domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Samaritano: Primeiro super-herói de Stallone é sofrido, mas tem boas intenções

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É inegável que o público ama uma boa história de redenção. E quando acompanhada pela clássica jornada do herói, ela se torna ainda mais cativante. Nos últimos anos, Sylvester Stallone tem se apoiado exatamente nessa premissa em seus projetos, tentando convidar a audiência para uma reflexiva conversa sobre a dualidade existente no caráter humano – o famigerado confronto entre o bem e o mal e o complexo de solidão de um homem calejado pelo passado. Samaritano mira exatamente nessa sensibilidade, no desejo de humanizar figuras heróicas sobrenaturais. Mas ainda que o longa dirigido por Julius Avery tenha boas intenções, ele padece por ser blasé demais. Com um roteiro que poderia ter sido escrito em um guardanapo e com a profundidade de um pires, o filme é uma bela promessa não cumprida.



E Stallone tenta. Exalando seu imbatível carisma de brucutu, ele entrega o serviço e se diverte por viver um reciclado de tantos outros personagens seus. Sua dinâmica com Javon Walton nos convida para a história e tenta nos aproximar de ambos a partir de sua conexão paternal, mas o roteiro de Bragi F. Schut não contribui. Fraco e cheio de buracos, Samaritano é uma visão sentimental incompleta de um super-herói às avessas. Com frases de efeito que parecem navegar em um mar de cenas um tanto aleatórias, a produção se escora na fatigada premissa da redenção, mas sem acrescentar o tempero necessário para nos manter investidos na história.

Formulaico e com reflexões piegas e já vistas em dezenas de filmes anteriores, Samaritano tenta se comunicar com a audiência ao tocar em um ponto em comum, mas nunca vai adiante para nos convencer. Trazendo vilões com motivações vazias e genéricas, o longa parece ter sido feito apenas para honrar o desejo de Sly viver seu primeiro super-herói nos cinemas, entregando um resultado mediano, repetitivo e decepcionante. Com efeitos visuais fraquíssimos e mal executados, o clímax do filme nos deixa à deriva. E ainda que as coreografias das cenas de luta sejam realistas e empolgantes, a falta de capricho na mesa de edição torna a produção uma experiência exaustiva. Ficamos à espera de algo que nunca chega.

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Com uma montagem mal feita e bem picotada, o filme é cheio de recortes em seu arcos, deixando o resultado final estranho, mesmo diante de uma trama tão simples. Com buracos no roteiro, muitas pontas soltas e falta de contexto, Samaritano poderia ser muito melhor, poderia se aproveitar dos clichês do gênero heróico para construir seu próprio universo e poderia expandir sua profundidade na relação familiar gerada entre os protagonistas. Mas preferindo ficar no óbvio, o filme acaba sendo um compilado de estereótipos em meio às cenas de ação.

Mas ainda assim, é inegável que Stallone sempre nos atrai para perto, mesmo em seus piores filmes. Sua longa história de amor com o público brasileiro – a partir dos seus clássicos tão reprisados na Sessão da Tarde -, o tornaram um queridinho. E por isso o original da Amazon Prime Video não é uma aventura totalmente perdida. Com sua essência no lugar certo e com uma excelente dinâmica entre Sly e Javon, o filme consegue entregar o mínimo viável e pode facilmente agradar os fãs de ação e, principalmente, do ator. Com muita pancadaria e pouco sangue, Samaritano definitivamente não é aquele super-herói que esperávamos do nosso icônico brucutu…Mas bem ou mal, é o que tem pra hoje.

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É inegável que o público ama uma boa história de redenção. E quando acompanhada pela clássica jornada do herói, ela se torna ainda mais cativante. Nos últimos anos, Sylvester Stallone tem se apoiado exatamente nessa premissa em seus projetos, tentando convidar a audiência para uma reflexiva conversa sobre a dualidade existente no caráter humano – o famigerado confronto entre o bem e o mal e o complexo de solidão de um homem calejado pelo passado. Samaritano mira exatamente nessa sensibilidade, no desejo de humanizar figuras heróicas sobrenaturais. Mas ainda que o longa dirigido por Julius Avery tenha boas intenções, ele padece por ser blasé demais. Com um roteiro que poderia ter sido escrito em um guardanapo e com a profundidade de um pires, o filme é uma bela promessa não cumprida.

E Stallone tenta. Exalando seu imbatível carisma de brucutu, ele entrega o serviço e se diverte por viver um reciclado de tantos outros personagens seus. Sua dinâmica com Javon Walton nos convida para a história e tenta nos aproximar de ambos a partir de sua conexão paternal, mas o roteiro de Bragi F. Schut não contribui. Fraco e cheio de buracos, Samaritano é uma visão sentimental incompleta de um super-herói às avessas. Com frases de efeito que parecem navegar em um mar de cenas um tanto aleatórias, a produção se escora na fatigada premissa da redenção, mas sem acrescentar o tempero necessário para nos manter investidos na história.

Formulaico e com reflexões piegas e já vistas em dezenas de filmes anteriores, Samaritano tenta se comunicar com a audiência ao tocar em um ponto em comum, mas nunca vai adiante para nos convencer. Trazendo vilões com motivações vazias e genéricas, o longa parece ter sido feito apenas para honrar o desejo de Sly viver seu primeiro super-herói nos cinemas, entregando um resultado mediano, repetitivo e decepcionante. Com efeitos visuais fraquíssimos e mal executados, o clímax do filme nos deixa à deriva. E ainda que as coreografias das cenas de luta sejam realistas e empolgantes, a falta de capricho na mesa de edição torna a produção uma experiência exaustiva. Ficamos à espera de algo que nunca chega.

Com uma montagem mal feita e bem picotada, o filme é cheio de recortes em seu arcos, deixando o resultado final estranho, mesmo diante de uma trama tão simples. Com buracos no roteiro, muitas pontas soltas e falta de contexto, Samaritano poderia ser muito melhor, poderia se aproveitar dos clichês do gênero heróico para construir seu próprio universo e poderia expandir sua profundidade na relação familiar gerada entre os protagonistas. Mas preferindo ficar no óbvio, o filme acaba sendo um compilado de estereótipos em meio às cenas de ação.

Mas ainda assim, é inegável que Stallone sempre nos atrai para perto, mesmo em seus piores filmes. Sua longa história de amor com o público brasileiro – a partir dos seus clássicos tão reprisados na Sessão da Tarde -, o tornaram um queridinho. E por isso o original da Amazon Prime Video não é uma aventura totalmente perdida. Com sua essência no lugar certo e com uma excelente dinâmica entre Sly e Javon, o filme consegue entregar o mínimo viável e pode facilmente agradar os fãs de ação e, principalmente, do ator. Com muita pancadaria e pouco sangue, Samaritano definitivamente não é aquele super-herói que esperávamos do nosso icônico brucutu…Mas bem ou mal, é o que tem pra hoje.

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