segunda-feira , 4 novembro , 2024

Crítica | Respire!: Melissa Barrera luta por sua sobrevivência em ótima minissérie original da Netflix

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Em meio à exuberância da floresta canadense, Liv é a única e desesperada sobrevivente de um acidente de avião, submetida às condições mais extremas possíveis. E após uma vida inteira entregue à apatia e à mais profunda solidão, ela logo descobrirá que o silêncio de uma mata fechada de fato será o responsável por dar voz aos seus mais ensurdecedores traumas e medos.

Como uma metáfora sobre a vida e sobre o inexorável anseio humano por sobrevivência em condições adversas, Respire! se desabrocha diante da audiência também na forma de uma simbólica analogia sobre recomeços. Diante da iminente morte, o desejo pela vida nunca pareceu tão necessário e fundamental para a protagonista, vivida por Melissa Barrera (Pânico e Em um Bairro de Nova York). E aqui, Brendan Gall e Martin Gerro nos convidam para uma intimista epifania pelas experiências passadas de Liv, que de uma forma ou outra a trouxeram para o seu fatídico e isolado destino.

Ao longo de seis episódios de pouco mais de 30 minutos de duração, vivenciamos a auto descoberta de uma mulher que, embora não suportasse sua vida, agora luta para salvar o pouco que lhe resta. E de maneira catártica e delicada, somos tomados pelas angústias de Liv, absorvemos seu sofrimento e passamos a nos identificar com os mesmo fantasmas que por anos lhe perseguiram. Entre reflexos da síndrome de abandono e as consequências de um lar desfeito, a protagonista é um retrato de filhos reais, machucados por famílias desestruturadas e irresponsáveis.

E sob uma fotografia linda, Respire! consegue ser uma experiência sinestésica, ainda que tenha suas falhas. Com Melissa Barrera totalmente entregue em sua performance, a minissérie se transforma em uma avalanche catastrófica que a leva aos extremos psicoemocionais e físicos, fazendo com que a trama constantemente escalone diante dos nossos olhos, a partir de uma narrativa dinâmica e evolutiva – construída entre a linearidade dos fatos e flashbacks não lineares.

Intensificando a tensão já nos dois últimos capítulos, a original Netflix (adquirida da Warner Bros.) não é essencialmente inovadora em sua premissa e se apoia indiretamente em sucessos como Na Natureza Selvagem, Náufrago e Livre. Mas ainda assim, a combinação entre a poderosa performance de Barrera e a perspicaz direção – que destaca a atmosfera bucólica da floresta canadense com toda sua fúria e riqueza, tornam Respire! em uma aventura que, de um jeito ou de outro, consegue nos tirar o fôlego.

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Como uma metáfora sobre a vida e sobre o inexorável anseio humano por sobrevivência em condições adversas, Respire! se desabrocha diante da audiência também na forma de uma simbólica analogia sobre recomeços. Diante da iminente morte, o desejo pela vida nunca pareceu tão necessário e fundamental para a protagonista, vivida por Melissa Barrera (Pânico e Em um Bairro de Nova York). E aqui, Brendan Gall e Martin Gerro nos convidam para uma intimista epifania pelas experiências passadas de Liv, que de uma forma ou outra a trouxeram para o seu fatídico e isolado destino.

Ao longo de seis episódios de pouco mais de 30 minutos de duração, vivenciamos a auto descoberta de uma mulher que, embora não suportasse sua vida, agora luta para salvar o pouco que lhe resta. E de maneira catártica e delicada, somos tomados pelas angústias de Liv, absorvemos seu sofrimento e passamos a nos identificar com os mesmo fantasmas que por anos lhe perseguiram. Entre reflexos da síndrome de abandono e as consequências de um lar desfeito, a protagonista é um retrato de filhos reais, machucados por famílias desestruturadas e irresponsáveis.

E sob uma fotografia linda, Respire! consegue ser uma experiência sinestésica, ainda que tenha suas falhas. Com Melissa Barrera totalmente entregue em sua performance, a minissérie se transforma em uma avalanche catastrófica que a leva aos extremos psicoemocionais e físicos, fazendo com que a trama constantemente escalone diante dos nossos olhos, a partir de uma narrativa dinâmica e evolutiva – construída entre a linearidade dos fatos e flashbacks não lineares.

Intensificando a tensão já nos dois últimos capítulos, a original Netflix (adquirida da Warner Bros.) não é essencialmente inovadora em sua premissa e se apoia indiretamente em sucessos como Na Natureza Selvagem, Náufrago e Livre. Mas ainda assim, a combinação entre a poderosa performance de Barrera e a perspicaz direção – que destaca a atmosfera bucólica da floresta canadense com toda sua fúria e riqueza, tornam Respire! em uma aventura que, de um jeito ou de outro, consegue nos tirar o fôlego.

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