domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Sing 2 – Continuação do sucesso traz entretenimento suave para a criançada em filme mediano

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Cinco anos atrás, em 2016, quando o primeiro filme de ‘Sing’ foi lançado, ele encantou o público infantil e adulto por trazer uma história agradável de bichinhos que queriam ser cantores mas cujos sonhos ficavam tímidos diante da possibilidade de se exporem ao mundo – algo com que muita gente se relaciona. Não foi difícil, portanto, imaginar que uma continuação da franquia estivesse nos planos da Universal Pictures, e agora, no início de 2022, o público brasileiro irá conhecer o aguardado ‘Sing 2’, que abre a temporada de férias da garotada nos cinemas.



Após o sucesso do show de talentos criado por Buster Moon (na voz original de Matthew McConaughey) o coala empresário vem produzindo peças de teatro musicadas para atrair o público, e até tem conseguido agradar o povo. Acontece que ele, ambicioso que é, quer mais, muito mais. Então, quando vê o anúncio de que a rádio mais famosa do país está em busca de um cantor ou grupo para montar um musical na Las Vegas fictícia, Buster Moon faz com que toda a trupe embarque nesse sonho, certo de que conseguirá a vaga facilmente. Porém, ao conhecer o dono da empresa, Jimmy Crystal (Bobby Cannavale, dublado por Sergio Marone) – que insiste que sua filha, Porsha (Halsey, dublada por Lexa) participe da produção –, o Sr. Moon se dá conta de que talento não é a única coisa que interessa para as grandes empresas, e, para fazer seu sonho dar certo, ele prometerá conseguir a participação de Calloway (Bono Vox, dublado por Paulo Ricardo) no seu projeto, mesmo que o leão esteja afastado dos palcos há muitos anos.

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Escrito e dirigido por Garth Jennings (que também foi responsável pelo primeiro filme), um dos principais pontos do novo ‘Sing 2’ foi não só trazer novamente os mesmos personagens queridos da produção anterior (e, aqui no Brasil, o mesmo time de dubladores, que inclui Fiuk, Sandy e Wanessa) mas também inserir novos bichinhos (que trouxe Fabio Jr. e Any Gabrielly para o time de dublagem). Apesar de reunir grandes cantores, falta exatamente uma boa canção chiclete em ‘Sing 2’ para o público sair cantando. Ainda que tenha trazido algumas canções conhecidinhas na primeira parte do longa (incluindo a queridinha da vez, Billie Eilish), do segundo para o terceiro arco a trilha sonora fica morna, de modo que no ápice da apresentação dos bichanos, o público não se conecta com o que ouve.

Com uma história menos animada, ‘Sing 2’ traz um entretenimento suave para a criançada, de maneira bem menos profunda que seu antecessor. O sonho foi realizado no primeiro, e, agora, os talentos descobrem que a indústria da música e do entretenimento não é todo esse glamour que aparece nos holofotes. Nesse cenário, quem rouba a cena mesmo são os coadjuvantes, tanto os novos quanto os antigos, que realmente agradam e arrancam sorrisos do público. ‘Sing 2’ é um filme legal para passar a tarde no ar-condicionado do cinema, mas não cria vínculo com o espectador.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Crítica | Sing 2 – Continuação do sucesso traz entretenimento suave para a criançada em filme mediano

Cinco anos atrás, em 2016, quando o primeiro filme de ‘Sing’ foi lançado, ele encantou o público infantil e adulto por trazer uma história agradável de bichinhos que queriam ser cantores mas cujos sonhos ficavam tímidos diante da possibilidade de se exporem ao mundo – algo com que muita gente se relaciona. Não foi difícil, portanto, imaginar que uma continuação da franquia estivesse nos planos da Universal Pictures, e agora, no início de 2022, o público brasileiro irá conhecer o aguardado ‘Sing 2’, que abre a temporada de férias da garotada nos cinemas.

Após o sucesso do show de talentos criado por Buster Moon (na voz original de Matthew McConaughey) o coala empresário vem produzindo peças de teatro musicadas para atrair o público, e até tem conseguido agradar o povo. Acontece que ele, ambicioso que é, quer mais, muito mais. Então, quando vê o anúncio de que a rádio mais famosa do país está em busca de um cantor ou grupo para montar um musical na Las Vegas fictícia, Buster Moon faz com que toda a trupe embarque nesse sonho, certo de que conseguirá a vaga facilmente. Porém, ao conhecer o dono da empresa, Jimmy Crystal (Bobby Cannavale, dublado por Sergio Marone) – que insiste que sua filha, Porsha (Halsey, dublada por Lexa) participe da produção –, o Sr. Moon se dá conta de que talento não é a única coisa que interessa para as grandes empresas, e, para fazer seu sonho dar certo, ele prometerá conseguir a participação de Calloway (Bono Vox, dublado por Paulo Ricardo) no seu projeto, mesmo que o leão esteja afastado dos palcos há muitos anos.

Escrito e dirigido por Garth Jennings (que também foi responsável pelo primeiro filme), um dos principais pontos do novo ‘Sing 2’ foi não só trazer novamente os mesmos personagens queridos da produção anterior (e, aqui no Brasil, o mesmo time de dubladores, que inclui Fiuk, Sandy e Wanessa) mas também inserir novos bichinhos (que trouxe Fabio Jr. e Any Gabrielly para o time de dublagem). Apesar de reunir grandes cantores, falta exatamente uma boa canção chiclete em ‘Sing 2’ para o público sair cantando. Ainda que tenha trazido algumas canções conhecidinhas na primeira parte do longa (incluindo a queridinha da vez, Billie Eilish), do segundo para o terceiro arco a trilha sonora fica morna, de modo que no ápice da apresentação dos bichanos, o público não se conecta com o que ouve.

Com uma história menos animada, ‘Sing 2’ traz um entretenimento suave para a criançada, de maneira bem menos profunda que seu antecessor. O sonho foi realizado no primeiro, e, agora, os talentos descobrem que a indústria da música e do entretenimento não é todo esse glamour que aparece nos holofotes. Nesse cenário, quem rouba a cena mesmo são os coadjuvantes, tanto os novos quanto os antigos, que realmente agradam e arrancam sorrisos do público. ‘Sing 2’ é um filme legal para passar a tarde no ar-condicionado do cinema, mas não cria vínculo com o espectador.

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