sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Reunião de Família: Parte 1 – Comédia com boa intenção peca no desenvolvimento

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Quando o assunto são as produções audiovisuais é fato que as mesmas precisam acompanhar o ritmo do que acontece dentro da sociedade. Não adianta criar produtos com uma qualidade técnicas absurda, mas que estão fora do eixo no quesito roteiro. Dentro das comédias não é diferente, os scripts se atualizaram e hoje são construídas histórias que buscam fazer um humor que esteja dentro do espectro necessário.

Reunião de Família é uma produção original Netflix criada por Meg DeLoatch (Family Matters) e conta a história da família McKellan. Após um evento que reuniu toda a família, eles decidem se mudar de vez de Seattle para a Georgia, pois desta forma ficarão mais próximos. A sacada é esta transição: a estrutura do “peixe fora d´água”.



O roteiro possui uma construção com boas intenções de abordar uma comédia conscientizada, ainda mais se levarmos em conta que estamos tratando de uma família de negros e um dos temas predominantes é a luta dessas pessoas por direitos e tratamento igualitário. Ademais, a trama sempre busca trazer este cunho histórico para a tela e tratar sobre isso dosando humor e seriedade.

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Entretanto, apesar de ter este propósito positivo, a produção peca na hora de passar tais aspectos para a tela, pois os personagens que compõem Reunião de Família são, em sua maioria, sem graça. Apesar de conquistarem no carisma, na hora de cumprir o propósito que é fazer rir, eles pecam sem dó nem piedade. É um caminho sem volta, só vai ladeira abaixo cada vez mais. A tentativa frustrada de fazer o público rir é a sua grande falha, ainda mais por se tratar de uma série de humor.

Os pais protagonistas, Moz (Anthony Alabi) e Cocoa McKellan (Tia Mowry-Hardrict), apesar de possuírem potencial de conquistar o espectador, são sem graça e por vezes até mesmo forçados. Enquanto a filha, Jade McKellan (Talia Jackson), só contribui nos debates que se insere dentro do ciclo escolar, pois fora disso, a jovem não possui carisma e dificilmente fará alguém rir nas cenas que participa. O traço humorístico fica por conta das crianças: Shaka (Isaiah Russell-Bailey), Mazzi (Cameron J. Wright) e Ami (Jordyn Raya James), os três conseguem cair nas graças de quem assiste, além de serem os que participam dos momentos que realmente fazem rir na produção.

Além deles, Elvis (Lance Alexander), amigo dos meninos, também arranca algumas risadas. M’Dear (Loretta Devine), a mãe de Moz e avó dos pequenos McKellan, é o verdadeiro meio termo: em algumas cenas consegue arrancar gargalhadas, em outras não passa do típico personagem que já foi visto em algum lugar. Um ponto bastante incômodo está no fato de que Richard Roundtree, que interpreta o Avô, simplesmente desaparece dos últimos episódios sem explicação alguma.

No quesito técnico, a trama faz o que pode com o roteiro que possui. Não foge do padrão sitcom com plateia e possui uma trilha sonora não muito marcante. Um detalhe intrigante é que em todo final de capítulo, eles o dedicam a alguém, mas o erro se encontra em não explicar quem são essas pessoas, afinal, nem todos possuem conhecimento sobre quem são os homenageados.

No geral, Reunião de Família é uma comédia mediana com aspectos positivos que poderiam fazer da mesma algo muito maior e melhor. Apesar de possuir uma boa história, com detalhes interessantes, ela peca na hora de desenvolver personagens que realmente façam o público rir.

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Crítica | Reunião de Família: Parte 1 – Comédia com boa intenção peca no desenvolvimento

Quando o assunto são as produções audiovisuais é fato que as mesmas precisam acompanhar o ritmo do que acontece dentro da sociedade. Não adianta criar produtos com uma qualidade técnicas absurda, mas que estão fora do eixo no quesito roteiro. Dentro das comédias não é diferente, os scripts se atualizaram e hoje são construídas histórias que buscam fazer um humor que esteja dentro do espectro necessário.

Reunião de Família é uma produção original Netflix criada por Meg DeLoatch (Family Matters) e conta a história da família McKellan. Após um evento que reuniu toda a família, eles decidem se mudar de vez de Seattle para a Georgia, pois desta forma ficarão mais próximos. A sacada é esta transição: a estrutura do “peixe fora d´água”.

O roteiro possui uma construção com boas intenções de abordar uma comédia conscientizada, ainda mais se levarmos em conta que estamos tratando de uma família de negros e um dos temas predominantes é a luta dessas pessoas por direitos e tratamento igualitário. Ademais, a trama sempre busca trazer este cunho histórico para a tela e tratar sobre isso dosando humor e seriedade.

Entretanto, apesar de ter este propósito positivo, a produção peca na hora de passar tais aspectos para a tela, pois os personagens que compõem Reunião de Família são, em sua maioria, sem graça. Apesar de conquistarem no carisma, na hora de cumprir o propósito que é fazer rir, eles pecam sem dó nem piedade. É um caminho sem volta, só vai ladeira abaixo cada vez mais. A tentativa frustrada de fazer o público rir é a sua grande falha, ainda mais por se tratar de uma série de humor.

Os pais protagonistas, Moz (Anthony Alabi) e Cocoa McKellan (Tia Mowry-Hardrict), apesar de possuírem potencial de conquistar o espectador, são sem graça e por vezes até mesmo forçados. Enquanto a filha, Jade McKellan (Talia Jackson), só contribui nos debates que se insere dentro do ciclo escolar, pois fora disso, a jovem não possui carisma e dificilmente fará alguém rir nas cenas que participa. O traço humorístico fica por conta das crianças: Shaka (Isaiah Russell-Bailey), Mazzi (Cameron J. Wright) e Ami (Jordyn Raya James), os três conseguem cair nas graças de quem assiste, além de serem os que participam dos momentos que realmente fazem rir na produção.

Além deles, Elvis (Lance Alexander), amigo dos meninos, também arranca algumas risadas. M’Dear (Loretta Devine), a mãe de Moz e avó dos pequenos McKellan, é o verdadeiro meio termo: em algumas cenas consegue arrancar gargalhadas, em outras não passa do típico personagem que já foi visto em algum lugar. Um ponto bastante incômodo está no fato de que Richard Roundtree, que interpreta o Avô, simplesmente desaparece dos últimos episódios sem explicação alguma.

No quesito técnico, a trama faz o que pode com o roteiro que possui. Não foge do padrão sitcom com plateia e possui uma trilha sonora não muito marcante. Um detalhe intrigante é que em todo final de capítulo, eles o dedicam a alguém, mas o erro se encontra em não explicar quem são essas pessoas, afinal, nem todos possuem conhecimento sobre quem são os homenageados.

No geral, Reunião de Família é uma comédia mediana com aspectos positivos que poderiam fazer da mesma algo muito maior e melhor. Apesar de possuir uma boa história, com detalhes interessantes, ela peca na hora de desenvolver personagens que realmente façam o público rir.

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