas, espionagem, conspirações governamentais (ilegais?) e mortes. Honestamente, como uma fã do Batman e de Gotham City, vejo muitas similaridades na história de Jefferson Pierce (Cress Williams) com a de Bruce Wayne. E não, isto não é algo negativo, mas sim acrescenta e muito em trazer um ritmo mais adulto para a trama.

Este primeiro ano da série apresenta bem a história com a qual o telespectador está diante e os personagens que farão parte do todo. O desenrolar do roteiro é coerente, não esquece ninguém no churrasco nenhum personagem, e permite a todos tempo de tela suficiente para que se entenda o histórico de cada um. A narrativa é um verdadeiro emaranhado de teia que, aos poucos, vai se desembolando, explorando e mostrando quem de fato é quem no meio de toda a corrupção. Além, claro, dos cliffhangers bem trabalhados e deixados para a próxima temporada.

Com um roteiro tão estável, Black Lightning precisaria de um elenco tão bom quanto e neste quesito a série não peca, e as performances entregues são excelentes. É preciso destacar Nafessa Williams, que dá a vida a personagem Thunder, cuja descoberta dos poderes a leva numa jornada que dá gosto acompanhar. O time formado com o pai, o Black Lightning, resulta sempre num dos melhores momentos de cada episódio. Jennifer Pierce (China Anne McClain), a filha mais nova do herói, também percorre um caminho de descobertas que entrega debates e conflitos excelentes, realísticos mesmo com toda a fantasia de superpoderes.

Christine Adams, é a matriarca da família, Lynn Pierce, e Damon Grupton é o Gordon de Freeland, interpretando Bill Henderson. Duas importantes adições a família da qual acompanhamos a história. Agora é preciso falar sobre Peter Gambi (James Remar) que, vamos combinar, em tudo que ele parece com Alfred Pennyworth, também se distancia. E claro, não posso deixar de citar Marvin ‘Krondon’ Jones III, que vive o vilão Tobias Whale. A interpretação é tão boa, e o desprezo que ele incita no público é tamanho, que a única vontade que se tem é de dar um soco bem dado no meio da fuça do personagem (ou isso é só eu?).

Nos quesitos técnicos, a série acerta na direção, realiza um trabalho coerente com os elementos apresentados. A arte também não erra e cá entre nós, que traje espetacular o da Thunder, não? Gostei mais do que o do Black Lightning. Sorry, Jefferson! Na ficção e na realidade ela tem mais fãs que você. O único problema da produção talvez continue sendo a coreografia de lutas. Aparentemente, é o mesmo grupo que coreografa as outras séries da CW e parece ser algo constante das produções que precisa de ajustes. Resta torcer por uma melhora!

Bom, a criação de Salim Akil e Mara Brock Akil não foge do dever e entrega situações, diálogos e momentos em que trata sobre racismo, preconceito social, sexismo, machismo, entre outros. Afinal, estamos diante de uma produção audiovisual cujo o protagonista é um herói negro, em um bairro majoritariamente de negros, a co-protagonista é uma mulher, heroína, lésbica e negra, e o vilão é um babaca racista cujo objetivo é governar uma cidade que não pertence a ele.

Black Lightning é aquela série que nem a gente sabia que precisava e facilmente ocupa o primeiro lugar no ranking das melhores séries baseadas em personagens da DC Comics no ar atualmente.

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Bom, mas vamos falar da série, certo?! Black Lightning, criada por Salim Akil (The Game) e Mara Brock Akil (Cougar Town), fez uma primeira temporada de tirar o fôlego. Saindo um pouco do eixo, ao qual o público está acostumado, quando se trata das produções de heróis com o selo CW de aprovação, a narrativa aqui toma proporções mais maduras e traz uma história que tem um pouco de investigação policial (mesmo que não oficial), vigilantes, tráfico de drogas, espionagem, conspirações governamentais (ilegais?) e mortes. Honestamente, como uma fã do Batman e de Gotham City, vejo muitas similaridades na história de Jefferson Pierce (Cress Williams) com a de Bruce Wayne. E não, isto não é algo negativo, mas sim acrescenta e muito em trazer um ritmo mais adulto para a trama.

Este primeiro ano da série apresenta bem a história com a qual o telespectador está diante e os personagens que farão parte do todo. O desenrolar do roteiro é coerente, não esquece ninguém no churrasco nenhum personagem, e permite a todos tempo de tela suficiente para que se entenda o histórico de cada um. A narrativa é um verdadeiro emaranhado de teia que, aos poucos, vai se desembolando, explorando e mostrando quem de fato é quem no meio de toda a corrupção. Além, claro, dos cliffhangers bem trabalhados e deixados para a próxima temporada.

Com um roteiro tão estável, Black Lightning precisaria de um elenco tão bom quanto e neste quesito a série não peca, e as performances entregues são excelentes. É preciso destacar Nafessa Williams, que dá a vida a personagem Thunder, cuja descoberta dos poderes a leva numa jornada que dá gosto acompanhar. O time formado com o pai, o Black Lightning, resulta sempre num dos melhores momentos de cada episódio. Jennifer Pierce (China Anne McClain), a filha mais nova do herói, também percorre um caminho de descobertas que entrega debates e conflitos excelentes, realísticos mesmo com toda a fantasia de superpoderes.

Christine Adams, é a matriarca da família, Lynn Pierce, e Damon Grupton é o Gordon de Freeland, interpretando Bill Henderson. Duas importantes adições a família da qual acompanhamos a história. Agora é preciso falar sobre Peter Gambi (James Remar) que, vamos combinar, em tudo que ele parece com Alfred Pennyworth, também se distancia. E claro, não posso deixar de citar Marvin ‘Krondon’ Jones III, que vive o vilão Tobias Whale. A interpretação é tão boa, e o desprezo que ele incita no público é tamanho, que a única vontade que se tem é de dar um soco bem dado no meio da fuça do personagem (ou isso é só eu?).

Nos quesitos técnicos, a série acerta na direção, realiza um trabalho coerente com os elementos apresentados. A arte também não erra e cá entre nós, que traje espetacular o da Thunder, não? Gostei mais do que o do Black Lightning. Sorry, Jefferson! Na ficção e na realidade ela tem mais fãs que você. O único problema da produção talvez continue sendo a coreografia de lutas. Aparentemente, é o mesmo grupo que coreografa as outras séries da CW e parece ser algo constante das produções que precisa de ajustes. Resta torcer por uma melhora!

Bom, a criação de Salim Akil e Mara Brock Akil não foge do dever e entrega situações, diálogos e momentos em que trata sobre racismo, preconceito social, sexismo, machismo, entre outros. Afinal, estamos diante de uma produção audiovisual cujo o protagonista é um herói negro, em um bairro majoritariamente de negros, a co-protagonista é uma mulher, heroína, lésbica e negra, e o vilão é um babaca racista cujo objetivo é governar uma cidade que não pertence a ele.

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