quarta-feira , 18 dezembro , 2024

Crítica | Sniper Americano

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O patriotismo parte diante da ignorância da maioria. O bom e velho Clint Eastwood, que já passou dos 80, volta às telonas do mundo, dessa vez para conduzir um filme de ação baseado numa história real de um ex-soldado norte-americano. Protagonizado e produzido por Bradley Cooper e recentemente indicado a seis Oscars, o longa-metragem Sniper Americano é o tipo de filme que os americanos adoram, que a academia que vota na seleção do Oscar adora mas que sempre deixa a desejar aos olhos atentos de muitos cinéfilos. Cooper não faz o suficiente para merecer sua indicação na categoria Melhor Ator em um filme que é igual a muitos com o mesmo tema.

Na trama, conhecemos o atirador de elite do exército norte-americano Chris Kyle (Bradley Cooper), um texano de origem humilde que por volta dos 30 anos resolve abandonar a vida de cowboy e ingressar nas forças armadas norte-americanas. Enviado para uma das maiores zonas de conflitos que o mundo já viu nesse e no último século, Kyle conseguiu virar uma lenda, assassinando mais de 100 pessoas nos combates em que marcou presença. Obviamente, sua vida familiar sofre um grande tormento cada uma das quatro vezes que vai e volta da guerra.



O roteiro, escrito por Jason Hall, baseado em um livro que conta detalhadamente as situações vividas por Chris Kyle na zona de conflito, possui diversos arcos: situações extremas nas batalhas travadas por Kyle, as consequências psicológicas que atingem o protagonista após ver tanta tragédia mas definitivamente a sua relação familiar é a parte mais interessante e onde todos em cena conseguem elevar seus personagens. Sienna Miller, dessa vez morena, é o grande destaque. Sua personagem Taya, mulher de Kyle, é um termômetro importante para o espectador, suas cenas de desespero em querer que o marido largue o exército e volte a ser um pai presente emocionam profundamente. É difícil entender porque todos os holofotes das premiações se voltaram para Bradley Cooper e não para Sienna Miller, o primeiro tem um bom desempenho, apenas, nada demais, muitos outros atores poderiam ter feito igual ou melhor que Cooper.

De qualquer maneira, um fato que devemos louvar é o desejo e empenho de Clint de ainda querer trabalhar com cinema. A cena da tempestade de areia é brilhantemente bem conduzida, impressiona, você não consegue tirar os olhos da telona. Com altos e baixos, Sniper Americano estreia no Brasil muito em breve e você terá a chance de tirar suas próprias conclusões sobre esse trabalho apenas mediano.

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Crítica | Sniper Americano

O patriotismo parte diante da ignorância da maioria. O bom e velho Clint Eastwood, que já passou dos 80, volta às telonas do mundo, dessa vez para conduzir um filme de ação baseado numa história real de um ex-soldado norte-americano. Protagonizado e produzido por Bradley Cooper e recentemente indicado a seis Oscars, o longa-metragem Sniper Americano é o tipo de filme que os americanos adoram, que a academia que vota na seleção do Oscar adora mas que sempre deixa a desejar aos olhos atentos de muitos cinéfilos. Cooper não faz o suficiente para merecer sua indicação na categoria Melhor Ator em um filme que é igual a muitos com o mesmo tema.

Na trama, conhecemos o atirador de elite do exército norte-americano Chris Kyle (Bradley Cooper), um texano de origem humilde que por volta dos 30 anos resolve abandonar a vida de cowboy e ingressar nas forças armadas norte-americanas. Enviado para uma das maiores zonas de conflitos que o mundo já viu nesse e no último século, Kyle conseguiu virar uma lenda, assassinando mais de 100 pessoas nos combates em que marcou presença. Obviamente, sua vida familiar sofre um grande tormento cada uma das quatro vezes que vai e volta da guerra.

O roteiro, escrito por Jason Hall, baseado em um livro que conta detalhadamente as situações vividas por Chris Kyle na zona de conflito, possui diversos arcos: situações extremas nas batalhas travadas por Kyle, as consequências psicológicas que atingem o protagonista após ver tanta tragédia mas definitivamente a sua relação familiar é a parte mais interessante e onde todos em cena conseguem elevar seus personagens. Sienna Miller, dessa vez morena, é o grande destaque. Sua personagem Taya, mulher de Kyle, é um termômetro importante para o espectador, suas cenas de desespero em querer que o marido largue o exército e volte a ser um pai presente emocionam profundamente. É difícil entender porque todos os holofotes das premiações se voltaram para Bradley Cooper e não para Sienna Miller, o primeiro tem um bom desempenho, apenas, nada demais, muitos outros atores poderiam ter feito igual ou melhor que Cooper.

De qualquer maneira, um fato que devemos louvar é o desejo e empenho de Clint de ainda querer trabalhar com cinema. A cena da tempestade de areia é brilhantemente bem conduzida, impressiona, você não consegue tirar os olhos da telona. Com altos e baixos, Sniper Americano estreia no Brasil muito em breve e você terá a chance de tirar suas próprias conclusões sobre esse trabalho apenas mediano.

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