quinta-feira, abril 25, 2024

Crítica | Sol da Meia-Noite – Novo livro da Saga ‘Crepúsculo’ é um PRESENTE para os Fãs

Lançado mundialmente pela primeira vez em 2005, ‘Crepúsculo’ foi um livro que imediatamente arrebatou milhões de fãs mundo afora. Abordando o inesperado romance entre uma jovem humana de 17 anos, Bella Swan, e um vampiro adolescente, Edward Cullen, a história criada por Stephenie Meyer rapidamente ganhou as telonas, sendo adaptada através de cinco longas-metragens, protagonizados por Kristen Stewart e Robert Pattinson. Dos livros, foram quatro publicados da saga original: ‘Crepúsculo’, ‘Lua Nova’, ‘Eclipse’ e ‘Amanhecer’; depois, ganhou ainda a novela spin-off ‘A Breve Segunda Vida de Bree Tanner’; em 2011 ganhou um guia da saga e, por fim, em 2015 tivemos o livro (de gosto bem duvidoso, é verdade) ‘Crepúsculo/Vida e Morte’, em que os gêneros dos protagonistas são invertidos. Isso sem contar as adaptações em HQ que rolaram também, e as fan-fics que ganharam sucesso e viraram outras franquias.

São quinze anos de uma saga que se manteve ativa durante todo esse tempo. Duas gerações de leitores cresceram e se apaixonaram pela dramática história de amor de Bella e Edward. Entretanto, desde o primeiro livro os fãs ouviram dizer de um livro que supostamente contaria a história de amor através do ponto de vista de Edward – o que ele de fato sentiu quando viu Isabella Swan pela primeira vez? Como foi a jornada pessoal dele, uma vez que os leitores só conheciam o ponto de vista da humana? À época, Stephenie Meyer até chegou a anunciar esse projeto, e alguns trechos dele até vazaram na internet, em 2008. Desde então, a autora nunca mais tocou no assunto, mas, secretamente, continuou a trabalhar nele. E então, em agosto 2020, em um ano tão difícil, quando as pessoas se viram obrigadas a ficar em casa por causa da inesperada pandemia do corona vírus, Stephenie Meyer surpreendeu e lançou o mais aguardado livro da década: ‘Sol da Meia-Noite’.

Durante as 734 página (!!) o leitor simplesmente se delicia com dois sentimentos fundamentais que são estimulados ao longo da leitura de ‘Sol da Meia-noite’: o nostálgico retorno ao universo de Forks (ou seja, a um passado de 15 anos atrás, quando a maioria dos leitores era adolescente) e o amadurecimento do amor, através da incrível redescoberta de personagens tão queridos.

Primeiramente, é preciso destacar a capacidade que esse livro tem de transportar leitores. Mesmo aqueles que leram a saga há mais de dez anos e só têm na lembrança as imagens dos filmes, ainda assim, já nas páginas iniciais, você é imediatamente transportado para aquela primeira leitura feita em 2008, para aquele ambiente chuvoso e pouco ensolarado de Forks. O que imediatamente também resgata no leitor as memórias afetivas daquela época – quantos anos você tinha quando saiu ‘Crepúsculo’? O que você estava fazendo? Onde morava, quem eram seus amigos, o que você estava sentindo e pensando na época? Para um ano tão difícil como o de 2020, resgatar essas memórias afetivas em milhões de leitores no mundo inteiro é conseguir proporcionar uma onda avassaladora de bem-estar em milhões de pessoas que, como todo mundo, estão precisando muito sentir sentimentos bons.

E então, precisamos falar sobre como Stephenie Meyer construiu essa história, e o porquê de ela fazer TODA a diferença com relação aos outros livros da saga.

Em ‘Sol da Meia-Noite’, acima de tudo, não temos APENAS a visão do Edward sobre uma história que já conhecemos. Mais que isso, a história se propõe a apresentar tudo que Edward sentiu e pensou durante o seu primeiro ano com Bella Swan. Isso significa, também, que o livro preenche lacunas que nós nem sabíamos que existiam na saga, mas que, agora, ao sabermos exatamente o que Edward pensou, conseguimos entender por que as coisas aconteceram da forma e no ritmo com que sucederam.

