domingo, abril 28, 2024

Crítica | Show de Rihanna no Super Bowl LVII é um sólido espetáculo, mas deixa um gostinho de quero mais

Rihanna é uma das artistas mais icônicas de todos os tempos e se consagrou como uma visionária de sua própria maneira. Não é surpresa que, além do aclame crítico, sua carreira trouxe aos fãs uma série de hits contínuos e uma capacidade de criar mágica dentro de um cenário fonográfico em constante reciclagem.

Depois de sete anos desde sua última incursão solo (se não considerarmos a música original de ‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’“Lift Me Up”), a performer voltou aos palcos para se apresentar em um dos eventos mais aguardados do ano – o Super Bowl -, dominando o show do intervalo com um pout-pourri de seus maiores sucessos. E, apesar do frustrante gostinho de quero mais, Rihanna entregou uma apresentação sólida que deve saciar os fãs por mais alguns meses até o suposto lançamento de seu próximo álbum de estúdio.

Flutuando uma plataforma no centro do estádio, a artista insurge em um belíssimo traje vermelho-berrante, acompanhada de um corpo de baile espetacular que pincela o palco em forma de cruza. Passeando pela divertida “Bitch Better Have My Money”, ela mostra que seus vocais ainda permanecem poderosos – ainda que ofuscados por um uso cansativo de playback, que inclusive tira um pouco de força da cantora. Depois disso, a majestosa estrutura se transmuta para que Rihanna apresente canções como “Only Girl”“Rude Boy”, “Work”“Umbrella” e tantas outras que permanecem urgindo das playlists dos fãs – além de transformar os conhecidos arranjos sonoros em uma miscelânea de gêneros diferentes.

É notável que Rihanna está se divertindo, à medida que navega pelo mar de aplausos que se apodera do estádio; mas é impossível deixar de comentar que ela parece meio acuada, perdendo-se aqui e ali em meio aos dançarinos que usurpam os holofotes com coreografias impecáveis e uma fluidez envolvente. Não se enganem: nossos olhos procuram por Rihanna; mas isso não significa que um pouquinho mais de centelha viria a calhar em certos momentos. De qualquer forma, é preciso reiterar a decisão certeira de se apresentar sem atos convidados e garantir sua supremacia no mundo do entretenimento.

Outro aspecto a ser comentado é o já mencionado palco – simples o suficiente para não tornar o show muito poluído, e prático em todos os seus aspectos, fornecendo um movimento bem delineado que dialoga com as explosivas iterações.

À medida que nos aproximamos do grand finale, Rihanna se reencontra com o microfone ao alçar voo mais uma vez, encabeçando o hit “Diamonds” e sendo iluminada pelos fogos de artifício. E, à medida que a música chega ao fim, a performer constrói uma narrativa com começo, meio e fim que, apesar de poder ter sido muito melhor, é aprazível o suficiente.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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