domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Red Rose – Série de TERROR Adolescente Deixa a gente PARANOICO com Possibilidade Real

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As histórias de terror e de suspense geralmente causam maior impacto no público a partir da probabilidade de elas acontecerem de fato com a gente. Afinal, quando os medos são apenas fictícios, a gente consegue virar pro lado e dormir tranquilamente. Mas… e quando o principal ponto do filme é baseado numa ameaça totalmente possível de acontecer nas nossas vidas, como que a gente faz para dormir depois? Essa é a sensação geral após assistir à mais nova série de terror da Netflix, ‘Red Rose’, que, desde sua estreia, tem se mantido no Top 10 da plataforma.



É verão no hemisfério norte. O fim das aulas se aproxima e, com a realização da última prova, agora é só aguardar as notas saírem para saber para qual faculdade ir. Assim, o grupo de amigos de Rochelle (Isis Hainsworth) só quer farrear, porém a menina sente ciúmes de sua melhor amiga, Wren (Amelia Clarkson), que começou a sair com Noah (Harry Redding).  É nesse momento que a jovem recebe uma notificação diferente em seu celular, convidando-a a baixar o aplicativo Red Rose. O que aparentemente seria apenas mais um app de relacionamentos pára ela desabafar seus sentimentos rapidamente se transforma no pior pesadelo de Rochelle, ameaçando sua vida e a de seus amigos. 

Dividido em oito episódios com aproximadamente cinquenta minutos cada, o mote de ‘Red Rose’ constrói um crescente de suspense que parte da descontração juvenil para o típico drama adolescente até, por fim, apresentar sua grande ameaça, que será o ponto de partida para o terror que irá perseguir os personagens ao longo do enredo. Para isso o roteiro de Michael Clarkson e Paul Clarkson (responsáveis pelo sucesso ‘A Maldição da Mansão Bly’)  faz bom uso do espaço dos episódios para construir reviravoltas nos momentos certos (exatamente quando parece que a história vai para o lugar comum e, consequentemente, o espectador perderá o interesse). Não à toa, a primeira mudança ocorre logo ao fim do segundo episódio, deixando claro ao espectador que nem tudo é o que parece, e o mote da série será bem mais complexo do que se podia imaginar.

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A direção compartilhada entre Lisa Siwe, Ramón Salazar e Henry Blake flui com naturalidade, sem deixar parecer a mudança do comando. E mesmo em se tratando de um elenco jovem, a garotada entrega uma atuação convincente para seus personagens, mesmo que ora e outra algumas falas e atitudes soem forçadas ou gratuitas, dependendo do contexto, porém, nada que comprometa a trama.

Em suma, ‘Red Rose’ é uma série que literalmente acende o alerta sobre o perigo das redes sociais e sobre o total controle que a internet tem sobre nossas vidas. Mesmo em se tratando de uma série de terror juvenil, serve também para pais e responsáveis se assustarem com o tamanho do impacto que as redes têm na vida da molecada hoje em dia. Pois nada pior do que a possibilidade real de a ameaça acontecer no nosso cotidiano para tirar o nosso sono por um bom tempo…

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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As histórias de terror e de suspense geralmente causam maior impacto no público a partir da probabilidade de elas acontecerem de fato com a gente. Afinal, quando os medos são apenas fictícios, a gente consegue virar pro lado e dormir tranquilamente. Mas… e quando o principal ponto do filme é baseado numa ameaça totalmente possível de acontecer nas nossas vidas, como que a gente faz para dormir depois? Essa é a sensação geral após assistir à mais nova série de terror da Netflix, ‘Red Rose’, que, desde sua estreia, tem se mantido no Top 10 da plataforma.

É verão no hemisfério norte. O fim das aulas se aproxima e, com a realização da última prova, agora é só aguardar as notas saírem para saber para qual faculdade ir. Assim, o grupo de amigos de Rochelle (Isis Hainsworth) só quer farrear, porém a menina sente ciúmes de sua melhor amiga, Wren (Amelia Clarkson), que começou a sair com Noah (Harry Redding).  É nesse momento que a jovem recebe uma notificação diferente em seu celular, convidando-a a baixar o aplicativo Red Rose. O que aparentemente seria apenas mais um app de relacionamentos pára ela desabafar seus sentimentos rapidamente se transforma no pior pesadelo de Rochelle, ameaçando sua vida e a de seus amigos. 

Dividido em oito episódios com aproximadamente cinquenta minutos cada, o mote de ‘Red Rose’ constrói um crescente de suspense que parte da descontração juvenil para o típico drama adolescente até, por fim, apresentar sua grande ameaça, que será o ponto de partida para o terror que irá perseguir os personagens ao longo do enredo. Para isso o roteiro de Michael Clarkson e Paul Clarkson (responsáveis pelo sucesso ‘A Maldição da Mansão Bly’)  faz bom uso do espaço dos episódios para construir reviravoltas nos momentos certos (exatamente quando parece que a história vai para o lugar comum e, consequentemente, o espectador perderá o interesse). Não à toa, a primeira mudança ocorre logo ao fim do segundo episódio, deixando claro ao espectador que nem tudo é o que parece, e o mote da série será bem mais complexo do que se podia imaginar.

A direção compartilhada entre Lisa Siwe, Ramón Salazar e Henry Blake flui com naturalidade, sem deixar parecer a mudança do comando. E mesmo em se tratando de um elenco jovem, a garotada entrega uma atuação convincente para seus personagens, mesmo que ora e outra algumas falas e atitudes soem forçadas ou gratuitas, dependendo do contexto, porém, nada que comprometa a trama.

Em suma, ‘Red Rose’ é uma série que literalmente acende o alerta sobre o perigo das redes sociais e sobre o total controle que a internet tem sobre nossas vidas. Mesmo em se tratando de uma série de terror juvenil, serve também para pais e responsáveis se assustarem com o tamanho do impacto que as redes têm na vida da molecada hoje em dia. Pois nada pior do que a possibilidade real de a ameaça acontecer no nosso cotidiano para tirar o nosso sono por um bom tempo…

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Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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