quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Rosalina faz paródia de Romeu e Julieta e conta a hilária história da ex-namorada que nunca conhecemos

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Referência universal de um amor verdadeiro que transcende o tempo e o espaço, Romeu e Julieta dispensa apresentações. A icônica peça de William Shakespeare imortalizou a temática do romance fadado ao sofrimento, ao trazer dois apaixonados que se sacrificaram para que pudessem ter uma chance de viver juntos. Mas antes de Romeu arder de desejo por Julieta, existiu também Rosalina, seu primeiro amor. Citada brevemente nos escritos originais, ela foi aquela que pouco ouvimos falar, mas que de um jeito ou de outro marcou o coração do inveterado romântico. E pelas lentes da cineasta Karen Maine, a ex esquecida migra para os holofotes em uma divertida paródia sobre a busca pelo amor verdadeiro em meio a uma bela fossa.



Baseado no popular livro When You Were Mine, de Rebecca Seller, Rosalina é uma extensão impressionante de uma catarse metalinguística. Enquanto a obra escrita apresenta Rosalina e Romeu e Julieta pela ótica da juventude contemporânea a partir de uma perspectiva mais dramática, os roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber se inspiram na essência desenvolvida por Seller para subvertê-la em um tom cômico. Fazendo daquela clássica experiência da ex-namorada que não supera a fossa e nem o boy em um hilário ensaio sobre uma jovem que reconhece o que é o amor verdadeiro, o longa transforma o casal mais sofrido da história da cultura POP em uma comédia romântica sobre auto descoberta e amadurecimento – à medida em que homenageia e faz reverência à peça original.

Com um humor sarcástico e leve, o longa de Karen Maine tem um timing impecável para a comédia e relata o conto de Romeu, Julieta e da ex Rosalina sob a mesma Verona dos tempos de outrora, mas deixando de fora o inglês rebuscado de meados do século XVI. Com diálogos que fazem referência direta aos escritos de Shakespeare a partir de um idioma moderno, Rosalina ainda consegue ser metalinguístico em sua própria estrutura de roteiro e faz divertidas paródias do icônico dramaturgo e de sua veia dramática para contos extravagantes sobre amor, luta e vingança, sem desrespeitar seu impressionante histórico que ainda impacta todas as esferas artísticas ao redor do mundo.

Trazendo um elenco primoroso que dita o ritmo das sacadas cômicas, a releitura de Shakespeare traz Kaitlyn Dever, Isabela Merced, Kyle Allen e Sean Teale como os protagonistas, em performances divertidas que tornam o humor do roteiro ainda mais afiado. Revigorante e dinâmica, a produção consegue trazer um frescor autêntico para a aclamada peça de Shakespeare, abrangendo um público vasto com uma censura baixa que em nada prejudica a qualidade de sua comédia. Otimista e livre das pressões da militância – seja ela qual for -, Rosalina energiza o gênero de comédia romântica com uma trama que transcende os maneirismos e caricaturas marcadas do formato, honrando a criatividade poética de um dos maiores dramaturgos que já pisou nesta Terra.

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Baseado no popular livro When You Were Mine, de Rebecca Seller, Rosalina é uma extensão impressionante de uma catarse metalinguística. Enquanto a obra escrita apresenta Rosalina e Romeu e Julieta pela ótica da juventude contemporânea a partir de uma perspectiva mais dramática, os roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber se inspiram na essência desenvolvida por Seller para subvertê-la em um tom cômico. Fazendo daquela clássica experiência da ex-namorada que não supera a fossa e nem o boy em um hilário ensaio sobre uma jovem que reconhece o que é o amor verdadeiro, o longa transforma o casal mais sofrido da história da cultura POP em uma comédia romântica sobre auto descoberta e amadurecimento – à medida em que homenageia e faz reverência à peça original.

Com um humor sarcástico e leve, o longa de Karen Maine tem um timing impecável para a comédia e relata o conto de Romeu, Julieta e da ex Rosalina sob a mesma Verona dos tempos de outrora, mas deixando de fora o inglês rebuscado de meados do século XVI. Com diálogos que fazem referência direta aos escritos de Shakespeare a partir de um idioma moderno, Rosalina ainda consegue ser metalinguístico em sua própria estrutura de roteiro e faz divertidas paródias do icônico dramaturgo e de sua veia dramática para contos extravagantes sobre amor, luta e vingança, sem desrespeitar seu impressionante histórico que ainda impacta todas as esferas artísticas ao redor do mundo.

Trazendo um elenco primoroso que dita o ritmo das sacadas cômicas, a releitura de Shakespeare traz Kaitlyn Dever, Isabela Merced, Kyle Allen e Sean Teale como os protagonistas, em performances divertidas que tornam o humor do roteiro ainda mais afiado. Revigorante e dinâmica, a produção consegue trazer um frescor autêntico para a aclamada peça de Shakespeare, abrangendo um público vasto com uma censura baixa que em nada prejudica a qualidade de sua comédia. Otimista e livre das pressões da militância – seja ela qual for -, Rosalina energiza o gênero de comédia romântica com uma trama que transcende os maneirismos e caricaturas marcadas do formato, honrando a criatividade poética de um dos maiores dramaturgos que já pisou nesta Terra.

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