Por exemplo, uma das cenas mais emblemáticas do primeiro filme/livro é a cena em que Edward salva Bella de ser esmagada pela picape que desliza pelo estacionamento da escola. Ter acesso ao dilema que Edward sentiu nesse exato momento – expor suas habilidades para salvar a menina por quem estava apaixonado e, consequentemente, correr o risco de expor sua família e eles terem que se mudar às pressas da cidade ou deixar a menina por quem estava apaixonado ser esmagada por um carro? – e, numa fração de segundos, decidir salvar Bella, faz a gente entender que todas as suas ações – literalmente TODAS – foram SEMPRE pensando na segurança de Bella, ainda que em ‘Crepúsculo’, pelos olhos da protagonista, os leitores não tivessem essa impressão, já que nem ela tinha certeza disso.

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Outra diferença muito significativa que ‘Sol da Meia-Noite’ proporciona é que, através dos olhos, do pensamento e dos sentimentos de Edward ao conhecer e desvendar Bella Swan, a protagonista conseguiu ficar muito mais interessante para nós, leitores. Se em ‘Crepúsculo’ os fãs se identificaram com Bella porque ela era uma garota normal, sem nada de extraordinário e que não se interessava por assuntos fúteis, através do olhar de Edward em ‘Sol da Meia-Noite’ o leitor é convidado a se aprofundar na análise da protagonista, e descobrimos diversas qualidades em Bella que em ‘Crepúsculo’ não ficam tão evidente: o quanto ela é altruísta, generosa, que se preocupa com os outros ao seu redor e não se coloca em primeiro lugar nunca. Através de Edward, nos damos conta de que Bella é uma garota boa, e que é a generosidade da alma dela que faz com que ele se apaixone por ela – embora, também pelas palavras dele (vejam só!) ele reconhecesse que Bella não tem lá nada de mais fisicamente que as destacasse das outras humanas.

E é assim o livro todo. Com a narrativa de Edward, os leitores são convidados a se apaixonarem pela jovem Isabella Swan, quinze anos depois. Funciona. As páginas vão virando com a mesma velocidade com que os fãs devoraram os primeiros livros, ainda que todas as cenas de Edward durem muito mais tempo e todas as suas ações sejam muito debatidas. E o final… sim, deixa a gente querendo um novo livro.

Além de uma história arrebatadora que consegue se igualar – talvez até mesmo superar o original – ‘Sol da Meia-Noite’ é um esforço conjunto de amor e trabalho de equipes no mundo inteiro, afinal, o livro foi lançado simultaneamente em diversos países do mundo, incluindo o Brasil. Aqui a editora Intrínseca fez um excelente e hercúleo trabalho em dividir a tradução do livro nas mãos de sete tradutoras competentes: Carolina Rodrigues, Flora Pinheiro, Giu Alonso, Maria Carmelita Dias, Marina Vargas e Viviane Diniz. Essa mulherada não só cumpriu o prazo, como também colocou o coração no trabalho realizado, cientes de que do outro lado estariam fãs que precisavam encontrar uma história impecável. De verdade, não é fácil sincronizar tanta gente, e o resultado é impressionante, sem nenhuma alteração na transição entre uma tradutora e outra. Parabéns.

Mais que apenas mais um livro da saga ‘Crepúsculo’, ‘Sol da Meia-Noite’ é um presente para os fãs em muitos níveis. Além dos motivos já explicados acima, os exemplares brasileiros muitas vezes acompanham um pôster duplo que estampa a famosa cena do casal protagonista na campina, com Edward brilhando, e, do outro lado, a clássica frase que tanto define a saga: “e então o leão se apaixonou pelo cordeiro…”. Acompanha, ainda, um card emocionante com uma mensagem carinhosa de Stephenie Meyer para esse momento de pandemia, em que ela agradece o apoio e pede às crepusculetes (como são conhecidas os e as fãs) que fiquem bem e se cuidem. É de encher os olhos d’água. E se você acha que parou por aí, espere até chegar à última página do livro, na dedicatória, em que lemos como a autora agradece as pessoas que acompanharam (e o passar do tempo) essa jornada de quinze anos, e finaliza com um agradecimento especial aos fãs: “E, finalmente, os leitores que ansiosa e pacientemente esperaram por este livro. Eu nunca o teria terminado sem esse apoio. Você pertence à esta página. Escreva seu nome na linha aqui embaixo e, por favor, comemore”. E vem uma linha para que cada leitor escreva seu nominho, tal como fazíamos na época da escola. Se você não morreu de amores até aqui, este é o momento.

Sol da Meia-Noite’ é um livro zero defeitos, uma das melhores coisas de 2020, que chegou no momento em que as fãs mais precisavam e que conseguiu inundar os corações das fãs novamente com todo o amor que sentiram pela saga. Não é só um presente aos fãs: é uma homenagem, um reconhecimento e um agradecimento em forma do amor do Edward por Bella e por nós. Perfeito!

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